sexta-feira, 18 de agosto de 2017

A LIBERDADE DE DEUS EM SALVAR (3)



                
“Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Romanos 9:13)
A LIBERDADE DE DEUS ILUSTRADA: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”.
        Vamos analisar essa lição à luz da palavra revelada. Cuidemos para levar conosco nossos próprios pensamentos e opiniões. Estamos entrando em território santo e nossas ideias preconceituosas agem como fogo estranho no altar de Deus. Quando olhamos o texto do nosso ponto de vista natural e enganoso vemos que há uma aparente injustiça de Deus. Estamos acostumados a agir como Zípora, mulher de Moisés, que se revoltou chamando seu marido de “sanguinário” devido a circuncisão do filho (Êxodo 4:25). Não gostamos da forma como Deus age com os homens e queremos que ele faça o que nós gostamos e aceitamos.
        Mas a verdade é que o texto de Romanos 9 mexe tanto com nosso orgulho, a ponto de achar que Deus cometeu injustiça. Como pode Deus amar um e aborrecer outro? Nós não queremos que ele faça isso conosco; não aceitamos que ele venha a escolher um filho nosso e rejeitar outro. Pensamos que Deus salva os pecadores como nós queremos que aconteça. De fato, gostaríamos de ver Isaque e Rebeca entrando em contestação, declarando a Deus que ele estava agindo com injustiça. Ora, aquele papai e aquela mamãe amavam os gêmeos e tinham em seus pensamentos e sentimentos os melhores planos para eles. Mas ali estava o Senhor dizendo que amou Jacó, porém odiou Esaú. Deus não pediu a opinião dos pais; Deus não esperou que os filhos nascessem para mostrar quem realmente merecia. Ambos estavam ainda no útero de Rebeca, quando o soberano Senhor mostrou sua vontade poderosa e inequívoca: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”.
        Mas quero que tomemos essa verdade para que humildemente, pela fé façamos calar nossa natureza carnal, mundana e pragmaticamente diabólica. Onde a verdade chega, tudo o que não é de Deus e para a glória dele deve silenciar-se. Do ponto de vista do Senhor, conforme sua revelação escrita, eis que tudo é diametralmente diferente daquilo que pensamos ou naturalmente cremos. A primeira lição é que Deus vê tudo à luz da eternidade e não do tempo. Deus é eterno, nós vivemos subordinados ao tempo. Deus não é subordinado à eternidade, porque ele mesmo é chamado de Pai da eternidade. Sendo assim, as lições bíblicas devem nos impulsionar a pensar, meditar e entender tudo sob o raciocínio eterno.
        O próprio texto mostra essa verdade: “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal...”. Quando Deus lida com seu povo ele passa essas lições profundas para nós. Foi assim que ele quis que Jeremias entendesse seu chamado para pregar às nações: “Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te constituí profeta às nações” (Jeremias 1:5). Eu mesmo nasci em 1953; minha história é de alguns minutos na linguagem divina. Nosso tempo neste mundo é apenas um sopro, uma mera fumaça que passa, quando vemos tudo à luz da eternidade. Mas a verdade é que é exatamente isso o que devemos entender quando miramos a obra da salvação. A salvação de Jacó não foi um ato fortuito; ali estava Rebeca, grávida, e Deus estava dando aos pais uma lição incrível que deveria leva-los à adoração humilde ao Senhor, mesmo que mexesse com seus sentimentos naturais. Aqueles dois viriam ao mundo para mostrar o plano soberano de Deus em salvar alguns e rejeitar outros.

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