“Se alguém não ama ao Senhor, seja
anátema! Maranata” (1 Coríntios 16:22)
Caro leitor, se o homem não foi
transformado em seu coração, certamente permanece como homem natural (1
Coríntios 2:14), por isso nada pode entender de Cristo, nem pode amá-Lo e
desejá-lo. Cristo é tão estranho ao coração; é um visitante indesejável; a
porta de sua vida está trancada para ele e sua voz não é reconhecida. O homem
no pecado marcha firmemente contra o Senhor em seu viver. Para o mundo Cristo
morreu quando foi crucificado, não passa de um defunto. Se os homens no pecado
pudessem ver o Senhor, certamente tentaria apagá-lo de uma vez para sempre.
Então, não se pode esperar que homens mundanos e carnais vão amar a Cristo.
Conhecer o Rei da glória é um privilégio dado por Deus aos salvos. Vemos que o
evangelho proclama um Cristo que é entregue aos homens, mas a Palavra de Deus
proclama o contrário, pois é Deus que entrega pecadores ao Filho Dele (João
6:37).
Certamente, os homens são culpados de
não amar a Cristo. A vida deles deliberada no pecado os torna extremamente
culpados e Paulo afirmou isso quando pregou para os Atenienses: “Deus
não leva em conta os tempos da ignorância...” (Atos 17:30). O evangelho
vem anunciar que homens e mulheres entraram neste mundo para viverem de forma
atrevida contra o Senhor da glória, por isso suas culpas aumentam cada dia. A
terra bem como os céus pertence ao Senhor. Tudo foi feito por meio Dele e para
Ele. O Pai afirma que o Seu Filho é o herdeiro de todas as coisas (Hebreus
1:1). Por isso os homens devem saber que dar um passo neste mundo, respirar o
ar, beber água, alimentar-se, etc. é estar usando coisas que não lhes
pertencem. Não viver para amar a Cristo com toda força, mente, alma, e
sentimentos é transitar por caminhos
perigosos.
Digo mais, que o viver dos não salvos
mostra que seus interesses estão acima do Senhor. O homem no pecado, ele mesmo
é senhor de sua vida. A essência do pecado é viver para si mesmo e não dar a
Deus a glória que é somente Dele. Os homens mundanos mostram seus sentimentos
naturais estão acima dos valores eternos. Eles constroem a vida em torno
daquilo que eles mesmos acham que representa a glória deles. Eles vão amar seus
bens, filhos, pais amigos, parentes, bens e entretenimentos de forma extrema.
Como podemos esperar que eles podem amar a Cristo? Os mundanos às vezes dão uma
impressão de que são religiosos e voltados a Deus, mas é engano, porque o nome
de Cristo é usado apenas como um símbolo que esconde o amor que eles têm pelos
seus ídolos favoritos. Judas jamais poderia amar o Senhor, porque suas reais
intenções estavam voltadas para as riquezas terrenas. Aquele homem rico
simplesmente voltou triste para sua casa, porque não estava pronto a perder
tudo o que tinha por amor ao Senhor (Lucas 18:23).
Caro leitor, como podemos esperar que
corações não santificados pela graça poderão amar o Senhor? É simplesmente
impossível! Os homens no pecado sempre hão de negar o Senhor. Seus corações tão
fascinados pelas concupiscências e famas mundanas, hão de recusar o Rei da
glória em suas vidas. Cristo jamais será permitido entrar no ambiente mundano e
carnal deles. Mas a Palavra de Deus não é dirigida, senão aos salvos. A bíblia
é Deus falando aos que podem ouvi-Lo (Apocalipse 2:22).
Ó caro leitor, pertencer a Cristo é um
privilégio da graça! Mesmo os que são crentes devem entender que são o que são
pela graça, pois do contrário estaríamos prontos a negar nosso Senhor. A
natureza carnal nada pode oferecer de bom ao Senhor. Às vezes agimos com
prepotência como Pedro, mas não demora e Deus nos solta, a fim de mostrar que
estamos dispostos a negar nosso Senhor. Amar a Cristo é obra da graça
transformadora e é um exercício continuo no viver dos crentes. O amor de Cristo
pelo Seu povo é o mesmo perfeito amor, mas nosso amor é frágil e inconstante,
por isso precisamos continuamente buscar os recursos da graça, a fim de sejamos
mantidos humildes e dependentes do Senhor, a fim de que jamais venhamos a
vacilar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário