“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde
está, ó morte, o teu aguilhão”? 1Coríntios 15:55
Não
resta dúvida que aqui está, não somente, uma prova da inspiração das Escrituras
Sagradas, como também uma demonstração do que é o verdadeiro cristianismo,
porquanto nenhuma religiosidade falsa poderá falar o que Paulo fala neste cap.,
nem tampouco desafiar a morte como o apóstolo está desafiando no final desta
tão fulgurante passagem.
A
morte é a prova cabal do efeito do pecado. É o seu trágico e escabroso salário;
é a evidente manifestação da força descomunal do pecado diante da qual não
existe poder, nem humano, nem angelical capaz de dominá-la e vencê-la. A morte
vive a brandir seus golpes à direita e à esquerda atingindo as almas para
enlaçá-las e lançá-las no inferno. Ela ri das armas mais poderosas; ela zomba
de todas as estratégias humanas tentando frustrar suas tentativas ou barrar
seus intentos; ela despreza a força dos valentes; ela simplesmente não faz caso
da beleza ou da idade; faz os poderosos tremerem; ignora as riquezas e se
mostra indiferente a qualquer apelo emocional dos pobres. O mundo inteiro
trabalha para ela; as multidões engordam para satisfazer seus anseios e toda
agitação e burburinho deste mundo terminam em suas garras de terror.
Paulo proclama o tremendo triunfo de Cristo sobre a morte no cap.
15 de 1 Coríntios. Cristo venceu a morte na Sua ressurreição para que Seu povo
ficasse livre de uma vez por todas da sua tirania, do seu poder. Que
perplexidade para a morte e para o inferno! Ambos perderam milhões e milhares
de fregueses! O que parecia derrota de Deus revela agora a impotência desses
arqui-inimigos ante a descomunal força da Graça de tal maneira que não há como
reverter a situação!
Está aqui a glória do
verdadeiro cristianismo, homens e mulheres, simples, pobres, sujeitos às
fraquezas da carne, às perseguições satânicas e aos perigos traiçoeiros deste
mundo, desafiam o mais poderoso inimigo eterno da raça humana – a morte: “Onde
está, ó morte o teu aguilhão? Onde está, ó morte, a tua vitória?” Não é um
desafio insano, apenas movido por algo passageiro. Milhões de homens fizeram
enfrentaram a morte com coragem por amor à sua pátria ou mesmo por defesa
própria ou qualquer outro ato heroico. Eles desconheceram qualquer motivo
eterno. Mas os santos de Deus o fazem porque sabem que seu Senhor venceu de uma
vez por todas esse inimigo e sabem bem que não há nas mãos dessa tirana
qualquer arma que possa destruí-los eternamente. A vitória eternal do Senhor é
a vitória deles e aguardam o que virá depois, a ressurreição.
Santos
de Deus tem uma razão maior do que esta para desprezarmos este mundo e
dedicarmos inteiramente ao serviço do nosso Senhor?
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