segunda-feira, 12 de maio de 2014

DEUS E O HOMEM (7)




“Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos” (Salmo 36:1)
CONHECENDO O HOMEM (continuação):
               Caro leitor, consideremos com que clareza o Espírito de Deus nos mostra a condição servil do homem no pecado. Os primeiros quatro versos deste Salmo revelam tudo aquilo que não gostamos de ver, porquanto é tão humilhante! Qual é a essência do pecado? È a ausência do temor ao Senhor; é não glorificá-Lo como Deus; é não admiti-Lo nos pensamentos, emoções e determinações; é viver a vida curtindo-a na liderança do pecado, ignorando o temível e Soberano Rei e Senhor dos Senhores.
               Amigo leitor, digo e afirmo que a vida sob o comando do pecado não há mudança, porquanto vai seguir assim firmemente até a morte. Não há religião, nem oração, nem organização mundana que possa mudar a triste condição do homem no pecado. É simplesmente impossível! O rei Davi entendeu essa verdade no coração, após experimentar a queda em adultério com a esposa de um dos seus melhores soldados. Suas palavras do Salmo 51:5 transparecem essa verdade: “Eu nasci na iniqüidade e em pecado me concebeu minha mãe”. O salmista compreendeu que a única esperança para o pecador está na intervenção da gloriosa misericórdia de Deus.
               Nada há dentro do homem ou fora dele que possa arrancar-lhe da condição de um serviçal da transgressão. O mundo tem seu programa que visa melhorar o homem. A religião mundana pode fazer do homem um não viciado, bom esposa ou boa esposa, trabalhador honesto e fiel em seus compromissos; aliás, o mundo pode fazer o homem parecer bem religioso e aparentemente achegado a Deus. Esse é o programa deste mundo enganador, que mais parece ser um “salão de beleza” daquele que é o príncipe hábil e capaz. Pode haver beleza e adorno externo, mas o comando continua sendo do pecado; a ausência do temor ao Senhor continua e manifestará isso com muito mais intensidade o ódio ao Deus da revelação bíblica.
                   A atividade do pecado é ainda mais profunda e sutil. Uma vez que o temor ao Senhor é retirado, prossegue assim seu trabalho lisonjeador. Este é um dos mais poderosos serviços feito pelo pecado no coração. O pecado enaltece o ego, porquanto a pessoa verá a vida pela frente como se tudo fosse dela; tem agora o mundo inteiro em seu coração e almeja ganhar o mundo inteiro. O pecado fortalece seus direitos e percorrerá sua peregrinação terrena achando que vai ter tudo o que almeja ter, que amanhã tudo será melhor, que a recompensa virá pelo fato que merece ter aquilo que quer. É um cego espiritual, porque sua visão abrange somente aquilo que está abaixo do sol e nada mais. Essa é a lavagem cerebral do pecado impedindo que a alma veja os tremendos perigos ao seu derredor.
               Prezado leitor, eu sei que ao enviar uma matéria como esta, não terei uma reação de alegria por parte de muitos; não receberei nenhuma palavra de agradecimento por pregar algo tão desagradável à natureza adâmica. Eu, porém, não estou nem um pouco interessado em qualquer recompensa passageira, porquanto quero pregar a verdade, porque sei que é exatamente isso que meus leitores precisam ouvir. Quero que o amigo leitor conheça quem é seu verdadeiro inimigo; quem lhe deixa vazio, amedrontado, sem a paz com Deus no íntimo e caminhando rumo a um destino de destruição eterna. Por que viver enganado e iludido neste mundo? Por que descobrir a verdade tarde demais? Por que desconhecer o amor conquistador do Filho de Deus?
               Amigo leitor, diante dessas verdades reveladas, eis agora o momentoso instante para seu arrependimento. Veja que a única solução para o pecador é a humilhação perante o Deus da verdade! É no arrependimento que o pecador pode conhecer o amor desse Senhor que veio ao mundo para salvar perdidos. Ele é o único capaz de destruir as obras do diabo e libertar o vil pecador da triste condição na qual se encontra.

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