“Sucedeu que, vendo Jorão a Jeú, perguntou: Há paz, Jeú? Ele respondeu:
Que paz, enquanto perduram as prostituições de tua mãe Jezabel e as suas muitas
feitiçarias?” (2 Reis 9:22)
Caro leitor, eis
que o momento da vingança do Senhor contra a casa de Acabe havia chegado,
conforme a profecia de Elias (1 Reis 21). Quem seria o instrumento para isso? O
próprio capitão do exército de Israel – Jeú. Com esta o rei Jorão não contava.
Nessa história podemos ver lições claras sobre o comportamento dos ímpios.
Enquanto a mão vingadora de Deus ainda está distante, tudo parece bem. O
perverso Jorão, sob o comando pervertido de Jezabel estava certo que seu reino
era intocável. Ele fez com que todos os seus súditos fossem elementos tão perversos
como ele. Jeú não era um crente, não era um homem de fé. Ele foi erguido como
instrumento de punitivo da parte de Deus, porque Deus simplesmente soltou a
“fera” que estava enjaulada em seu coração – alcançar a posição de rei.
Caro leitor veja na
vida do perverso Jorão como parecia calmo e tranquilo por fora. Mas, sua paz
era fortificada de forma horizontal. A vigilância constante exibia um coração
atemorizado: “Há paz, Jeú?”. Por que essa pergunta? Ela reflete sempre o fato
o perverso não tem paz, mesmo que esteja aparentemente bem reforçado. Jorão
procurava estar sempre reforçado ao seu derredor; jamais olhava para o Deus de
Elias, nem sequer cogitava isso. Ele esperava de seus súditos que estes lhes
fornecessem amparo e proteção contra seus inimigos. Os inimigos de Jorão eram
os homens, porque em seu coração não acreditava no Deus de Israel – o Todo
Poderoso. Mas, a sua pergunta revelava um coração agitado, perplexo, aflito e
desesperado: “Há paz, Jeú?”.
Quando Deus entra
em cena para executar sua vingança, não precisa mais de um Elias, porque até
mesmo um ímpio como Jeú serve. Eis sua resposta: “...Que paz, enquanto perduram as
prostituições de tua mãe Jezabel e as suas muitas feitiçarias?”. Eis aí
resposta bem clara e definida. Jorão aceitou com prazer a vida tortuosa da
pervertida Jezabel – sua mãe. Ela era culpada pela terrível idolatria em todo
território de Israel; ela era terrivelmente culpada da morte de muitos
inocentes; ela era culpada de tanta maldade e mesmo a morte de Acabe – seu marido,
não mudou seu comportamento, pois continuava liderando as prostituições e o
culto aos demônios. Jorão era terrivelmente culpado, porque mesmo não fazendo o
que sua mãe fazia, permitiu que a maldade continuasse e avançasse em Israel.
Agora chegou o fim;
agora Deus está usando os perversos para tomar o trono de um perverso. Agora
chegou o momento para que toda falsa paz seja removida, a fim de mostrar que
nada pode impedir o Senhor quando ordena Sua santa vingança contra elementos
culpados. Quando o fim chega, a falsa paz do ímpio desaparece, como gelo
derretido ante o calor. Homens no pecado manifestam o terror oculto em seus
corações quando confrontam com Deus. Nesse momento desaba o teto de suas vidas
e suas armas não passam de brinquedo.
Meu caro leitor é
bem certo que não há paz para o perverso! Se a alma não se arrependeu e se
humilhou perante o Salvador bendito, essa pergunta sempre será ouvida: “Há paz,
Jeú?”. Milhares estão procurando essa paz até mesmo em movimentos evangélicos;
milhares querem se esconder, pensando que podem ficar disfarçados perante Deus;
muitos acham apoio entre pastores infiéis, os quais por causa de dinheiro
prometem paz e prosperidade. Mas, como pode haver paz no pecado? Como pode
haver paz se a alma estiver em harmonia com mentiras, imoralidades, idolatrias
e outras práticas?
Caro leitor, a
verdadeira paz vem da cruz, porquanto ali o Cordeiro de Deus se entregou por
nossos pecados, a fim de que homens perversos pudessem escapar para sempre da
Ira de Deus. Portanto, só tem um lugar para que você possa se acolher – em
Cristo Jesus o Salvador bendito!
Nenhum comentário:
Postar um comentário