“O que me oferece
sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu
caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus” (Salmo 40:23)
A VERDADEIRA ATITUDE
DE ADORAÇÃO A DEUS: “O que me oferece sacrifício de ações de graças”.
A lição que aparece em primeiro lugar no
texto vem mostrar o quanto o homem, por mais religioso que seja, sem salvação
jamais poderá oferecer culto a Deus. O Senhor requer que tudo seja dado a ele
em forma de ações de graças, e tal culto é feito no coração e não na aparência.
Davi percebeu essa verdade, porque quando encobria no íntimo seu pecado, mesmo
assim tentou forjar um serviço feito a Deus. Quando se arrependeu, pode
confessar seu erro e afirmar com seus lábios que Deus requer a verdade no
íntimo (Salmo 51:6). Milhares desconhecem essa verdade, porque realmente
ignoram o que a palavra de Deus diz acerca do temor devido ao Senhor. Nossa
tendência natural é tentar oferecer a Deus sacrifícios conforme a carne, tudo
porque gostamos disso. Tais sacrifícios elevam a soberba humana e o faz parecer
melhor por fora. Seria como se estivéssemos arrumando bem um cadáver, para deixa-lo
mais belo.
Entretanto, os crentes devem lembrar
sempre, com santo temor, que foram salvos para oferecer a Deus um só tipo de
sacrifício – o de ações de graças. A razão simples é que não podemos fazer
outro sacrifício que a Deus é aceitável. Ações de graças a Deus significa verdadeira
adoração; em tudo o crente estará dizendo que ele é o que é porque foi Deus
quem usou de compaixão para com ele. Vemos isso na forma como Deus ensinou
Israel, assim que adentrasse à terra prometida (Deuteronômio 26). Eles deveriam
tomar das primícias dos frutos do solo, em reconhecimento de que foi Deus que
lhes havia dado. Era para colocar esses frutos num cesto, ir ao lugar destinado
para adorar a Deus e fazer uma incrível confissão de que não passava de
miserável, descendente de um Abraão pecador; que um dia foi tirado do Egito com
mão forte e poderosa – a mão de Deus e assim o Senhor lhes trouxe para a terra
que mana leite e mel.
Certamente não foi relatado nas
Escrituras se algum ou alguns judeus realmente fizeram isso. Acredito que não,
porque tudo indica que fizeram exatamente o contrário. Mas fica a lição bem
clara para que os crentes agora venham a agir da mesma forma, porque é
exatamente isso que significa adoração a Deus. A lição número um que deve nos
mover a continuamente adorar a Deus é o fato que nós estávamos numa condição incomparavelmente
pior que estava Israel. Nossa história mostra que habitávamos num mundo de
escravidão; que éramos filhos do diabo e que tudo fazíamos para agradar nossa
carne, nossos pensamentos e ao príncipe das trevas (Efésios 2:2). Nossa
história pregressa mostra que estávamos condenados ao inferno, que
inexoravelmente seríamos atirados à perdição, devido a ira justa e santa de
Deus. A história bíblica mostra que éramos desobedientes, rebeldes e provamos
isso pelos maus caminhos por onde andávamos e pelos nossos pensamentos sujos,
impuros e profanos, sem qualquer temor.
Nem pude tocar em todos os detalhes do
antigo modo de viver dos crentes. Mas o que sabemos na bíblia e na experiência
é suficiente para nos levar à humilhação e nos fazer entender que toda adoração
a Deus só pode ser aceita por ele quando o fizermos com ações de graças. Ele
mesmo afirma que é esse o culto que lhe agrada e que lhe é aceitável. Fora isso
é tudo invenção da carne; não passa de manobra de corações arrogantes e
prepotentes. Não é o momento agora para que humilhemos perante o Senhor? Não é
o momento exato para que recordemos nossa triste história, conforme Deus mesmo
narra a nosso respeito?
Nenhum comentário:
Postar um comentário