“Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel e Justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9)
A
VERDADEIRA CONFISSÃO
Prezado
leitor estou mostrando os perigos que rondam e prendem aqueles que não tomam o
caminho da sincera confissão de seus pecados para receberem mediante a Graça a
gloriosa e eterna salvação conquistada por Cristo Jesus o Cordeiro de Deus ali
na cruz do Calvário. A mensagem da salvação é a mensagem central das
escrituras, porquanto Cristo Jesus se entregou a Si mesmo para salvar o Seu
povo e desarraigar os salvos deste mundo perverso, (Gálatas 1:4). Estou
mostrando aqui o que acontece com aquele que tomado pelo orgulho na alma foge
dessa confissão salvadora. Mostrei aqui que o pecado continua a reinar no
coração e dali desse trono administra seu viver. Mostrei que a ausência da
confissão genuína faz com que a maldade continue no coração e tem tendência a
aumentar, podendo levar o homem a práticas cruéis e pervertidas contra o seu
próximo. Também afirmei que tal atitude faz com que o homem se torne na vida um
fugitivo da luz, sempre se ocultando nas trevas por não querer encarar a verdade.
Amigo,
este assunto é por muito profundo para que paremos aqui. Precisamos conhecer o
que a Palavra de Deus mostra a respeito do caminho tão agradável à carne, aos
olhos e à soberba da vida pelo qual transita a alma impenitente que não se
curva pela fé perante o Salvador Bendito para achar Nele o verdadeiro descanso
para sua alma.
Digo
e afirmo que há também o perigo do pecador defrontar-se com uma falsa
experiência de conversão. Acontece isso com muitos que dão as costas para a
verdade bíblica, pois terminam caindo como peixes numa perigosa rede de uma
conversão que nada tem a ver com a conversão genuinamente bíblica. Ora, foi
assim com Faraó o famoso monarca Egípcio quando foi fustigado pela vara dos
castigos de Deus através das pragas. Por duas ou três vezes o rei deu uma
impressão que tinha se convertido ao Deus de Israel, mas logo que passava a
angústia das pragas, eis que seu coração voltava a revelar-se que nada tinha a
ver de transformação de vida, que não passava de ser um obstinado pronto a lutar
e guerrear contra Deus.
É
assim com milhares que por causa de circunstâncias difíceis que atravessam dão
por período de tempo uma impressão de que houve conversão genuína. Acontece com
muitos que estão à busca de uma cura; outros que estão atrás de alguma
prosperidade; outros que são movidos por um período forte de desespero no viver
em decorrência de problemas na família ou em outro aspecto da vida. Mas ninguém
pode se ocultar de Deus, e ninguém pode ludibriar a Deus. Ele mesmo afirma que
enganoso é o coração e desesperadamente corrupto.
Quero
aqui tomar como ilustração a vida daquele homem que fora a Jesus procurando
saber como poderia obter vida eterna (Lucas 18). Era um homem rico, um príncipe
que subira a essa posição mediante o esplendor da riqueza. Aparentemente era
uma alma que buscava paz que não conseguia achar, nos muitos bens que possuía;
Parecia ser uma alma com sede e fome da verdade, pressurosa por achar a verdade
como se fosse um tesouro. Só que aquele homem desconhecia a realidade da pessoa
de Cristo. Para Ele Jesus não passava de ser um excelente e notável homem
religioso; para ele Jesus não passava de ser um poderoso Mestre da religião
judaica. Ele desconhecia Jesus como o Senhor Jeová encarnado, aquele que fora
enviado pelo Pai ao mundo com a finalidade de trazer salvação, verdade essa
prometida desde o Velho Testamento. Ele desconhecia a realidade daquela
poderosa pessoa que estava perante ele, que era aquele que conhecia
perfeitamente tudo a respeito da natureza humana e que jamais poderia ser
ludibriado pelas ciladas promovidas pela ardilosa habilidade humana em enganar.
Ele
chegou a Jesus com a pergunta: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida
Eterna?” É bem perceptível que aquele homem em nada estava com desejo
na alma de conhecer a salvação providenciada do céu para o pecador. Ele era,
sim, um ricaço que usava a religião como manto para se disfarçar e se manter
preso à idolatria financeira. Era um amante do dinheiro que sentia o impacto da
ausência daquilo que a prosperidade financeira jamais pode proporcionar à alma.
O céu dele era aqui e desprezava no coração o lar celestial preparado por
Cristo para os salvos. É notável a maneira como ele se apresenta a Jesus como
um zeloso praticante da lei, pois ele mostrou a Jesus que fazia tudo o que a
lei mandava desde a sua mocidade. Ele em nada sabia onde estava exatamente
aprisionado ao pecado; desconhecia onde era visto por Deus como um idólatra que
servia a riqueza como se estivesse adorando uma imagem de escultura.
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