“Antes de tudo, vos entreguei o que também
recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras”
(1 Coríntios 15:3)
O CONTEUDO DA MENSAGEM: “...que Cristo morreu pelos nossos pecados...”
Prezado
leitor, que saibamos no íntimo o quanto nossos pecados foram os terroristas e
assassinos do Senhor Jesus. A mensagem desse verso vem nos humilhar; vem
mostrar o que precisamos ver; traz a verdadeira luz do céu às nossas pobres
almas, tão enganadas e iludidas no pecado. Ó quanto somos lisonjeados pelo
espírito de mentiras, tão prevalecente neste mundo! Ó quanto somos capazes de
lançar nossas culpas até mesmo para o diabo ou para os demônios!
Mas
quero ir mais longe, porque quando brilha o evangelho da glória de Cristo
perante nossos olhos, então somos capazes de ver a multiplicidade de nossos
pecados e quão malignos eles são. Assim como a medicina precisa ter uma
poderosa lente para enxergar quão numerosos são as bactérias causadoras de
tantos males físicos, assim precisamos da lente bíblica, a fim de que vejamos
que nossos pecados e iniquidades incontáveis aos nossos olhos. Caro leitor, não
pense que há saúde espiritual no viver do homem no pecado. Nossa visão é tão
superficial e mesmo vendo a superfície das coisas, certamente vemos só a
cobertura da nossa justiça própria. Ah, quanto precisamos da visitação
compassiva do Senhor, pois quando Ele revela nossa imundície, então toda folha
de figueira da soberba religiosa do coração é queimada pelos olhos
perscrutadores do Senhor. Nossas iniquidades, transgressões, maldades, ofensas,
ajuntando tudo veio a ser milhões e milhões, porque desconhecemos o tamanho de
nossas culpas.
Caro
leitor, o texto revela também as consequências do pecado. Ora, onde está
o pecado está também seu salário. A tragédia maior do pecado é que todos os
seus desastrosos resultados não são vistos pela natureza humana. Satanás o
príncipe deste mundo sabe como contornar as coisas e fazer com que os homens
enganados e iludidos pensem nas misérias aqui como coisas rotineiras; como
acontecimentos normais da vida. Para os homens no pecado, as enfermidades e a
morte não são efeitos do pecado, mas sim acontecimentos comuns no viver. Para
eles tudo funciona segundo as normas da “mãe natureza”. Mas quando brilha a luz desse evangelho santo,
então homens e mulheres passam a ver todas as tragédias do pecado no próprio
Filho de Deus. É a visão do sofrimento do glorioso Servo de Jeová que nos
mostra a realidade desta vida presente. Não há nenhuma luz neste mundo capaz de
abrir nossos olhos; somente a cena da encarnação e da cruz que desvenda nossos
olhos e mostra a realidade dessa vida miserável e ilusória aqui.
Meu
caro leitor, que a graça do Senhor me faça capaz de expor essas verdades de
forma clara ao seu coração. Os crentes precisam contemplar o espetáculo da
cruz, pois é esse o cenário que faz o velho homem silenciar-se; que apaga a
festa carnal e que mostra, não só a nossa culpa, como também nossa ingratidão,
indiferença e disposição para continuar andando pelos caminhos tortuosos. Caro
leitor, todas as enfermidades terríveis acumularam sobre o Filho de Deus. Nosso
Senhor ao assumir nossa humanidade teve
um corpo semelhante ao nosso, e como um copo descartável, tão frágil foi
o Seu corpo. Por essa razão o Servo de Jeová era visto exatamente como raiz de
uma terra seca, porquanto todas as nossas misérias e sofrimentos jamais vistas
nem experimentadas por qualquer ser humano foram cravejadas em Seu corpo. Todas
as agonias resultantes de nossos pecados avançaram sobre aquele que se humilhou
(Ele não retrocedeu nem um pouco).
Meu
caro leitor, foi assim o viver do Senhor desde seu nascimento até à agonia da
cruz; até aquele momento crucial, quando ficou distanciado de Deus, quando na
cruz Deus o Pai viu ali o próprio pecado. Foi ali que Deus desferiu a punhalada
da Sua santa Ira, a fim de punir nossas culpas Naquele que jamais conheceu
pecado (2 Coríntios 5:21).
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