sexta-feira, 25 de agosto de 2017

ADORAÇÃO E SALVAÇÃO (8)



                      
“O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus” (Salmo 50:23)
O CAMINHO CERTO PARA A SALVAÇÃO: “...e ao que prepara o...”
        O que realmente significa “prepara o seu caminho...”? Precisamos compreender os atos da fé bíblica; precisamos saber que quando Deus desperta pecadores para no arrependimento para buscar a salvação, eis que imediatamente o caminho começa a ser preparado. Nós sempre nos preparamos bem para aquilo que nos interessa. Quando vamos viajar, nos preparamos para a viagem. Meu filho Jessé e sua esposa, por mais de ano se prepararam financeiramente para viajar aos EUA. Quando Noemi viu que precisamos voltar para Belém, eis que ela não vacilou, deixou de lado todo empecilho e tomou o rumo de volta para sua casa e seu povo.
        Alguns vão pensar que estou ensinando salvação por obras, mas o que realmente desejo mostrar é aquilo que Tiago fala em sua carta: “A fé sem obras é morta” (Tiago 2:26). Tiago não estava afirmando que a salvação era alcançada pelos méritos religiosos e moralistas dos homens, mas sim que a fé bíblica é viva e toma todo ser do homem para agir da maneira como Deus quer. A bíblia não aprova uma fé morta, mas sim perseverante, ativa, pronta para a batalha pela verdade e contra o mal. A fé ativa significa que o homem interior foi renovado, que agora pensa certo e que tem suas emoções sob o controle. Falo isso porque vejo o quanto é pregado aos homens uma fé que se fundamenta apenas numa crença. Por essa razão muitos creem em Cristo, como qualquer pessoa crê; muitos têm a mesma fé que os demônios têm (Tiago 2:19). Tiago estava condenando essa fé mórbida, desprovida de qualquer emoção certa e sem qualquer prazer por avançar no caminho do dever.
        O que é condenável é a salvação pelos méritos humanos; quando o homem confia em si mesmo, tomando o rumo carnal e tentando se justificar pelas suas obras. Paulo, mesmo antes de se converter carregava consigo muitos méritos religiosos, mas não passava de um ímpio, perverso e pronto para combater a verdade. Muitas pessoas afirmam que creram em Jesus, mas mostram que sua fé está morta. Nada há nessas almas que mostra ter o combustível do céu nelas; nada mostra de amor pela palavra, de desejos santos em conhecer o caminho da fé cristã. A igreja de Laodicéia é o exemplo claro de uma fé soberba, do que significa crer apenas em sua fé e nada mais. Por essa razão o Senhor desafiou aquela igreja, se ela tinha condições de comprar o ouro refinado pelo fogo – a fé verdadeira. A fé verdadeira é trabalhada por Deus diariamente por meio das provas e lutas pelas quais os crentes genuínos passam.
        Nunca estaremos livres aqui dessa falsa fé. Ela faz com que os falsos crentes se despontem em rebeldia na igreja e mostra o que significa fé em Deus e fé no mundo. Deus não dá outro nome à falsa fé; Deus não elogia a falsa fé. Ele a chama de “incredulidade”; ele repreende duramente os que não creem; ele afirma que uma permanência na incredulidade há de gerar endurecimento nas coronárias espirituais. É perigosa essa fé que é como uma bateria descarregada. No Salmo 50 Deus está referindo àquele que prepara seu caminho. Não é poder da decisão humana, mas sim à obra regeneradora e vivificadora do Espírito Santo no homem. Nós precisamos desse despertamento em nossos dias. Quando homens se veem perdidos, caídos, tombados no pecado, eis que imediatamente eles preparam seu caminho. Posso aqui citar a primeira estrofe de um antigo hino:
                “Mas um dia sua graça Deus mandou e a doce luz.
                Vi, então, caminho claro, sim ouvi o meu Jesus!”
        Eis aí o modelo de uma fé que percebeu sua condição tão triste assim correu para os braços fortes do Salvador.

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