segunda-feira, 21 de agosto de 2017

ADORAÇÃO E SALVAÇÃO (4)




“O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus” (Salmo 40:23)
A VERDADEIRA ATITUDE DE ADORAÇÃO A DEUS: “O que me oferece sacrifício de ações de graças”.
        Nenhum ser humano pode oferecer a Deus qualquer sacrifício, fora de ações de graças. Somos devedores a ele em todos os detalhes. É claro que somente os crentes vão entender isso, porque os crentes foram alcançados pela graça na salvação. O sacrifício de ações de graças é o único meio de glorificar a Deus, porque nos posiciona em humilhação, dando a Deus todo louvor, adoração, reconhecendo ser ele o Deus de misericórdia. Foi com esse sacrifício que homens crentes, como Abel, Noé, Abraão e outros adoraram a Deus, porque esses homens tinham mentes e emoções colocadas em ordem pela salvação graciosa e justa de Deus.
        O que Deus diz a respeito daqueles que oferecem a ele sacrifícios de ações de graças? “...esse me glorificará...”. A mais poderosa demonstração da força do pecado no homem é não dar a Deus a glória que é devida somente a ele. Sem o conhecimento da salvação que há em Cristo, eis que homens simplesmente estarão zombando de Deus, ridicularizando seu caminho e sua justiça. Foi assim com Caim, porque ao oferecer sacrifício diferente daquilo que Abel ofereceu, eis que seu sacrifício declarava seu ódio e desprezo ao Senhor. Seus desejos não eram santos, como os de Abel; seus interesses não eram obter o perdão e aceitação de Deus mediante um substituto morrendo em seu lugar, conforme Abel queria. Caim não queria entrar no Paraiso de Deus, porque suas ambições estavam centradas no mundo e num anseio de ter um estilo de vida com as glórias e prazeres mundanos, conforme Gênesis 4 nos mostra.
        Como glorificar a Deus? Somente corações contritos e quebrantados; somente homens e mulheres arrependidos vão entender a obra gloriosa de Cristo na cruz; somente almas justificadas por Deus pelos méritos do Cordeiro de Deus, essas almas podem oferecer culto de ações de graças ao Senhor. A mensagem da cruz colocou tais almas no caminho certo de um viver cheio de ações de graças. Esse altar foi erigido no coração e há um culto contínuo ali. Nada é feito com material barato; nada é feito sem motivação certa, emoções no devido lugar e mente firmada na verdade. Foi para tais almas salvas que Paulo trouxe a exortação tão conhecida: “...que ofereceis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1).
        O contrário disso não passa de orgulho. Quantos e quantos nada oferecem a Deus, porque não amam o Senhor. Muitos fazem de tudo para manipular Deus, pois pensam que podem ser mundanos, carnais e idólatras e mesmo assim adorar a Deus. Eles provam pela maneira como vivem, que são dedicados ao mundo; como vão forçados aos cultos, trocam os cultos ao Senhor pelas amizades mundanas e outros atrativos e nada dedicam de tempo para conhecer o Senhor através da bíblia. Muitos sacrificam o culto de oração e assinam pelos seus atos, aprovando que as portas do templo devem ser fechadas. Deus repreende severamente tais pessoas que na soberba oculto no coração pensam que podem manipular Deus.
        Realmente não é fácil oferecer a Deus sacrifícios de ações de graças. Mas a locomotiva da fé genuína toma posse disso. A fé cristã ordena as coisas; a fé tem força suficiente para vencer todo poder da carne e levar o crente a negar a si mesmo. A fé verdadeira está sempre em atividade, ordenando que o ego seja vencido, a fim de que toda glória seja dada a Deus: “Bendize, ó minha alma ao Senhor!” (Salmo 103:1). Não há lugar na vida cristã para abatimento, desânimo e desejo para voltar ao mundo. O Senhor não sente dó da incredulidade vil, porque tal atitude é uma ofensa a Deus e ao seu poder.

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