quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A LIBERDADE DE DEUS EM SALVAR (11 de 12)




“Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Romanos 9:13)
A CLARA DEMONSTRAÇÃO DESSA LIBERDADE: “logo tem ele...”
        Entrarei hoje em meu último assunto que envolve a liberdade de Deus em salvar. Veremos na conclusão de Paulo: “Logo tem ele...”. Vemos que ao agir com misericórdia com os pecadores, eis que Deus mostra o quanto ele é livre, que não tem compromisso com ninguém; vemos que ele há de agir regido pela sua imensa compaixão e despertado, por assim dizer pela missão sacerdotal de alguém que veio ao mundo, a fim de derramar suas súplicas em favor de pecadores. Foi essa livre compaixão de Deus que ele manifestou aos cidadãos de Nínive (Jonas 4), a fim de ensinar ao seu servo Jonas que esse é o ministério do Senhor na face da terra, em favor dos pecadores.
        Ao tratar da livre misericórdia de Deus, significa que Deus há de agir com os homens da mesma forma com a qual tratou Jacó, porque não há um homem sequer neste mundo que seja melhor que seus semelhantes, assim como provamos que Jacó em nada era melhor que seu irmão Esaú. Não tem ninguém neste mundo que não esteja na mesma condição de miserável, assentado entre os réus e considerado como condenado. Neste mundo não há para Deus um povo mais elitizado que outro; não há um grupo que seja especial, mais religioso e assim mais aceitável que outro. A atuação de Deus neste mundo mostra que ele anda revestido de compaixão; que por onde ele anda, eis que só vê defuntos espirituais; só vê homens e mulheres marcados para morrer; marcados para a sentença eterna. A pergunta de Deus vem de seu terno coração: “e não hei de eu ter compaixão?”
        Mas essa condição de mortos espirituais, de escravos do pecado não isenta os homens de sua culpa e da tremenda responsabilidade diante de Deus? Claro que não! O evangelho chama a todos para que mirem suas culpas; para que saibam que não há qualquer desculpa perante Deus; que cada um há de comparecer perante o trono de um Juiz reto e justiceiro. O evangelho marca um encontro com ricos e pobres, pretos e brancos, cultos e ignorantes. Todos devem se humilhar perante Deus; todos devem cair emudecidos perante o Senhor da glória; todos devem temer e tremer diante do grande Senhor. Se ele vai salvar, só ele sabe; se ele vai estender sua mão para erguer os homens da miséria onde o pecado lhes colocou, a decisão é dele: “Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia”.
        A liberdade de Deus indica que ele é livre em agir com misericórdia. Foi assim que ele agiu com Jacó e é assim que ele tem agido no decorrer da história, salvando uns e endurecendo outros. Quem somos nós para querer interpelar o todo-poderoso? Podemos orar; podemos interceder pelos nossos semelhantes; podemos fazer o que Moisés fez, chegando ao coração de Deus e apelando para que sua mão poderosa venha a agir com milhares. Mas o fato é que é ele mesmo quem definiu quem são seus escolhidos. Foi assim. Ele salvou o rico Zaqueu, mas deixou ir embora o jovem rico que queria saber como poderia herdar o reino; ele salvou um ladrão na cruz, mas deixou o outro entregue à obstinação do seu coração arrogante. Acontece que ele salva uma senhora, mas não salva seu marido; salva um filho e não salva outro.
        Ele é Deus! Nós os seus servos devemos estar entregues totalmente a ele; devemos pregar com insistência aos pecadores; devemos rogar a ele pelos pecadores, para que sua compaixão se acenda e venha salvar milhares em nossos dias.

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