“O que me oferece
sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu
caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus” (Salmo 40:23)
A VERDADEIRA ATITUDE
DE ADORAÇÃO A DEUS: “O que me oferece sacrifício de ações de graças”.
Oh! Como é gloriosa a revelação bíblica!
Vemos o quanto nosso Deus não é levado pela manipulação humana, na tentativa vã
de passar despercebido. Nós estamos vivenciando essa situação de aparente
espiritualidade em nossos dias, pois inventaram uma adoração emocional; parece
ser verdade, parece ser espiritual, mas quando olhamos tudo à luz da palavra,
vemos como Deus desfaz e queima tudo isso, transformando em cinzas. Os ensinos
bíblicos têm o propósito de nos humilhar, visto que Deus é exaltado e
glorificado. Onde a glória de Deus brilha como o sol ao meio dia, significa que
a miséria humana há de ser revelada, porque não há como encobrir a realidade do
coração perante o Santo de Israel.
Na tentativa de encobrir a realidade de
nossos corações amantes do pecado e cheios de idolatria, eis que nossa
tendência natural é oferecer a Deus sacrifícios manipulados pela carne. Foi
assim com Caim e será assim com todos os homens, quando não são levados à
humilhação perante Deus. Nós gostamos de cultos talhados por elementos
estranhos à palavra; queremos que Deus aceite o que nossa natureza adâmica
produz. A natureza humana tem a tendência de ir longe nisso, porque o pecado
faz com que tornemo-nos admiradores de nossas justiças, as quais não passam de
trapos diante de Deus (Isaías 64:6). Israel agiu assim constantemente, pois
quando Deus ordenava que obedecesse suas ordens, o povo fazia o contrário. Os
homens no pecado têm fogo da paixão religiosa presa na carne.
Deus, porém requer obediência do homem e
não sacrifícios. É mais fácil fazer sacrifícios do que simplesmente cultuar a
Deus com um coração simples, sincero e humilhado. Os homens no pecado querem
encobrir os horrores do coração, fazendo os seus próprios altares. Os homens
estão dispostos a mostrar o quanto são capazes de orar, gritar, expulsar
demônios, cantar, pular e fazer outros sacrifícios, porque tudo isso tende a
fazê-los sentir bem e que foram aceitos. É a natureza maligna caminhando pela
via da profanação sem perceber que estão sendo iludidos. Já ilustrei isso
muitas vezes com o povo de Israel, enquanto aguardava Moisés (Êxodo 32). Era
simples esperar no Senhor; era simples meditar em seus grandes feitos por eles
no Egito e no Mar Vermelho; era simples aquietar-se ali, sabendo que Deus era
fiel e que cuidaria do seu povo.
Mas, como arde o fogo das paixões na
natureza humana! Eles queriam curtir a vida; queriam a liberdade de viver como
bem queria e dar vazão a todos os seus anseios que ficaram presos na
escravidão. Eles queriam uma divindade que pudesse ir à frente deles,
abençoando suas intenções. Por esse fato o bezerro de ouro veio a calhar,
funcionaria perfeitamente para liderar suas vidas. O que os homens querem?
Assentar para comer e levantar para divertir. Os homens mudaram? Claro que não!
Viemos todos de um Adão perdido; somos os perfeitos filhos da desobediência e
deixados a sós estaremos sempre prontos a adorar os demônios em lugar de
prestar culto a Deus com corações tementes e humildes.
Qual é o alvo da vida? A resposta é bem
simples, vinda da boca de Deus: Glorificar a Deus. E como o homem pode fazer
isso? O verso acima responde: “O que me oferece sacrifícios de ações de graças,
esse me glorificará”. Então, o Salmo 50 vem desmanchar toda fachada religiosa,
vem revelar toda hipocrisia e vem silenciar nosso ego. O evangelho verdadeiro
vem abalar toda essa estrutura montada pelo mundo religioso, a fim de calar a
todos, mostrando que Deus é glorioso e temível. Nossos lábios devem ser abertos
para chegar a ele em confissão e invocação.
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