sexta-feira, 11 de agosto de 2017

SANTOS DESEJOS DE UMA ALMA ARREPENDIDA (9)




“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires do teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário” (Salmo 51:10-12).
DESEJO POR FELICIDADE: “...Restitui-me a alegria da tua salvação...”.
        Davi, em seus santos desejos perante Deus, mostra que também desejava felicidade. O gozo achado no pecado veio carregado de engano e miséria encobertos, de tal maneira que envenenou seu ser. O pecado alimenta no coração do homem a ideia que ser feliz é dar vazão às suas paixões, exatamente como ocorreu com o rei Davi em seu ato sexual com uma mulher alheia. Os mundanos vivem assim; eles querem encher suas vidas dessas paixões; eles querem fundamentar o viver com aquilo que pensam ser felicidade. Eles não consideram sequer o temor ao Senhor e o prejuízo ao próximo; eles zombam daqueles que não lhes seguem e divertem com os que se acham ainda mais fortes em suas práticas.
        Quando Davi silenciou seu pecado por um tempo, eis que no íntimo o pecado estava lhe preparando para dar um salto maior na iniquidade. No íntimo estava dizendo que ele iria ser ainda mais feliz no gozo dessas paixões iníquas. Não fosse a intervenção da graça levando-o à humilhação, eis que o rei cobriria o reino de maldades e mais maldade, assim como ocorreu com Joás, quando se uniu com perversos, trazendo prejuízo para si e para o povo. Muitos acham que podem prevalecer no pecado e até mesmo alguns que confessam ser crentes, acham que podem andar com suas maldades encobertas no íntimo; acreditam que podem manipular Deus e continuar rindo com suas perversidades guardadas no seio. Ah! Quanto engano traz o pecado não confessado e abandonado!
        Quando isso ocorre, eis que muitos começam imediatamente a inventar seu próprio sistema religioso e fugir de confrontos com a verdade revelada. Muitos pensam que podem prevalecer contra a santidade do Senhor; pensam que podem conquistar o coração de Deus em andar carregando o pecado no íntimo; muitos acreditam que estão salvos e empurram essa segurança ilusória, enquanto percorrem o caminho largo, unidos com mundanos. Os verdadeiros crentes são imediatamente alcançados pelo cajado do bom Pastor e a vara da disciplina chega com força e vigor para humilhar qualquer crente que tente andar na soberba. O nome santo de Deus está marcado no viver de alguém que foi salvo, por isso qualquer pecado não confessado acarretará em tremenda disciplina, e o verdadeiro crente compreenderá isso logo.
        Os verdadeiros crentes são tratados normalmente com rigor nesta vida, a fim de saber que a felicidade verdadeira consiste em andar sob a liderança de Deus e não fazendo o que bem quiserem. Sem uma contínua mortificação da famigerada carne, jamais os santos hão de sentir alegria nesta vida. Para os mundanos a alegria consiste alimentar suas paixões, isso é sinônimo de felicidade. E quanto mais eles se aprofundam nessas veredas, à busca de felicidade passageira, mais profundo se torna o peso do pecado no íntimo, dinamizando a perversidade e a injustiça. Os verdadeiros crentes quando caem, logo percebem quão miserável e tolo foram; quanta ruina trouxeram aos seus semelhantes e quanto ofenderam a dignidade, a glória e a santidade de Deus!
        A salvação de homens e mulheres tem em vista um andar em santidade, porque os verdadeiros crentes foram feitos filhos de Deus (João 1:12). O viver de cada crente para a glória do seu Senhor é mais importante que qualquer atividade religiosa. O mundo só será abençoado quando o viver de cada crente condiz com a santidade de Deus. Sendo assim, quão necessário é um viver em constante confissão, arrependimento e humilde dependência de Deus! Avivamento começa assim, mesmo que tenhamos de beber o amargo fel da humilhação.

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