quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O VERDADEIRO PECADOR (3)

                 

“Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel e Justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). (segunda)
A pergunta é esta: Quem são os perdidos? Respondo que são aqueles que se achegam ao Senhor em sincera confissão de fé. Podemos ilustrar com o caso dos dois ladrões que foram crucificados ao lado do Senhor Jesus, conforme é narrada por Lucas em seu evangelho no cap. 23. Os dois eram culpados? Absolutamente culpados. Ambos nasceram no pecado. O sangue adâmico corria em suas veias; a culpa do pecado marcava suas consciências, mesmo cauterizadas; as suas mãos estavam manchadas e eram juntamente amaldiçoados pela lei de Deus que os empurrava para o castigo eterno. Por que Cristo salvou um e o outro não? A resposta está no fato que dos lábios de um partiu uma sincera confissão de fé; foi uma alma cujos olhos espirituais foram abertos para ver sua própria miséria e loucura por ter vivido longe de Deus e quebrando Sua santa lei. Ali estava um homem que, por meio de um milagre de Deus em seu coração pode ver toda sua loucura em ter vivido neste mundo à busca de seus direitos. Quando seus olhos puderam fitar o glorioso Filho de Deus ao seu lado, perante o Salvador Bendito ele não perdeu a oportunidade de lançar sobre o Filho de Deus sua confissão, para esperar Dele que é misericordioso seu perdão e salvação, como de fato alcançou.
Em 1 João 1:9 está bem claro que nenhum pecador conhecerá o Bendito Salvador se não se achegar a Ele em confissão. “Se confessarmos”. Quer saber qual é o verdadeiro pecador que encontra a verdadeira salvação? Eis aí o teste. Há confissão? É uma alma aberta para Deus? Nada há encoberto? Estou bem certo que tal ensino em nada é agradável à natureza orgulhosa e vaidosa do homem que, especialmente em nossos dias, sente-se lisonjeado pelos falsos profetas. Vamos enfrentar a realidade? Digo e afirmo, de passagem, que a doutrina da confissão em nada é bem aceita pela natureza carnal e egoísta do homem. Ele está pronto a aceitar qualquer proposta, mesmo que tenha de fazer tremendo sacrifício; mesmo que tenha que pagar muito caro; não importa se é bíblico ou não; tem que ser por meio daquilo que lhe leva a sentir bem. Está pronto a barganhar; está pronto a fabricar um deus que lhe agrade, mas em nada quer saber de achegar-se ao Deus Vivo e Verdadeiro em sinceridade de coração para a grande realidade da confissão; nada de querer invocar o Nome do Senhor para ser salvo.
 Mas o Grande Deus não mudou e nem vai mudar; Sua palavra também é imutável e gloriosa, e esse Deus sempre exaltou e vai exaltar sua Palavra. O que o Grande Deus afirma a respeito do homem? Diz que é culpado, condenado, arruinado, amaldiçoado pela santa lei, caído em Adão, completamente imundo perante os olhos daquele que é Santo, Santo, Santo. Como um culpado deve chegar perante o Rei do Universo? Como um culpado e condenado pode chegar perante o Perfeito Juiz do universo? Como o caco de barro ficará perante o oleiro? Chegará com arrogância? Tentará usar de disfarce perante aquele cujos olhos nada há encoberto? Tentará manipular aquele que não olha face de ninguém, nem tampouco faz acepção de pessoas? Há de procurar atalhos para chegar a Deus? Poderá se justificar perante aquele Juiz que já declarou que todos são culpados, e que aos culpados não tem por inocente? 

A única maneira é chegar em confissão. O verso lido é bem claro. O Trono de Deus é de misericórdia, então, é melhor achegar-se perante esse Deus que estende essa misericórdia para o aflito, abatido e emudecido; que afirma ter misericórdia de quem Ele quiser usar de misericórdia. O evangelho alcança corações arrependidos e somente os arrependidos podem entender o que é confissão genuína. A linguagem do pecador que Deus ouve, é a linguagem da confissão sincera. O pecador assim pode estar certo que chegou perante o Salvador; que se deparou perante Sua face Bendita. O homem que enxerga sua imundície espiritual, certamente encontrará o Sangue Remidor para Sua completa purificação.                       

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