sábado, 22 de novembro de 2014

PERTO DO REINO, SEM SALVAÇÃO (8)



LUCAS 18:18-23
DESCOBRINDO A FARSA RELIGIOSA: “Sabes os mandamentos..”
         Caro leitor vemos como nosso Senhor, com Suas penetrantes palavras lançou por terra toda confiança vã no homem. Naquela Pergunta: “...Por que me chamas bom?...”, nosso Senhor exaltou a soberania de Deus, mostrando que Dele vem a salvação e que do homem nada pode se esperar. Noutras palavras eis que nosso Senhor revelou a doutrina da depravação total, pois só há um que é bom – Deus, então do homem nada pode esperar, a não ser maldade. Naquele momento aquele moço chegou com sua chave de livre-arbítrio, com toda decisão e achando que podia abrir as portas do reino e assim entrar. Ele não chegou como Abel, na disposição para buscar um substituto que pudesse lhe resgatar. Ele chegou como Caim, brandindo a espada da soberba perante o Senhor.
         Eis que o Senhor não parou ali. Nosso Senhor prosseguiu para pegar-lhe em suas próprias palavras. Aquele moço ignorava o fato que perante ele estava o grande EU SOU. Aquele que confrontou homens como Moisés, Abraão, Davi, Josué e muitos outros estava perante ele. Nosso Senhor quer descobrir seu coração; quer mostrar o que estava oculto, que ninguém sabia, nem os mais poderosos líderes religiosos. Nosso Senhor invade o território oculto – o da alma, a fim de mostrar toda farsa religiosa, como por fora ele estava encobrindo suas maldades ocultas. Era um iníquo, disfarçado de religioso; era um idólatra querendo passar por piedoso; era um herdeiro do inferno querendo sentir-se digno do céu; era um perverso querendo exibir traços da justiça da lei.
         O que nosso Senhor faz? Cristo não pergunta, mas faz afirmações. Nosso modo de investigar as almas é por meio de interrogações como: “Você já leu a bíblia? Você frequentou alguma igreja?”, etc. Nós fazemos isso devido nossa limitação, porque não conhecemos as pessoas. Mas não é assim com o Senhor. Ele mesmo como homem era Deus, por isso conhecia os segredos do coração; Ele jamais era enganado, porque conhecia bem a natureza corrompida e rebelde do homem. Muitas vezes “jogava verde para colher maduro”, por assim dizer, mas tinha em vista expor a realidade do coração daquele que estava sendo abordado.
         Então, no caso daquele homem rico nosso Senhor mostra o quanto Ele o conhecia; que ele foi educado na religião judaica e que seus pais lhe ensinaram tudo sobre a lei de Moisés, mas que ele sabia da lei apenas aquilo que relacionava ao viver social. Nosso Senhor fala do conhecimento que Ele tinha da lei, mas somente aquelas leis relacionadas aos homens. Consideremos bem como as palavras do Senhor:
         1.      Aparentava pureza sexual: “Não adulterarás”. Parecia que ele era um homem de família; que era esposo de uma só mulher e que levava isso a sério. Até parecia melhor que muitos homens de Deus que caíram miseravelmente nesse pecado, como Davi, Abraão e outros. Não é o caso deste homem. Ele podia dizer orgulhosamente que era um cristão e que era irrepreensível neste aspecto.
         2.      Aparentava ausência de ódio e vingança: “não matarás”. Parece que jamais usou sua mão nem qualquer instrumento para ferir seu semelhante. Parece que sempre foi pacífico no viver, que não tinha inimigos e que todos podiam falar bem dele.
         3.      Aparentava ausência de inveja: Não furtarás”. Normalmente esse pecado revela um coração invejoso e cobiçoso de torpe ganância. Ele era um homem rico e parece que suas riquezas foram adquiridas com trabalho, ou mesmo devido a alguma herança recebida de seus pais.
         4.      Aparentava ausência de conflito social:  Não dirás falso testemunho”. Parecia ser um homem sério; que procurava sempre falar bem dos outros; que não tinha inimigos e que buscava sempre o bem de seus semelhantes. Era um homem assim, aliás de grande proveito para a sociedade. Ele era um homem que toda sociedade precisa, homens religiosos e de confiança moral.

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