“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...”
(Cantares 6:3)
Prezado leitor podemos aprofundar um pouco mais nessa
gloriosa confissão de amor que parte de um coração redimido. Os eleitos de Deus
são conhecidos pela sua confissão de amor pelo seu Amado. Ó quanto espero que
todos amem o Senhor Jesus! Como anelo ver meus leitores conhecendo mais e mais
o Rei da glória!
Digo mais
que essa confissão: “Eu sou do meu Amado, e o meu Amado é meu” revela firme esperança.
Não é exatamente isso o que João transmite: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é
manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos” (1João 3:2)? E que
esperança! O povo de Deus peregrina nesta vida em busca do lar eterno; o povo
que foi achado na imperfeição do pecado visa a perfeição na glória! Afinal,
somos o povo alvejado pela misericórdia, a fim de chegarmos triunfantemente na
glória eterna. Estamos dando adeus a este mundo com suas fantasias, e vaidades;
estamos declarando que toda essa beleza natural não passa de papel que rasga
com o tempo; todo encanto perde seu fulgor ante a gloriosa perfeição que há de
vir.
Amigo leitor, o crente caminha para o grande casamento,
porque os santos serão apresentados perante o noivo eterno, assim toda essa
imperfeição que agora carregamos em nossos frágeis corpos será transformada em
perfeita manifestação de glória. O mundo oco e inútil apercebe-se dessa
esperança bendita na confissão do salvo. O salvo pertence àquele que é
invisível! Como pode deixar de lado, considerando palha, todo esse vislumbrar
de paixões e fama? O mundo é tão belo e agradável à carne, que tal desprezo não
passa de loucura para uma mentalidade mundana.
Oh! Mas o que é tudo isso para os olhos da fé? Quem pode
entre os homens segurar para si qualquer porção de prazer dado pelo diabo?
Abraão, com toda sua riqueza desprezou e considerou farrapo aquilo que tanto os
homens se apegam; ele usou as riquezas enquanto aqui viveu e o fez com
sabedoria, mas quando chegou o momento de subir, mirou com firmeza a cidade
construída por Cristo nos céus, e partiu para receber seu precioso e eterno
galardão. O mundo ao redor de Moisés via resplendores em toda fortuna que cercava
um faraó. Quem não queria beliscar um pouco daquela riqueza! Mas Moisés
conheceu seu Senhor! A visão do Senhor da glória tornou sua alegria, riqueza e
prazer, por isso não demorou em reconhecer que toda riqueza e pomposidade desta
vida não passava de lixo, quando comparadas à glória de Cristo, então sua
decisão foi firme e corajosa: “escolhendo antes ser maltratado com o povo de
Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado” (Hebreus 11:25).
Amado leitor, como a
bíblia destaca nossa esperança! Ela põe nossos pés neste vale, mas nossos
corações estão lá no alto, na firme esperança da glória. Estamos mostrando ao
mundo que veremos o Rei e seremos semelhantes a Ele. Como tal verdade é tão
importante para nossas vidas práticas! O mundo atual quer sintonizar nossos
corações com a prosperidade carnal e egoísta desta vida. Foi assim com o
salmista (Salmo 73). Ele começou desviar de Deus quando prestou atenção aos
ricos e profanos desta vida. Ele como um crente vivia cheio de dificuldades,
enquanto os perversos estavam carregados de recursos materiais. Mas quando seus
olhos espirituais foram abertos, correu para o socorro do Senhor e assim pode
confessar: “Todavia estou sempre contigo; tu me seguras a mão direita. Tu me
guias com o teu conselho, e depois me receberás em glória” (Salmo 73:23,24)
Amigo leitor, onde está firmada sua esperança? Aqui ou na
glória eterna? Pode dizer que seu coração despreza as vaidades e ambições
terrenas? Está satisfeito por pertencer ao Senhor e com aquilo que será?
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