“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de
ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente
com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO AO
SEU PRÓXIMO - AMOROSO: “...que ames a
misericórdia...”
Caro leitor creio que
o assunto acerca de uma vida cheia de misericórdia é inesgotável. Como o tema é
tão importante e oportuno devo avançar um pouco mais, obviamente de modo
superficial. Ninguém pode entender o significado de misericórdia, senão aquele
que foi lavado e purificado de seus pecados mediante o sangue do Cordeiro de
Deus. À medida que avançamos no conhecimento da verdade revelada, certamente
conheceremos a realidade da necessidade da misericórdia em nosso viver nesta
peregrinação terrena.
Precisamos estar
apegados às misericórdias do Senhor. Qualquer orgulho pode nos levar à uma
queda e humilhação. Muitas vezes Deus permite que sejamos assolados pelo medo;
muitas vezes Deus permite que fiquemos cientes de nossa miséria e completa
fraqueza, a fim de que corramos imediatamente em busca de abrigo e conforto em
Seus braços de amor. Somente quando vemos a ferocidade de satanás e as
perigosas e sutis ciladas dele por meio deste mundo, é que alçamos voo até o céu
em humilde oração. Somos como uma frágil ave com medo das garras de um gavião.
Tomemos a experiência
do rei Roboão. Seu coração afastou-se do Senhor por causa do orgulho. Quando
seu reino estava aparentemente forte e a fama lhe elevou às alturas, Deus simplesmente
entregou Roboão e Jerusalém ao domínio do rei do Egito. Ao reconhecer sua
loucura e miséria por ter tomado um caminho perverso, Roboão se humilhou. Mas
veja o que o Senhor disse: “Quando, pois, o
Senhor viu que se humilhavam, veio a palavra do Senhor a Semaías, dizendo:
Humilharam-se, não os destruirei; mas dar-lhes-ei algum socorro, e o meu furor
não será derramado sobre Jerusalém por mão de Sisaque. Todavia eles lhe serão
servos, para que conheçam a diferença entre a minha servidão e a servidão dos
reinos da terra” (2 Crônicas 12:7,8).
Veja
caro leitor, como o Senhor conduz Seus santos nas asas da Sua misericórdia.
Situações adversas chegam para que
tomemos consciência dessa verdade, a fim de que desprezemos de uma vez por
todas todo amor, carinho e apego a este mundo perigoso e cruel. Notemos bem
como o salmista confessa em adoração os cuidados de Deus por sua vida aqui na
terra: “Bondade e misericórdia, certamente me seguirão todos os dias da minha
vida...” (Salmo 23:6). As mãos do Senhor formam as paredes e teto da
proteção Dele, guardando e sustentando Seus santos durante a travessia até a
chegada ao céu.
Ah!
Como a natureza adâmica prefere descer e servir ao mundo! Ah! Como a insensatez
da carne consegue desconfiar de Deus e achar graça e favor neste mundo! Caro
leitor, os contínuos açoites de Deus são necessários em nosso viver, assim como
Ele fez com Israel no deserto! Notemos como Ele tratou Israel. Deixado sob os
ditames da carne aquele povo desceria em busca da prosperidade mundana!
Almejava estar cercado de toda fartura e tinha na mente a ideia de que o Deus
de Israel era medíocre, semelhante aos deuses pagãos. Deus tomou aquele povo e
o conduzia com Sua liderança misericordiosa: “Sim, ele te humilhou, e te deixou
ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para
te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca
do Senhor, disso vive o homem “ (Deuteronômio 8:3).
Caro
leitor, eis que está perante os olhos da fé o caminho pelo qual percorrem os
santos em sua jornada rumo ao lar. É nesse caminho que você anda? Conhece o
Deus que lida com os homens segundo Sua misericórdia? Pode um dia entender sua
miséria, na condição de um réu condenado ao abismo de terror? Foi abraçado pelos
braços de amor e resgatado pelo sangue do Cordeiro? Seus olhos foram abertos
para enxergar o que jamais tinha visto antes por estar cego no pecado?
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