“Como
está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Romanos 9:13)
EXPONDO
A LIBERDADE DE DEUS (versos 14 a 17)
O que Deus faz para eliminar toda e
qualquer pretensão do homem em achar que tem qualquer valor? Ele simplesmente
elimina a confiança na vontade própria. O próprio texto diz com forte negativo:
“...não depende de quem quer” (9:16). Ora, já pude mostrar em poucas palavras o
quanto esse ensino bíblico tem o apoio da nossa própria experiência, porquanto
a atitude dos homens prova que eles nada têm de poder, nem sequer um pingo de
prazer por tomar decisão para Deus.
2. Deus
elimina as obras do homem: “...nem de quem corre...”. Os homens têm prazer por
Deus? Têm os homens qualquer interesse em agradar a Deus? Eles vão à busca das
coisas eternas e se sacrificam por elas? Claro que não! Temos um exemplo dessa
verdade em Israel nos dias de Isaías. Logo no primeiro capítulo daquele livro
vemos como Deus ataca as obras religiosas daquele povo, pois eles pensavam de
forma enganosa que apaziguavam a ira de Deus com seus feitos religiosos. Mas
Deus vai direto ao coração deles, mostrando numa linguagem simbólica, que
estavam cheios de feridas purulentas da cabeça aos pés. Muitos pensam que são
aptos para realizar as obras de Deus. Diante do grande Juiz milhares vão
comparecer e vão se justificar, dizendo-lhe que expulsavam demônios e que
fizeram muitas coisas para Deus nesta vida (Mateus 7).
Mas a verdade é que as obras do homem,
mesmos as mais belas e adornadas de vivas cores da religião não passam de
trapos perante Deus. Alguns acreditam que serão salvos porque frequentaram tal
igreja; possuíram uma bíblia; fizeram muita coisa para Deus, etc. Mas a verdade
é que são rejeitados por Deus, porque “não depende de quem corre”. A religião
moderna é cheia desses aparatos humanos, de tal maneira que a coisa mais rara
em nossos dias é achar um pecador. Afinal, todos hoje se auto intitulam de
evangélicos. Muitos são os pastores que hoje já têm consigo toda atividade para
entreter pessoas em seus cultos. Alguns têm o ministério de “danças”, outros de
“levitas”, outros de “adoradores”. Conheci algumas senhoras que em determinada
igreja tinham o ministério de “desmaiadeiras” (se quiserem acreditar), mas é
justamente isso o que ocorre nestes dias tão maus e cheios de mentiras bem
disfarçadas.
Finalmente, Deus coloca no tope a
decisão dele, eliminando completamente qualquer poder dos homens em tomar sua
própria decisão. Veja o que é dito no verso 16: “...mas de usar Deus de
misericórdia”. Eis aí a suma de tudo. O evangelho revela a glória de Cristo e
não a glória do homem (2 Coríntios 4:4). O evangelho silencia, emudece os
homens. O evangelho desmantela toda casa humanista, paralisa as obras daqueles
que correm e corta a arrogância daqueles que acham que querem. O evangelho
bíblico abre o cenário celestial e mostra o Deus de toda salvação, afirmando
que forte é o braço do Senhor.
O evangelho põe todos no pó e traz a
lume o cenário da nova criação, revelando que Deus opera milagres; que ele
entra nesse imenso cemitério mundano, a fim de ressuscitar mortos espirituais.
Neste mundo tudo é escuridão; tudo ficou entenebrecido com a entrada fulminante
do pecado. Mas o evangelho chega e Deus diz: “Haja luz”. Quando isso ocorre,
eis que corações são despertados para a mais gloriosa e eficaz verdade.
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