quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PERTO DO REINO, SEM SALVAÇÃO (12 de 12)



LUCAS 18:18-23
         DESCOBRINDO SEU ÍDOLO OCULTO: “...vai, vende o que        tens...”
         Caro leitor, estamos chegando ao fim e contemplamos a reação natural do homem contra Deus. Estamos tão acostumados com o humanismo que ficamos boquiabertos, admirados, não somente com a reação daquele homem, como também com as palavras do Senhor dirigidas a ele. O evangelismo fincado no poder da decisão humana diria que Jesus foi precipitado, que deveria mostrar mais amor por aquele moço; que deveria ir atrás dele e passar-lhe certeza de salvação. Mas não funciona assim. Nosso Senhor lida com aqueles que o Pai lhe dá (João 6:37).
         Então, vamos pautar a verdade bíblica. Veja a reação esperada: “...ficou triste”. Ficou triste porque alguém abriu a porta lacrada do seu coração e descobriu seu “santuário” do mal. Ele ficou triste porque encontrar caminhos bem abertos, livres para trilhar com seu coração enganoso e ainda sentir que após à morte subiria para herdar a vida eterna. Ficou triste porque segundo as exigências do verdadeiro evangelho era para ele se arrepender e abandonar seu tesouro; era para ele deixar seu curso tortuoso e seu andar que desafiava a Deus diariamente. Ficou triste sim, porque não há possibilidade de amar a Deus e amar as riquezas, porque Deus não aceita coração dobre.
         Caro leitor, o que significa seguir a Cristo? Seguir a Cristo exige humildade e o homem apegado às riquezas tem seu coração abarrotado de soberba e vive uma vida inteiramente confinada a si mesmo. Seguir ao Senhor exige separação do mundo, carregar a cruz, sofrer perdas naturais que não gostamos e carregar a cruz. O caminho para o reino eterno é de peregrinação; o mundo será visto como um deserto abrasador e cheio de inimigos e armadilhas pelo caminho, até a entrada do céu. O caminho da conversão até o reino eterno é assim, mas tudo tem em vista lembrar que os que lá entrarão vão ter recompensas eternas.
         Caro leitor, milhares têm seus ídolos ocultos nos corações, por isso jamais se submetem a Cristo para a salvação de suas almas. Não querem abrir o baú onde ficam escondidos seus segredos tão preciosos. Eles querem Jesus, mas para suas finalidades mundanas, pois querem proteção religiosa para seus ídolos e ficam atordoados se perceberem que seus ídolos estão sendo roubados e vão clamar: “...os deuses que eu fiz me tomastes...” (Juízes 17:24).
         Outro importante detalhe é que pecadores endurecidos no pecado querem dinheiro e saúde para conservar seus ídolos intactos. Muitos aceitam tudo o que uma organização religiosa exige, desde que não toque em seus segredos do coração. Eles têm amor aos prazeres, às paixões, ao conforto, à fama, etc. Félix queria ouvir a mensagem do prisioneiro Paulo, mas quando a pregação do apóstolo flechou seu coração, eis que imediatamente aquele homem recusou continuar ouvindo aquela mensagem tão dura e tão penetrante.
         Em nossos dias presenciamos essa situação que se agrava cada vez mais. Vemos milhares querendo herdar a vida eterna e que estão prontos para fazer qualquer coisa no que eles intitulam de serviço do Senhor. Mas o fato é que fogem quando mexe com seus pecados ocultos. Conseguem viver muitos anos com aparência de evangélicos, mas nunca se converteram a Cristo de todo coração. Querem ir para o céu sim, mas nenhum compromisso de santidade, de humilde prontidão em aprender. Querem ir para o céu e acham que estão indo, mas estão ficando para trás, porque não conseguem andar e não foram vocacionados para isso.
         Quando Cristo salva o perdido, o pecador salvo é erguido com a força da graça; passa a ter o dinamismo da santidade e é conduzido no poder da justiça de Cristo. Quando Cristo salva o perdido, eis que todos os antigos moradores do coração saem em debandada, a fim de que o lugar secreto passe a ser dirigido e controlado pelo Senhor.

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