"Bem-aventurado
o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios; não se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores". Salmo 1
Amigo, em nosso estudo de ontem
procurei mostrar a necessidade de achegar-se a palavra de Deus. Quem é a pessoa
que tem prazer na lei do Senhor? Já vimos ontem que é a pessoa salva; aquele
que tem a natureza de Deus; o nascido de novo. Esse tem prazer na lei do
Senhor. Quero acrescentar aqui, que há o sério perigo de um crente, verdadeiro
crente não estar tendo o prazer pela palavra de Deus, porque não lhe foi
ensinado a respeito da palavra; não lhe foi dado o alimento verdadeiro.
Você pode dizer: “A Bíblia, a palavra
de Deus, é o alimento que o crente deve comer a cada dia". É verdadeira
tal declaração. Mas é verdade que o crente precisa ser instruído em como se
alimentar. O arroz é o alimento, mas quem gosta de comê-lo cru? Tal é a verdade
a respeito do trigo. Tal alimento precisa ser transformado em pão; em mingau,
em bolo. Quando é assim posto à mesa, ou no prato, o faminto vai se alimentar.
A palavra de Deus é mel, mas para ter o mel à disposição precisa ter abelhas
para produzi-lo, e depois tirá-lo dos favos. Outro mel, produzido de outra
maneira, é falsidade. Não confundamos mel com melado. Melado é doce, mas não é
mel.
Crentes, é preciso que saibam que a
palavra de Deus é alimento, mas é necessário que façam desse trigo celestial, o
pão para a sua alimentação. É um mel que precisa ser tirado dos favos
celestiais à cada dia. Do contrário poderá ser que você esteja passando fome
porque o alimento cru não é digerível. O povo de Israel, quando atravessava o
deserto entre o Egito e Canaã, todo dia cedo tinha que apanhar maná para ter o
alimento para aquele dia. Por quarenta anos Deus lhes sustentou com o pão do
céu. O maná era transformado em bolo. Não era comido de qualquer maneira. O
povo pilava aquilo, amassava-o, e fazia bolo. Não é assim também com a palavra
de Deus?
Amigo, a Bíblia é de fato a palavra de
Deus; é a revelação de Deus. Ela é a palavra inerrante e infalível; ela é
totalmente inspirada; é digna de inteira aceitação. Mas como você poderá
alimentar-se deste alimento espiritual? De qualquer maneira? Sem preparar o
alimento? Sem a orientação do Sumo-Professor, o Espírito Santo? Tem porções nas
Escrituras que o Espírito Santo já deixou como um mingau sempre pronto, sempre
quentinho pra que os santos possam se alimentar a todo instante.
Você lê o Salmo 23: "O
Senhor é o meu pastor e nada me faltará". Que preciosa promessa!
Sempre ali! Sempre à inteira disposição para quem quiser. Mas você estará lendo
Levítico. Você vai achar difícil entender tal livro. Mas é a palavra de Deus.
Não esqueçamos que toda Escritura é inspirada. Não é aquela parte da Bíblia que
eu acho mais bonita, mais interessante, mais divertida que é inspirada. É Toda
Escritura. Aquele que se achega à palavra da verdade com seu coração aberto ao
Espírito Santo, é certo que terá o prazer de aprender da palavra, pois o
Espírito Santo vai satisfazer tal coração.
É importante acrescentar aqui que a
palavra de Deus tem um duplo efeito na vida. Ela é doce e amarga. Parece uma
contradição não? João tomou o livrinho que o anjo lhe havia dado, e o comeu. Em
sua boca era como o mel, mas no seu ventre era amargo. A verdade é que a
palavra de Deus para a nova natureza, a natureza divina, é doce, agradável, mas
para a velha natureza, a natureza adâmica, é realmente amarga. A palavra de
Deus humilha o homem, pois mostra o estado terrível de sua alma.
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