“Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se
acenda contra eles e os consuma. Então eu farei de ti uma grande nação” (Êxodo
32:10)
O
povo de Israel em festa lá em baixo nem sequer imaginava o que estava
acontecendo no cume do Monte Sinai. O grande líder Moisés estava como que
tentando interceptar a ação punitiva de Deus contra o Seu povo que acabara de
fazer um bezerro de ouro para adorar blasfemando assim do Nome Glorioso do Deus
de Israel.
O
fato é que nunca saberemos o que realmente significa “os atos de Misericórdia
de Deus” enquanto não entendermos o que significa “os atos de Juízo de Deus”.
Tem que haver o “ afiado machado” da lei apontado para cortar a raiz do mal;
deve haver a “enxada” aterrorizante da justiça de Deus para exterminar toda
iniqüidade; deve haver o “raio x” da aterrorizante lei de Deus para mostrar a
maldição do pecado oculta no coração do pecador. A pregação moderna omite o
Juízo, então, nunca haverá razão para a exibição da Misericórdia. Eles tentam
cavar um túnel por debaixo do Monte Sinai a fim de não enxergarem a Santa Lei
que amaldiçoa o melhor entre os homens. Não existem atalhos para chegar ao
Monte do Calvário. Tem que passar pela lei para chegar lá.
A
trágica verdade é que retiraram o Juízo de Deus dos púlpitos. Os pecadores hoje
desconhecem o real estado de seus corações enganosos e corrompidos, por isso
nem sabem o que significa as maravilhas de um Deus que é “Riquíssimo em
Misericórdia”. Convém que entendamos isso. Moisés foi triunfante em conquistar
o Coração Compassivo de Deus por meio de intercessão em favor do seu Povo
porquanto viu o terror do Juízo de Deus marchando em direção ao arraial. Os
irmãos de José puderam conhecer a face misericordiosa de José somente depois de
chorarem em face do ambiente de Juízo que foram colocados para serem testados
em humilhação. Os três amigos de Jó seriam executados pelo terror da Ira divina
não fosse as súplicas de Jó perante Deus em favor deles. Nunca teríamos o Salmo
51 onde relata o coração arrasado de Davi perante Deus em face de sua tão
terrível culpa, se não fosse a coragem de Natã perante o rei para apontar a
gravidade de seu pecado de adultério e assassinato.
Deve,
sim, haver juízo. Dentro da igreja, dentro de nossas casas, dentro de nossos
corações. Encaremos isso seriamente. Se não houver juízo encararemos a desgraça
causada pelo pecado. Sem um ambiente de juízo o pecado chega bem disfarçado e
lisonjeador. A mentira chega encoberta com o glacê da verdade; a fornicação vem
adocicada de direitos humanos; o adultério vem adornada de piedade, etc. O pior
é que depois o juízo chega sem misericórdia como ocorreu com Sodoma e Gomorra.
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