“Como
está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Romanos 9:13)
A
LIBERDADE DE DEUS ILUSTRADA: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”.
Nós somos deste mundo, nascemos ontem e
morreremos amanhã, por essa razão, sendo tão limitados, temos completa
dificuldade de entender tudo à luz da eternidade. Por essa razão precisamos
receber a palavra de Deus em nossos corações com uma mente voltada para o fato
que Deus é eterno, que ele jamais teve começo, nem terá fim: “Tu, porém, és
sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim” (Salmo 102:27). Quando
voltamos de coração para a palavra, eis que aos poucos a palavra de Deus vai
nos moldando a pensar e entender os pensamentos eternos daquele que vive para
todo sempre.
Então, seguindo esses pensamentos
santos, podemos voltar ao texto de Romanos 9:13: “Como está escrito: Amei Jacó,
porém me aborreci de Esaú”. Já pude explicar na lição anterior que Deus vê tudo
à luz da eternidade e essa verdade pode ser observada no fato que ele usa os
verbos “Amei” e “aborreci” no passado. E o texto ainda acrescenta que os gêmeos
ainda não tinham nascido. Sendo assim percebemos que toda essa verdade acerca
daquelas duas crianças nos leva ao ensino da eleição. Além disso, se voltarmos
para o verso 11 veremos como tudo o que tenho dito nos leva ao fato que Deus
lida com os homens aqui à luz da eleição ocorrida na eternidade: “E ainda não
eram os gêmeos nascidos, nem tinham pratica o bem ou o mal (para que o
propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por
aquele que chama)”.
Diante desses fatos claramente revelados
no texto e no contexto de Romanos 9, vamos examinar Jacó e Esaú à luz do nosso
modo de pensar, porque eu sei que em nosso modo pragmático de agir, achamos que
podemos ser mais espertos do que Deus. Lembremos bem que Deus não tomou a
decisão após a gravidez de Rebeca; Deus não olhou e viu algo de bom em Esaú ou
Jacó. Deixados para nossa decisão, certamente esperaríamos o tempo passar, os
gêmeos crescerem, para mostrar pelos seus atos qual dos dois era melhor. Sempre
somos empurrados por essa mentalidade tão estranha à verdade revelada. Sempre
achamos que aquele fulano de tal merece a atenção de Deus, mais do que o
sicrano. Por que isso? Porque sempre pensamos na salvação como um ato de obras
da parte dos homens; sempre buscamos achar que há alguma coisa preciosa em
alguém que pode chamar a atenção de Deus.
Por exemplo, pensemos em Esaú. Ele
sempre se mostrou ativo, tendo metas para a vida aqui; sempre mostrou ser mais
ambicioso que Jacó, por essa razão era o favorito de Isaque, enquanto Jacó
sempre foi o queridinho da mamãe Rebeca. Esaú queria ter família e construir
uma nação. Ele ambicionava ganhar dinheiro e ter sucesso com uma posteridade
forte. Dele surgiu o povo Edomita e conforme o relato bíblico, Deus fez Esaú
prosperar materialmente, conforme vemos o relato no encontro dele com Jacó.
Jacó era bem diferente, e um grande aproveitador de oportunidades. Ele queria
ter o mesmo que Esaú ambicionava ter, mas conquistava o que sonhava através da
arte de passar à frente e aproveitar situações.
Olhando do ponto de vista natural, qual
dos dois você acha que Deus deveria ter amado e escolhido?
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