“Se porém, andarmos na luz como
Ele na luz está temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu
Filho nos purifica de todo pecado” (1 JOÃO 1:7)
INTRODUÇÃO:
Quando abro a porta do meu apartamento
só tem uma chave que faz funcionar a fechadura e abrir a porta. Tem outras
chaves que parecem ser idênticas, mas não funcionam. Assim também devemos saber que não há outro
meio que possa abrir a porta do céu para o pecador, senão a redenção pelo
sangue somente. É a única chave e fora dela estejamos certos que a porta estará
completamente trancada para qualquer homem ou mulher.
Trago aos meus leitores uma mensagem
tendo esse verso como base. Mas preciso mostrar o fundamento gloriosamente
claro que o cap. 1 dessa carta nos mostra. A primeira coisa que João faz quando
escreve essa carta aos crentes é mostrar nesses dez versos do cap. 1 o
fundamento da salvação. Para isso ele deixa bem claro o ensino a respeito de
Deus, a fim de que ninguém se iluda pensando ser um crente, que pertence a
família de Deus, que vai para o céu, quando realmente a pessoa está sendo
ludibriada pelo engano do seu coração. O principal ensino do cap. 1 é DEUS É
LUZ (verso 5). Noutras palavras João afirma que Deus é a verdade em essência;
que não há qualquer mentira Nele e que não há como enganar Deus. No verso 6
João afirma que é impossível para qualquer pessoa estar vivendo em trevas (na
mentira) e ainda afirmar que pertence a Deus e anda na comunhão com Ele. Usando
outros termos João está declarando que quem pensar assim está se enganando e
prossegue em trevas e irá para as densas trevas eternas.
Caro leitor o texto deixa bem claro que
a comunhão com Deus não é algo que eu mesmo possa conquistar; que está dentro
do arbítrio humano. A comunhão com Deus é algo que resulta da chamada de Deus;
é privilégio eterno; é ser bem-aventurado. Não há engano maior do que pensar
que anda com Deus neste mundo e ser iludido e enganado no íntimo, porque os que
são do Senhor e andam com Ele são pessoas que andam na luz (João 8:12). São
pessoas que foram visitadas pela verdade salvadora; são pessoas cujos corações
foram descobertos pela luz visitadora da glória de Cristo; são homens e
mulheres humilhados e que humildemente reconhecem que o que ocorreu com eles
foi misericórdia.
Então, é nesse cenário onde brilha a
presença divina; onde vemos claramente João afirmar que não há diferença. Nesse
cap. João não está exortando os crentes. Todos são colocados na mesma condição.
Veja a linguagem do apóstolo: “Se dissermos, se confessarmos, se andarmos”.
João está afirmando que nesse contexto de comunhão com Deus não há privilégios
especiais, pois todos os homens são pecadores. Não houve exceção para os
apóstolos, como ele, Pedro ou Tiago. Para essa comunhão de ser participante da
família de Deus e habitar na luz é preciso ser chamado pela mensagem do
evangelho. Então, é nessa atmosfera de temor, de tremor e de convicção de
pecado que surge o verso 7: “...e o sangue de Jesus, Seu Filho nos purifica
de todo pecado”. Que preciosa verdade! Nunca falta a verdade da
redenção pelo sangue! Nunca Deus há de mostrar um caminho diferente para
pecadores; nunca haverá distorção na mensagem vinda do céu.
Caro leitor, é essa mensagem que almejo
levar ao seu coração nesse verso. É a gloriosa e antiga história de Cristo e
Seu amor. Quando homens e mulheres são chamados ao arrependimento; quando
chegam perto da luz, sentindo seus pecados e sua merecida condenação, eis que
brilha a radiante luz do evangelho, anunciando que tem a solução definitiva,
eterna para seus pecados: “o sangue de Jesus, o Filho...”.
Então, não há lugar para o arrogante, para o que confia em si mesmo, para
aquele que se justifica com suas obras. Quer ó alma andar na luz? Quer andar
com Deus e trilhar o caminho rumo ao céu? Eis o cenário que mostra o Cordeiro
que foi morto, cujo sangue é suficiente para lidar com todo e qualquer pecado!
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