“Todavia, estou sempre contigo, tu me
seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me
recebes na glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me
compraza na terra”. (Salmo 73:23-25)
INTRODUÇÃO:
Caro leitor, antes de entrar nas
considerações particulares do texto, estou ainda atrelado à introdução, porque
considero-a importante para a compreensão daquilo que considero a maior
necessidade que a igreja de Deus passa no momento. Estamos vendo que a
experiência do salmista é tão importante para que compreendamos a situação pela
qual estamos passando em nossos dias, quando o espírito materialista,
solidamente fortificado por um evangelho diferente, humanista e carregado de
superstição tem dominado a mente de todos, até mesmo de verdadeiros crentes.
3. Ele
começou a duvidar de sua fé: “Com efeito, inutilmente conservei puro o
coração e lavei as mãos na inocência” (verso 13). Veja bem o perigo, veja como aos poucos ele
foi considerando inútil tudo aquilo que antes parecia belo e maravilhoso em sua
fé. Aos poucos ele foi analisando a vida cristã, comparando-a com a vida tão
bem sucedida e próspera dos ímpios. Ele contemplava o viver dos ímpios, cheia
de vaidade, de desprezo a Deus, de iniquidade, e ao mesmo tempo carregado de
sucesso material. Naqueles momentos perigosos ele não percebia que estava sendo
levado pelo engano do mundo e do diabo. Suas considerações não eram feitas à
luz da fé e da Palavra de Deus, mas sim à luz da razão, da lógica humana. Assim,
ele começou pesar tudo na balança da justiça humana e passou a contemplar sua
fé como lixo e o viver dos ímpios como ouro. Que situação dramática! Noutras
palavras, ele chegou a determinadas conclusões de que a vida cristã era errada;
que esse negócio de santidade, de viver com coração puro e agradando a Deus era
idiotice. Ele viu que os levianos e iníquos viviam melhor, que estavam bem
abastecidos nesta vida e que pareciam muito mais felizes do que ele que
afirmava ser crente.
Veja caro leitor como o mundo começa a
minar nossa energia santa e nos fazer pensar como o mundo pensa, à luz do
raciocínio natural. Aos poucos os crentes vão desviando da verdade; aos poucos
vão saindo do caminho santo, da luta pela causa e vão entrando no caminho da
ambição, da vida fácil e sem qualquer compromisso de lutar pela glória de Deus
em seu viver. Aos poucos crentes vão deixando de lado os verdadeiros valores,
valores eternos para seu bem pessoal e para o bem dos seus queridos. Aos poucos
crentes vão abandonando o convívio santo, a fim de desejar o sistema mundano, porque
passa a ver a vida cristã como algo pesado e indesejável para o dia a dia. Aos
poucos crentes vão procurando associar o sistema mundano com o cristianismo,
lançando fora o ouro de um viver obediente a Deus, a fim de trazer costumes
mundanos para si, para seu lar e para a igreja, e não demora em que os
verdadeiros e eternos valores sejam atirados fora como se fossem traças e
sujeiras.
Caro leitor, tenho visto como muitos
que confessam a Cristo como seu Salvador têm ignorado as verdadeiras joias de
um viver cristão que realmente agrada a Deus. Tenho visto como os homens
perderam o vigor na fé, por causa dos valores deste mundo, por causa das
ambições deste sistema passageiro e maligno. Tenho visto como mulheres crentes
têm se associado às maldades desse programa mundial de libertação feminina, e
elas nem sequer pensam e meditam nos efeitos terríveis que isso tem trazido às
suas vidas e famílias. As ordenanças do Senhor de humilde submissão têm sido
tratadas como se fossem venenos. Muitos querem as bênçãos de Deus, mas para
desagradar a Deus, para gastar dinheiro com seus prazeres, para ajuntar com o
mundo e destruir todo bem.
O que posso fazer? Estou orando e
trabalhando por um grande despertamento, a fim de que aconteça com o povo de
Deus o que aconteceu com o Salmista. Oh! Que o Senhor tenha misericórdia dessa
geração perversa e rebelde!
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