sábado, 27 de abril de 2013

O ÚNICO DIGNO DO NOSSO AMOR (12)




Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema!        Maranata” (1 Coríntios 16:22)
        
         Caro leitor, quando alguém ama a Cristo há de querer exaltar o Nome do Senhor onde estiver. O homem natural, a alma não santificada não quer a intromissão de Cristo em seu ambiente. Cristo é um estranho para um coração mundano, para a alma que almeja sentir confortável quando está perante pessoas ímpias. O mundo persegue a Cristo porque odeia o Filho de Deus (João 15:18), então há de odiar os seguidores do Senhor. Desconforto e ameaças cercaram Pedro quando estava perto do Senhor por ocasião da Sua prisão, por esse  fato três vezes negou seu Mestre e Amigo. Amar a Cristo requer coragem para confessá-Lo em qualquer lugar e em qualquer ambiente. Para Paulo na prisão sempre havia um lugar para seu púlpito de pregação, quer entre seus colegas, quer na presença de governadores e reis.
         O homem natural, por não amar o Senhor, há de recusar a companhia dos santos. Não tem um povo mais simples neste mundo do que o povo salvo. Estar na companhia do povo eleito, participar da congregação dos santos é doce privilégio para a alma que ama Cristo. Quer sejam ricos ou pobres, em tudo eles são iguais em sentimentos, pensamentos e ideais. Em nossos dias de tanta apostasia, tenho visto muitos que ousam afirmar que são crentes, mas dão preferência à companhia dos mundanos; sempre estão assentados na roda dos escarnecedores. Tais “crentes” são lerdos e preguiçosos para irem à igreja, mas têm seus pés velozes para ir ao cinema, ao estádio de futebol e noutros lugares semelhantes. Sempre estão mentindo, ao afirmar que não têm tido tempo para adorar a Deus na companhia dos fieis. Podemos realmente afirmar que tais pessoas jamais conheceram a verdade no íntimo; jamais foram humilhadas, nem delas foi extraída qualquer confissão que parte de coração arrependido.
         Não é isso que aprendemos nas Escrituras com queridos irmãos do Velho Testamento. Foram homens e mulheres cheios de coragem e nessa coragem ousaram separar do mundo e servir o povo de Deus. Para Moisés, estar com o sofrido povo de Deus era infinitamente melhor do que estar no palácio do Egito com todas as honras e todos seus luxos. Para Ele nada deste mundo tinha qualquer proveito, pois amava Seu Senhor e queria servir o povo de Deus. Rute abandonou a companhia do seu povo em Moabe, a fim de sofrer com sua sogra – uma mulher crente e fervorosa. O Deus de Noemi era o Deus de Rute e o povo dela era o povo daquela simples e corajosa Moabita (Rute 1).
         Também é verdade que o mundano não pode amar o Senhor da glória, pois sua vida não é santificada. A salvação bíblica santifica o pecador. Quando Deus chama o homem à tão grande salvação em Cristo, Sua obra é completa, pois além da justificação há também a santificação. A beleza da salvação é o adorno da santificação, pois ao ser separado por Deus e para Deus, a alma há de mostrar singularidade em sua devoção e amor sincero ao Senhor. Quando o homem não pertence a Cristo seu caminho tortuoso é perceptível, especialmente na ausência de piedade. Não fosse o chamado de Cristo para sua salvação, Saulo de Tarso levantaria do chão como um cego e na sua cegueira física se encarregaria de continuar perseguindo os santos de Deus. Nada pode mudar um coração endurecido, nem mesmo milagres físicos. Deus curou o rei Jeroboão de sua mão ressequida, mas assim que foi se viu livre daquele mal, eis que estava pronto a continuar com suas maldades e idolatrias (1 Reis 13).
         Caro leitor, em tudo procurei mostrar o quanto os não salvos jamais poderão amar a Cristo. Podem declarar isso com suas bocas, mas seus corações estão longe do Senhor (Isaías 29:13). Nem o Senhor espera isso deles. Por essa razão a mensagem do evangelho mostra aos pecadores o caminho da cruz. Tem alguém que agora está humilhado e pronto para cair aos pés do Salvador e Senhor? Tem alguma alma que agora está invocando o Nome do Senhor para ser salva?
        


                  

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