“Por isso, ele
fez que os seus dias se dissipassem num sopro e os seus anos, em súbito terror” (Salmo 78:33).
ANOS CONSUMIDOS NA ANGÚSTIA:
Caro leitor
examinemos juntos as lições dessa frase: “...e consumiu seus anos na angústia”. Os dias de vaidade não permitem que os homens percebam
que, como aranhas estão tecendo teias para sua própria prisão. Não conseguem
ver que sofrimentos indescritíveis estão chegando e que as vaidades jamais
poderão livrá-los. Um senhor usou seus anos para trabalhar e fazer fortunas.
Era um empresário capaz e conseguiu expandir sua rede de supermercados em
vários lugares. Mas eis que repentinamente foi surpreendido pela drástica
notícia que tinha câncer. Foi aí que a angústia tocou a campainha de sua casa e
entrou para ficar; foi aí que a vaidade acumulada foi transformada em tristeza,
angústia, decepção e pavor. Até à sua morte aquele homem procurou gastar todos
os seus recursos a fim de obter a cura, mas todos os seus esforços não puderam
vencer a poderosa força dominadora da morte. “...e consumiu seus anos na angústia”.
Vale a pena
usar mais ilustrações, especialmente aquelas apresentadas pela bíblia. Em 2
Crônicas 21 temos um capítulo apenas que relata a vida do rei Jeorão. Quando
assumiu o reino em Jerusalém no lugar de seu pai Josafá, um homem piedoso e
temente a Deus, Jeorão não usou de sabedoria em temer a Deus e seguir o caminho
pelo qual percorreu seu pai. Pelo contrário foi cortejado no íntimo pela
vaidade; foi motivado pela ambição do poder, da fama e do prestígio. Em
consequência a perversidade passou a tomar conta de sua vida, porque começou a
eliminar qualquer um que fosse suspeito de tomar e de controlar sua posição de
rei. Matou seus irmãos e semeou discórdia, maldade e todo tipo de abominação em
Jerusalém e por todo país de Judá.
Veja como a
vaidade equipou seu íntimo com o engano de que era esse o caminho certo, e
mesmo as ameaças provenientes de Deus por meio do profeta Elias não acordaram
aquele coração endurecido e fanatizado pelo seu próprio ego. Até que as
vaidades acumuladas foram transformadas em angústia. De repente seu reino foi
sacudido pela pressão externa, porque Deus permitiu que inimigos vizinhos
ficassem revoltados contra Jeorão. A angústia maior viria implacavelmente para
tirar completamente sua paz e punir tantas maldades cometidas, porquanto foi
acometido de uma enfermidade terrível e dolorosa até morrer. “...e consumiu seus
anos na angústia”.
Porém,
muitos são visitados pela misericórdia do Altíssimo! Quantas vezes a graça
chega em meio a escuridão para dissipar as assolações! Não foi assim com Naamã?
(2 Reis 5). Aquele homem tão valente, um general de guerra muito capaz foi surpreendido
pela lepra. Essa temida e mortal enfermidade prostrou um valente e exibiu o
fracasso de todas as suas vitórias conquistas, porque agora estava revelado que
ele não passava de um pobre verme diante do cerco da morte. Mas foi aí que a
notícia chegou aos ouvidos do profeta Eliseu e a resposta simples e objetiva
estava em sua obediência humilhante de mergulhar sete vezes no rio Jordão. Ao
fazê-lo Naamã obteve a cura tão almejada e passou a conhecer o Deus de Israel. Caro
leitor, quantas almas foram visitadas em suas angústias! Perceberam que foram
loucos em viver acumulando vaidades e alimentando suas vãs esperanças neste
mundo passageiro. Quando estavam cercados de aflições, eis que o Senhor entrou
ouvindo o clamor dessas almas aflitas! Quantas almas descobriram o imenso vazio
que em nada foi preenchido com as ambições mundanas, mas confessaram e clamaram
ao Senhor Jesus e foram ouvidos!
Amigo,
Cristo Jesus ouve o clamor de corações debilitados, de homens e mulheres que
agora sofrem querendo conhecer a verdade salvadora! O que a graça diz? “Clama-me, e
responder-te-ei...!
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