“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me
enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
A NECESSIDADE DA SOBERANIA “Ninguém pode
vir a mim...”
Prezado
leitor, o texto mesmo mostra a necessidade da soberania de Deus na salvação. A
frase: “Ninguém pode vir a mim...” deve atrair nossa profunda atenção. Estamos
diante da verdade inspirada, palavras ditas pelo Filho de Deus, portanto,
curvemo-nos perante as maravilhas da revelação; sejamos discípulos arrojados
aos pés do Rei querendo conhecer a respeito de coisas que este mundo
desconhece. A verdade é um tesouro, e lembremos bem que esses tesouros não são
achados facilmente, estão em lugares profundos, afastados dos olhos de lince
dos grandes e cultos deste mundo. Deus tem entregado as maravilhas do
conhecimento da Sua graça a homens e mulheres simples, que carregam em seus
corações o temor devido a Ele.
A
primeira lição que rapidamente desponta na frase é a doutrina da depravação
total: “Ninguém pode vir a mim...”. Do meu ponto de vista, concernente aos
homens esta é a doutrina mais destacada em toda Escritura, mas ao mesmo tempo é
a mais desconhecida, justamente porque esse assunto toca profundamente em nosso
ser. Para mim a doutrina da depravação é a porta de acesso ao conhecimento do
evangelho e da salvação gloriosa, portanto, buscar outro acesso é simplesmente
um labor inútil. Ora, ninguém vai querer a salvação de Deus se jamais conheceu
a verdade triste, escabrosa e aterrorizante a seu respeito. O homem que
desconhece o estado do seu coração, conforme a apresentação bíblica, jamais vai
querer conhecer o caminho da cruz e com efeito do arrependimento e da
confissão.
Amigo,
quando abrimos a bíblia e vemos uma frase como esta: “Ninguém pode vir a mim,
se o Pai...”, a natureza carnal, orgulhosa e auto-suficiente do homem
simplesmente toma a decisão de fugir de tal assunto, porquanto ao lidar com
esse tema o homem natural há de querer passar por cima, e olvidar. Odiamos ser
descobertos em nossa nudez espiritual; odiamos ser apresentados perante um Deus
de misericórdia, porque queremos um deus diferente, que nos aponte um caminho
mais agradável rumo a uma vida melhor. Quando somos confrontados com esse
assunto tão humilhante somos inevitavelmente empurrados para a zona de
desespero, de arrependimento, por essa razão, quando essa luz brilha perante
nossos olhos, fugimos como ratos e baratas procurando um lugar escuro.
Mas,
como podemos escapar disso? É melhor que encaremos agora nossa triste condição
perante Deus, do que fugir pressurosos em direção ao juízo. É melhor que agora
tenhamos a presença misericordiosa do Senhor; tenhamos Sua face bondosa
encarando nossa tão triste e deprimente situação, do que vivermos aprisionados
no orgulho próprio, até cairmos no desespero eterno. Amigo, a mensagem
salvadora ressoa como a voz de um bom médico para um enfermo; é como água pura
e cristalina para um sedento; é como um pão para um faminto.
Ó
triste condição dos perdidos! Em que miséria o pecado nos deixou! Para viver em
nossos delitos e pecados apontamos nossas armas contra a santidade celestial,
contra o reino de amor. Nesse estado de orgulho agimos como terroristas prontos
a bombardear os céus e apagar todo e qualquer vestígio do Nome de um Deus
santo, justo e cheio de misericórdia! Mas o amor de Cristo nos impulsiona a
manter acesa a verdade e pregar a mensagem do Rei.
Querido
leitor, eu e você estamos diante da suprema verdade que “Ninguém pode...” ir a
Cristo se não for por meio de uma intervenção soberana! É Deus entrando nesse
império de trevas e transportando pecadores da morte para a vida, da escuridão
para a Sua maravilhosa luz! Tal verdade chegou ao seu coração? Pode você agora
humilhar-se perante o Senhor?
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