“Porque
o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2:13).
Caro leitor, já presenciamos pela fé a
primeira das duas maldades fatais do homem em relação ao Deus vivo e
verdadeiro. A primeira mostrou a causa: “...a mim me deixaram...”.
Agora estamos vendo a segunda – o efeito: “...cavaram para si cisternas rotas,
que não retém as águas”. O que significa isso? Significa que, uma vez
afastados da glória de Deus e atirados nas trevas por causa da soberba e dureza
de seus corações obstinados, homens e mulheres estão vivendo individualmente
sem Deus no mundo (Efésios 2:12). Armados desse orgulho do pai da mentira eles
trabalham constantemente para descobrir no mundo a fonte da felicidade fora de
Deus. Estão construindo vaidade; estão alimentando ilusão; seus pés estão
pisando a zona de guerra e eles nem podem perceber que estão cercados de sérios
e eternos perigos; estão subindo às alturas da presunção e nem sabem que a
qualquer momento cairão.
Ó caro leitor, homens e mulheres deixaram
o Senhor da glória porque simplesmente obedeceram ao pecado; homens e mulheres
entraram na rede do engano e estão sendo levados pela correnteza mundana em
direção ao abismo eterno. Seus pés não estão no chão, não veem a realidade das
coisas, porque desconhecem a sobriedade espiritual e trabalham sob a regência
do espírito que opera nos filhos da desobediência (Efésios 2:2). Por isso os
homens no pecado jamais serão felizes, jamais conhecerão o real significado da
paz, porque no pecado não há possibilidade de justiça. A balança mundana é
diferente da balança divina, porque tudo é avaliado à luz da opinião do homem e
não de Deus. Postos na balança divina os homens são mais leves do que pena,
porque nada há de peso de glória, de verdade, de real justiça e de retidão. No
pecado os homens são como lata vazia; são como fumaça que aparece, mas logo é
dissipada. No pecado os homens são tão inúteis para Deus, assim como
consideramos inúteis os trapos, por isso vão embora desta vida presente e não vão
fazer faltas.
Tenho procurado montar o cenário certo,
abrir a cortina da verdade, a fim de que meus leitores possam enxergar tudo à
luz da Palavra de Deus. Diante da verdade revelada devemos fugir dos
pensamentos de Saul que teve dó de Agague (1 Samuel 15), nem da fraternidade
tosca de Acabe, que ousou desafiar Deus poupando a vida do rei da Síria (1 Reis
20:42). Não há lugar na bíblia para nossa opinião tão falida e cheia de
sentimentos frágeis e corrompidos. Tudo deve ser avaliado à luz da verdade
eterna, dos pensamentos santos de um Deus Justo e justiceiro. Friamente devemos
por nossos pés na sala divina e aprender Dele e com Ele; vejamos tudo com a
visão da fé, estruturados apenas na Rocha dos séculos e documentados pelas
Sagradas letras, a fim de que não sejamos levados pelo engano da carne e assim
cair na desobediência ao Senhor.
Caro leitor, agora é o momento para que
examinemos à luz das sagradas letras o efeito de tudo isso. Veja caro leitor
onde foi que o pecado levou e deixou o homem! Veja o real significado da queda
em Adão! Entremos nessa sala de aula onde o professor é o Espírito da glória, a
fim de que aprendamos Dele toda verdade que nos foi revelada. Eu sei que essa
doutrina massacra nosso ego e nos tira dessa acomodação tão perigosa onde fomos
colocados. Caro leitor, é a verdade revelada! Não há como escapar dela! Se ignorarmos
será fatal! Se descuidarmos cairemos no abismo eterno. Então, é necessário que
nosso viver seja vasculhado e que seja desmontada toda essa tenda de habitação
terrena, aparentemente segura!
Enfim, o objetivo é conduzir pecadores
a Cristo! Não há outro salvador; não há outro mediador. O evangelho vem retirar
todo obstáculo posto à nossa frente, a fim de que pecadores clamem por Cristo,
clamem pela salvação eterna, busquem Aquele que provou Seu amor na cruz, a fim
de salvar os perdidos.
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