quarta-feira, 16 de agosto de 2017

A LIBERDADE DE DEUS EM SALVAR (1)



                  
“Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Romanos 9:13)
INTRODUÇÃO:      
        Até parece que ando repetindo os mesmos assuntos, mas o fato é que o crescente abandono da mensagem pura e santa do evangelho nas igrejas nos incita a atacar a mentira com mais ardor, para o bem do povo e a honra do evangelho bíblico. Creio que não há vencer a verdade; creio que os resultados de toda e qualquer mentira só traz prejuízo em todos os aspectos aos homens; creio que a mentira, por mais que faça tanto barulho, terá que cair perante a verdade. Com o cerco dos falsos mestres presenciamos hoje uma teologia mais adaptada aos corações humanos, do que àquilo que é estritamente bíblico.
        O que esse humanismo florescente nos oferece? Tudo o que depende dos homens e da fé humana, nada tem a ver com a salvação vinda de Deus. O cristianismo moderno mostra seu fracasso em não expor o que o homem é e seu completo fracasso em todos os aspectos, porque jaz como defunto nas mãos do maligno (1 João 5:19). Mas, o que aprendemos na teologia bíblica é que Deus é livre para salvar quem ele quiser salvar, para isso o texto de Romanos nos foi deixado para que saibamos dessa verdade. Cremos que o que prevalece no mundo é a vontade soberana de Deus e não a vontade do homem. Isso significa que Deus não é obrigado a salvar; que em sua misericórdia ele é livre, que em nada eu posso mudar Deus, porque ele sabe lidar com os homens da forma dele e para a glória dele somente. Por isso tomei esta passagem em Romanos para expor essa verdade aos crentes e àqueles que interessam pela verdade do evangelho bíblico.
        Talvez o leitor esteja pensando que eu prego sobre isso porque não tenho uma igreja numericamente grande; porque eu não sou um pregador que atrai a multidão. Sendo assim, a provável conclusão é que eu não tenho o amor de Deus no coração; que sou cruel ao tratar com a malignidade do coração humano e até mesmo deixando muitos crentes na dúvida se são salvos ou não são. Realmente, não tenho uma grande congregação perante mim toda vez que prego. Mas o fato é que estou consciente de minha pobreza e incapacidade ao pregar a palavra fiel, e me surpreendo porque tenho ainda alguns que aparecem toda semana para ouvir minhas mensagens. Minha esperança é que meu Senhor tenha misericórdia de mim e me encha de seu poder. Creio em sua vontade soberana e sei que se ele quiser me usar para falar às multidões, ele pode fazê-lo em seu poder, caso contrário me agrado em estar submisso ao meu Senhor.
        Numericamente, meu sucesso ou insucesso não me fará mudar. Não posso mudar a mensagem a fim de agradar a multidão. Não creio que Deus tem uma mensagem mais adaptada aos dias modernos, porque o homem, em qualquer lugar e em todo tempo é o mesmo. A ordenança de Deus é que eu cumpra o meu ministério com fidelidade. À água cristalina que vem do trono celestial não precisa ser adicionado o açúcar ou melado das opiniões e do gosto dos homens caídos. Quem tem sede há de buscar essa agua, para nunca mais ter sede e quem tem fome há de buscar esse pão que sacia para sempre a fome da alma faminta. Minha igreja não é velório para encher de mortos. A casa de Deus é o lugar do Deus vivo e verdadeiro e nos alegramos com a presença dele em nosso meio. Sua mensagem pura e santa é fonte de alegria, prazer e felicidade, porque denuncia o pecado, o mundo e o diabo, trazendo a glória somente e tão somente para ele.

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