segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A LIBERDADE DE DEUS EM SALVAR (4)



                      
“Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Romanos 9:13)
A LIBERDADE DE DEUS ILUSTRADA: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”.
        Nós somos deste mundo, nascemos ontem e morreremos amanhã, por essa razão, sendo tão limitados, temos completa dificuldade de entender tudo à luz da eternidade. Por essa razão precisamos receber a palavra de Deus em nossos corações com uma mente voltada para o fato que Deus é eterno, que ele jamais teve começo, nem terá fim: “Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim” (Salmo 102:27). Quando voltamos de coração para a palavra, eis que aos poucos a palavra de Deus vai nos moldando a pensar e entender os pensamentos eternos daquele que vive para todo sempre.
        Então, seguindo esses pensamentos santos, podemos voltar ao texto de Romanos 9:13: “Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”. Já pude explicar na lição anterior que Deus vê tudo à luz da eternidade e essa verdade pode ser observada no fato que ele usa os verbos “Amei” e “aborreci” no passado. E o texto ainda acrescenta que os gêmeos ainda não tinham nascido. Sendo assim percebemos que toda essa verdade acerca daquelas duas crianças nos leva ao ensino da eleição. Além disso, se voltarmos para o verso 11 veremos como tudo o que tenho dito nos leva ao fato que Deus lida com os homens aqui à luz da eleição ocorrida na eternidade: “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham pratica o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama)”.
        Diante desses fatos claramente revelados no texto e no contexto de Romanos 9, vamos examinar Jacó e Esaú à luz do nosso modo de pensar, porque eu sei que em nosso modo pragmático de agir, achamos que podemos ser mais espertos do que Deus. Lembremos bem que Deus não tomou a decisão após a gravidez de Rebeca; Deus não olhou e viu algo de bom em Esaú ou Jacó. Deixados para nossa decisão, certamente esperaríamos o tempo passar, os gêmeos crescerem, para mostrar pelos seus atos qual dos dois era melhor. Sempre somos empurrados por essa mentalidade tão estranha à verdade revelada. Sempre achamos que aquele fulano de tal merece a atenção de Deus, mais do que o sicrano. Por que isso? Porque sempre pensamos na salvação como um ato de obras da parte dos homens; sempre buscamos achar que há alguma coisa preciosa em alguém que pode chamar a atenção de Deus.
        Por exemplo, pensemos em Esaú. Ele sempre se mostrou ativo, tendo metas para a vida aqui; sempre mostrou ser mais ambicioso que Jacó, por essa razão era o favorito de Isaque, enquanto Jacó sempre foi o queridinho da mamãe Rebeca. Esaú queria ter família e construir uma nação. Ele ambicionava ganhar dinheiro e ter sucesso com uma posteridade forte. Dele surgiu o povo Edomita e conforme o relato bíblico, Deus fez Esaú prosperar materialmente, conforme vemos o relato no encontro dele com Jacó. Jacó era bem diferente, e um grande aproveitador de oportunidades. Ele queria ter o mesmo que Esaú ambicionava ter, mas conquistava o que sonhava através da arte de passar à frente e aproveitar situações.
        Olhando do ponto de vista natural, qual dos dois você acha que Deus deveria ter amado e escolhido?

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