“Ele
te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão
que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu
Deus?” Miquéias (6:8).
O
HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO: “...que
pratiques a justiça...”
Caro leitor chegou o momento para que
conheçamos a base sólida e inabalável acerca da Justiça, que tanto o pecador
carece. Pude afirmar que a luta acirrada da carne é para exibir sua própria
justiça e assim confrontar a perfeita e eterna Justiça que vem da cruz. No
pecado os homens querem ostentar aquilo que encanta os homens, mas que para
Deus não passa de “trapo de imundície” (Isaías 64:6).
Caro leitor, ninguém entrará no céu sem
perfeita justiça! Sem que esteja firmado nessa verdade o homem vive tropeçando
em seus caminhos tortuosos. Qual é o problema do homem? Não é ausência da
Justiça? Óbvio! O evangelho aparece para retirar toda casca, tudo o que aparece
na superfície, porquanto em sua soberba o homem deseja mostrar o quanto é capaz
e extraordinariamente reto. Sua soberba o exalta e tenta subornar Deus; em sua
soberba vive a declarar que Deus é mentiroso e que deve aceitá-lo do jeito que
está. Mas, o que diz a verdade revelada? “Eis o soberbo!” (Habacuque 2:4).
Caro leitor, note bem como Deus faz a
apresentação do homem por fora. Habacuque queria uma resposta quanto aos
Caldeus, um povo perverso que o próprio Deus estava levantando como instrumento
de punição, de juízo. Nós apresentamos o homem no pecado de maneira totalmente
contrária. Costumamos pensar e dizer: “Eis o criminoso! Eis o bêbado! Eis o
drogado! Eis o ladrão! Etc.” Nossas definições a respeito do homem tendem a
seguir os princípios da justiça própria. Mas, encaremos firme e humildemente a
definição das Escrituras a respeito do homem em Adão, pois o Deus da bíblia
diz: “Eis o soberbo...”! Deixemos de lado nossos critérios
humanísticos de enxergar o homem no pecado. Deus mostra que o problema do homem
em Adão é visto em seu orgulho: “Eis o soberbo...”. Aquilo que por
fora parece ser humildade, religiosidade, bondade, piedade, etc. é apenas
superficial.
Eu posso imaginar alguns leitores
questionando esse ensino. Eu sei o quanto o evangelho desfaz as obras da carne,
a fim de que o pecador conheça a salvação eterna e gloriosa conquistada na
cruz. Voltemos para o texto de Habacuque 2:4, porque, depois de mostrar o homem
por fora, visto em seu orgulho, arrogância e disposição de desafiar a Deus: “Eis o
soberbo...”, o grande Deus mostra a realidade no coração: “...sua
alma não é reta nele...”. Eis aí a grande e poderosa descoberta,
porque, enquanto vemos e avaliamos o homem por fora, o grande Senhor exibe com
clareza a triste condição do homem no coração: “...Sua alma não é reta nele...”.
O que parece ser justiça por fora não passa de mentira, de truques religiosos,
da tentativa natural de manipular Deus.
Caro leitor, você está disposto a
encarar essa verdade? Está disposto a permitir humildemente que as sagradas
letras averigúem sua condição na alma? O que por fora parece ser de Deus,
parece espiritual e justiça aos olhos dos homens, não passa de capa que encobre
a condição de sua alma: “...não é reta nele...”. Ela está torta;
o prumo de Deus foi colocado na parede do coração e averiguou-se que está
torta. Por essa razão o viver é torto; por essa razão a ausência de paz
permanece; por essa razão os caminhos são tortuosos. Como poderá servir ao
Senhor nessa condição? Como poderá trilhar o caminho de santidade? A alma está
insegura lá dentro; a alma está perturbada lá dentro; a alma está sem alegria,
sem o descanso verdadeiro. Ela se agita e balança-se sem equilíbrio lá dentro;
ela está sem luz, sem direção, e completamente perturbada. O que o grande
Senhor fala? “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de
ti, senão que pratiques a justiça...”.
Caro amigo, como
poderá praticar a justiça? Como a alma poderá conhecer esse viver de santa e
pura justiça? O evangelho chega para exibir a grande conquista do calvário. Oh!
Como impossível para um coração orgulhoso encarar seu merecimento do inferno!
Como é impossível para o soberbo encarar que Cristo é o substituto perfeito
para o culpado! Como é impossível para o homem natural lançar fora seus trapos
imundos, a fim de cobrir-se com a perfeita e branquíssima veste da perfeita
justiça de Cristo!
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