“Ninguém
pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no
último dia” (João 6:44).
Prezado
leitor, ontem pude iniciar a abordagem nesse impressionante e elucidativo
verso. O tema a respeito da soberania de Deus na salvação abrange o cap. 6.
inteiro. A mensagem do Senhor paralisa o orgulho daqueles judeus, porquanto
eles viviam confiantes na religiosidade superficial; nos costumes e tradições
de seus pais, não na verdade. Perante eles estava o rei da glória revestido da
humilhante posição de homem e ainda mais aprofundado na postura de um servo
sofredor. A natureza terrena daquela multidão queria aproveitar dos atos
bondosos do Senhor Jesus, mas quando compareceram perante Sua face foram confrontados
pela palavra da verdade. Ali estava um homem que era infinitamente maior do que
Moisés, Abraão e qualquer profeta; eles estavam perante o próprio Filho do Deus
vivo, o verbo divino, o grande EU SOU!
Vamos
agora às considerações em torno do verso. Obviamente o leitor atento verá que
estamos diante da mensagem mais gloriosa e mais importante vista em toda
extensão das Escrituras – a mensagem do evangelho da glória de Cristo,
porquanto é a mensagem que glorifica a Deus. Poderosas doutrinas despontam em
glória nesse verso, ressaltando a sublime verdade que humilha o homem, eleva a
glória de Deus e traz os pecadores à verdadeira e eterna salvação.
Imediatamente aparece a doutrina da depravação total: “Ninguém pode vir a mim...”
lançando por terra todo orgulho religioso e toda tentativa humana em querer se
mostrar perante Deus. Diante dessa verdade a vontade humana é moída e desfeita;
todas as realizações religiosas do homem são vistas como verdadeiro trapo, e
assim o homem é colocado no lugar onde deve estar – no pó, a fim de que em tudo
a glória seja dada somente e tão somente a Deus.
Em
segundo lugar nosso Senhor releva Sua glória: “Ninguém pode vir a mim...”.
Incrível, mas estamos diante da Soberania e majestade do Filho de Deus! Como
podemos encobrir tal verdade? A tremenda luta do diabo em seu reino de trevas é
anular a glória do Filho de Deus. Vemos isso ocorrendo em nossos dias, quando
elementos gananciosos, avarentos e sórdidos se levantaram para apresentar um
Cristo mesquinho, fraco e dependente. Perante aqueles judeus religiosamente
orgulhosos e assassinos nosso Senhor está afirmando ser Ele o glorioso Deus e
que não há possibilidade de alguém chegar a Ele, a não ser que seja levado pelo
Seu Pai.
Em
terceiro lugar presenciamos a atuação da poderosa graça na salvação: “...se o
Pai que me enviou não o trouxer...”. Veja amigo, que graça só é vista em seu
brilho e soberana força quando a realidade do pecado em seu poder destruidor é
conhecida nos corações dos homens. A atuação soberana acontece quando homens e
mulheres são silenciados perante Deus; quando são vistos em seus túmulos e
reconhecem que toda energia que têm é para cometer pecado e mais pecado; que
toda disposição é para afrontar a Deus.
Em
quarto lugar vemos as maravilhas da segurança eterna: “...e eu o ressuscitarei
no último dia”. Que término impressionante! Tudo começou revelando a desgraça
do homem no pecado, pondo o homem no desespero e no seu lugar que escolheu em
Adão; Deus é visto como soberano e atuante na salvação; é Ele quem começa e
continua Sua obra; é Ele quem entrega o perdido ao Filho, e no fim temos o real
objetivo da salvação – a glória eterna. Observemos bem, porquanto o propósito
da mensagem não é a cura física, não é a busca do bem material do homem, mas
sim a ressurreição. Que salvação grandiosa! Que mensagem cheia da compaixão de
Deus! Querido leitor, o que representa esse evangelho puro e genuíno em sua
vida? É essa a mensagem que enche seu coração de alegria? Diante de tudo isso
seu coração transborda de temor, de reverência e adoração?
Nenhum comentário:
Postar um comentário