segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O PURO EVANGELHO (9)


Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3)
A CONFISSÃO DESSA MENSAGEM: “...Cristo morreu pelos nossos pecados...”
         Prezado amigo vamos juntos perscrutar a profundidade dessa impressionante declaração do apóstolo aos gentios. Toda essa ênfase tem em vista mostrar a grandeza, suficiência e poder do evangelho da glória de Cristo. Todo ataque de satanás é contra esse evangelho. Ele não tem receio de um evangelho misturado, mesmo que tenha toda pintura externa da Palavra de Deus. Aliás, ele há de enfatizar esse evangelho adocicado; ele vai incentivar que a verdade seja pregada, mas que contenha pitadas de suas venenosas mentiras. Ele vai junto aos cultos e participa da felicidade vã de milhares que curtem uma paz que não vem de Deus, mas sim do mundo.
         Agora entraremos na terceira lição vista nesse verso que trata da confissão dessa mensagem. Vou sempre reiterar o fato que a comunicação do homem com Deus é na base da confissão e não do mero falar. Digo isso porque é muito fácil conquistar as pessoas por meio de declaração de fé, ou mesmo de uma aceitação verbal. A meu ver, a verdade do evangelho quando não atinge o coração, nunca produzirá confissão ou invocação. Quando isso acontece, a luz fica do lado de fora da casa. Ora, milhares admiram a luz do evangelho do lado de fora de suas vidas, mas estarão resistindo ao Senhor enquanto esse facho de glória não iluminar, por assim dizer, a sala, a cozinha, os quartos, gavetas, todos os recônditos de sua vida. Milhares conseguem ser crentes na aparência; conseguem aprender profundas doutrinas; muitos são se tornam dogmáticos em algumas doutrinas; participam dos cultos, e muitos se tornam pastores. Mas o fato é que jamais tiveram a verdade desse evangelho chegando ao coração. Ao meu ver essa é uma condição espiritual de extremo perigo, porquanto Deus requer a verdade no íntimo e não na aparência (Salmo 51:6).
         Então, quando tomamos uma frase como essa: “...Cristo morreu pelos nossos pecados..., devemos examiná-la profundamente, procurando saber quem está falando, por que está falando isso e se de fato essa é uma sincera confissão de meu viver. Um exemplo disso está no uso constante do Salmo 23:1: “O Senhor é meu Pastor, nada me faltará”. Acontece que aprendemos isso de cor e salteado; falamos nos cultos, ou noutras ocasiões, mas o que acontece é que nem sequer sabemos quem é esse Senhor, chamado de Pastor, bem como ignoramos se somos ovelhas Dele ou não. Então, com toda esperança de levar essa verdade aos corações de meus leitores, almejo mostrar que essa frase é uma confissão de fé. Então, jamais será verdadeira quando não parte de um coração sincero, onde brilha constantemente essa verdade. Por essa razão procurarei aqui deixar isso bem esclarecido aos leitores atentos. 
         Digo e afirmo que um coração arrogante, ímpio e perverso terá sua boca tapada, por isso jamais conseguirá confessar: “Cristo morreu pelos meus pecados”. Pode até falar porque decorou a frase, ou mesmo aprendera desde sua infância; ou porque usa a frase como uma cerca protetora, a fim de encobrir suas maldades. Note bem caro leitor, mesmo que por fora a pessoa tenha toda aparência de crente, o fato é que a ausência dessa verdade no íntimo; da plena e clara certeza de sua segura e real salvação, certamente impedirá que essa frase saia de sua boca como uma real e genuína confissão.      A segurança externa jamais fortificará um coração irregenerado. A luz da segurança eterna deve brilhar de dentro para fora, não ao contrário.
         Então, caro leitor, a mensagem da cruz vem como martelo para quebrar a dureza, a obstinação e fazer tombar a soberba do velho homem. A mensagem da cruz vem fazer tombar a muralha da revolta e da incredulidade contra Deus. A mensagem chega como espada para ferir todo esse exército do coração armado contra Deus. Enquanto isso não acontece, a confissão do coração é um amor latente ao mundo, visto no andar, no falar e em todo procedimento.


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