“Como
está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Romanos 9:13)
A
LIBERDADE DE DEUS ILUSTRADA: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”.
Vamos analisar essa lição à luz da
palavra revelada. Cuidemos para levar conosco nossos próprios pensamentos e
opiniões. Estamos entrando em território santo e nossas ideias preconceituosas
agem como fogo estranho no altar de Deus. Quando olhamos o texto do nosso ponto
de vista natural e enganoso vemos que há uma aparente injustiça de Deus.
Estamos acostumados a agir como Zípora, mulher de Moisés, que se revoltou
chamando seu marido de “sanguinário” devido a circuncisão do filho (Êxodo
4:25). Não gostamos da forma como Deus age com os homens e queremos que ele
faça o que nós gostamos e aceitamos.
Mas a verdade é que o texto de Romanos 9
mexe tanto com nosso orgulho, a ponto de achar que Deus cometeu injustiça. Como
pode Deus amar um e aborrecer outro? Nós não queremos que ele faça isso
conosco; não aceitamos que ele venha a escolher um filho nosso e rejeitar
outro. Pensamos que Deus salva os pecadores como nós queremos que aconteça. De
fato, gostaríamos de ver Isaque e Rebeca entrando em contestação, declarando a
Deus que ele estava agindo com injustiça. Ora, aquele papai e aquela mamãe
amavam os gêmeos e tinham em seus pensamentos e sentimentos os melhores planos
para eles. Mas ali estava o Senhor dizendo que amou Jacó, porém odiou Esaú.
Deus não pediu a opinião dos pais; Deus não esperou que os filhos nascessem
para mostrar quem realmente merecia. Ambos estavam ainda no útero de Rebeca,
quando o soberano Senhor mostrou sua vontade poderosa e inequívoca: “Amei Jacó,
porém me aborreci de Esaú”.
Mas quero que tomemos essa verdade para
que humildemente, pela fé façamos calar nossa natureza carnal, mundana e
pragmaticamente diabólica. Onde a verdade chega, tudo o que não é de Deus e
para a glória dele deve silenciar-se. Do ponto de vista do Senhor, conforme sua
revelação escrita, eis que tudo é diametralmente diferente daquilo que pensamos
ou naturalmente cremos. A primeira lição é que Deus vê tudo à luz da eternidade
e não do tempo. Deus é eterno, nós vivemos subordinados ao tempo. Deus não é subordinado
à eternidade, porque ele mesmo é chamado de Pai da eternidade. Sendo assim, as
lições bíblicas devem nos impulsionar a pensar, meditar e entender tudo sob o
raciocínio eterno.
O próprio texto mostra essa verdade: “E
ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal...”.
Quando Deus lida com seu povo ele passa essas lições profundas para nós. Foi
assim que ele quis que Jeremias entendesse seu chamado para pregar às nações: “Antes
que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da
madre, te consagrei e te constituí profeta às nações” (Jeremias 1:5). Eu mesmo
nasci em 1953; minha história é de alguns minutos na linguagem divina. Nosso
tempo neste mundo é apenas um sopro, uma mera fumaça que passa, quando vemos
tudo à luz da eternidade. Mas a verdade é que é exatamente isso o que devemos
entender quando miramos a obra da salvação. A salvação de Jacó não foi um ato
fortuito; ali estava Rebeca, grávida, e Deus estava dando aos pais uma lição
incrível que deveria leva-los à adoração humilde ao Senhor, mesmo que mexesse
com seus sentimentos naturais. Aqueles dois viriam ao mundo para mostrar o
plano soberano de Deus em salvar alguns e rejeitar outros.
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