“Porque, todo aquele
que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13)
O ALCANCE DA
PROMESSA: “Todo...”
Também essa salvação é direcionada às
pessoas de qualquer raça. O pecado criou tanta perversidade neste mundo que os
homens tendem a olhar a aparência. Mas não é assim com o Deus que salva os
pecadores. Para ele todos os homens estão em pé de igualdade no pecado. Não
importa se a cor é negra ou branca, isso não faz qualquer diferença. O Deus que
salva um judeu, há de salvar também um etíope. O alvo do sangue vertido na cruz
é purificar agora o coração contaminado pela imundície do pecado.
Nós tendemos a olhar o homem por fora;
nosso conceito de diferença é completamente oposto à forma como Deus olha o
homem. Nós damos extremo valor ao que não é permanente, enquanto Deus olha o
que dura para sempre. Samuel se dirige à casa de Jessé, a fim de ungir um dos
filhos para ser o rei de Israel. Para quem ele olha? Ele vê chegando o forte e
atraente Eliabe, porque acredita que deve ser esse musculoso guerreiro que Deus
chamou para liderar seu povo. Mas o que Deus diz ao seu servo? “O homem vê a
aparência, mas eu vejo o coração” (1Samuel 16). Ó, quão enganosos somos! Quão
cruel é nosso coração! Os herdeiros do reino do céu não entrarão lá com esses
corpos marcados pela infâmia do pecado: “carne e sangue não herdarão o reino de
Deus”, é a afirmação de Paulo aos crentes de Corinto (1 Coríntios 15).
Sendo assim, resta que nós preguemos com
vigor a todos; que nossos olhos carnais sejam dominados pela visão clara e
inequívoca do amor de Deus aos homens. A nossa diferença física aqui é
totalmente deturpada, e não temos sabedoria para ver o quanto todos vão para o
mesmo lugar; que o pó consome o forte, o fraco, o negro e o branco. Encaremos a
lição que o salmista nos traz no Salmo 49, onde ele declara ali que a morte
chega com uma terna pastora, a fim de selar o destino de qualquer um que ela
for autorizada a levar daqui. A morte é capaz de nos ensinar humildade e
sabedoria, se é que realmente queremos aprender. A salvação em Cristo faz com
que homens negros e brancos, fortes e fracos, jovens e decrépitos, todos venham
a invocar o nome do Senhor. O que tem sede clama por agua, porque a sede é
igual a todos. Não tem uma agua especial para algumas pessoas que se consideram
mais importantes.
Também, olhemos o Salvador pendurado ali
na cruz; olhemos suas palavras, porque ele foi ali tendo em vista justificar a
muitos. Ele não fitou determinadas pessoas da raça; ele não mirou um grupo mais
especial, mais atraente. Ele mirou pecadores e sua obra tem vista alcançar tais
pecadores. Ele tem prazer em socorrer as almas aflitas e atribuladas; ele vai à
busca daqueles que clamam por seu perdão e salvação. Se tiver pessoas negras
que podem ouvir, podem chegar a ele de todo coração, porque serão bem-vindas
nesse poderoso abraço da graça que salva. Quando o evangelho chegou a Antioquia
da Pisídia, eis que os judeus arrogantes recusaram ouvir a mensagem direcionada
primeiramente a eles. Mas qual foi a reação dos gentios? Eles se alegraram
quando ouviram que podiam ser recebidos por Deus: “...e creram todos os que
haviam sido destinados à vida eterna” (Atos 13:48).
Não sei para quem estou falando agora.
As palavras escritas me dão a desvantagem de não presenciar meu auditório. Mas
que importa? Deus é poderoso para levar sua mensagem aos corações aflitos, não
importa quem for. Ele há de lidar com o pecado agora, mesmo que haja pecadores
carregadíssimos de iniquidades, cheios de culpa. O sangue de Cristo é
suficiente para tratar com todos e tirar todos. O fator aparência um dia será
desmanchado pela morte e na ressurreição os salvos serão iguais, semelhantes
fisicamente a Cristo. Não é uma notícia maravilhosa? Não é uma mensagem que
está acima de qualquer promessa deste mundo?
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