E agora, pecador amado, diga-me o que
pensa. O que pretende fazer? Vai continuar como está e morrer, ou voltar-se e
tomar posse da vida eterna? Por quanto tempo ainda se vai demorar em Sodoma?
Por quanto tempo ainda coxeará entre duas opiniões? Ainda não decidiu se vai
ficar do lado de Cristo ou de Barrabás, se vai escolher a felicidade ou o
tormento, se vai preferir este mundo fútil e ímpio ou o paraíso de Deus. Qual
será a melhor escolha? Seria discutível se o Abana e o Farpar de Damasco (2 Reiss
5:12) são melhores que todos os regatos do Éden, ou se o charco imundo do
pecado é preferível à água da vida, que é clara como cristal e que procede do
trono de Deus e do Cordeiro? Poderia o mundo, mesmo se quisesse, fazer por você
aquilo que Cristo pode? O mundo dar-lhe-á o seu apoio na eternidade? Prazeres,
propriedades, títulos e tesouros descerão com você? Se isso não vai acontecer,
será que você não precisa procurar alguma outra coisa que o acompanhe? Como
pode permanecer vacilante? Será que vou acabar deixando-o como Agripa, apenas
"quase persuadido"? Você estará perdido para sempre se ficar nessas
condições; tanto faz "de maneira alguma" quanto "quase
persuadido". Quanto tempo vai repousar em desejos inúteis e em propósitos
infrutíferos? Quando chegará a uma resolução definida, firme e completa? Não vê
como Satanás o engana tentando adiar a sua decisão? Oh, quanto tempo ele o tem
iludido no caminho da perdição!
Bem,
não me engabele atrair para enganar; mostrar-se agradável, para defraudar com
uma resposta evasiva; não deixe para mais tarde. Preciso do seu consentimento
imediato. Se não está resolvido agora, enquanto o Senhor está tratando com você
e convidando-o, provavelmente muito menos se decidirá depois, quando essas
impressões se apagarem e o seu coração estiver endurecido pelo engano do
pecado. Quer comprometer-se agora? Quer deixar a porta aberta e dar ao Senhor
Jesus o total e imediato domínio? Vai subscrever o Seu concerto? O que resolve?
Se ainda pretende demorar, meu trabalho está perdido e, provavelmente, tudo
redundará em nada. Venha, lance a sua sorte; faça a sua escolha. "Eis aqui
agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" "... se
hoje ouvirdes a sua voz'..." (II Coríntios 6:2; Salmo 95:7).
Por
que não deve ser hoje o dia a partir do qual você pode datar o início à sua
felicidade? Por que vai aventurar-se a viver mais um dia nessas condições
perigosas e terríveis? E se Deus pedir a sua alma esta noite? Oh, se você
pudesse conhecer neste seu dia as coisas que pertencem à sua paz, antes que
elas sejam escondidas dos seus olhos! Este é o seu dia, e não passa de um dia.
Outros já tiveram o seu dia e receberam a sua sentença; e agora você é trazido
para o palco deste mundo, a fim de representar o seu papel para a eternidade.
Lembre-se de que o seu comportamento atual vai se refletir na eternidade; se
não fizer uma escolha sábia agora, estará destruído para sempre. Qualquer que
seja a sua presente escolha, tal será a sua condição eterna.
Mas
será tudo isso verdade? Será que você pode escolher entre a vida e a morte? O
que o impede, então, de ser feliz? Nada o impede ou pode impedi-lo, a não ser a
sua própria negligência ou recusa. O eunuco disse a Felipe: "... eis aqui
água; que impede que eu seja batizado?" (Atos 8:36). Assim, posso dizer a
você: "eis aqui Cristo, eis aqui a misericórdia, o perdão e a vida; o que
impede que você seja perdoado e salvo?" Um dos mártires, quando estava
orando sobre a estaca onde seria sacrificado, teve o seu perdão colocado ao
lado dele numa caixa, o qual ele, de fato, corretamente recusou, porque estava
vazado em termos indignos; mas estes termos são os mais honoráveis e fáceis. Ó
pecador, você vai perecer tendo o perdão ao seu lado? Dê, de agora em diante, o
seu consentimento a Cristo; renuncie aos seus pecados; negue-se a si mesmo;
tome o Seu jugo e a Sua cruz e será vitorioso. Cristo será seu; perdão, paz,
vida e bênçãos serão seus. Não se trata de uma oferta digna de ser aceita? Por
que deveria hesitar ou discutir, duvidando dos termos estipulados? Acaso não
está além da controvérsia que Deus é melhor do que o pecado e a glória melhor
do que a vaidade? Por que recusar a misericórdia que Deus lhe oferece e pecar
contra a sua própria vida? Quando vai abandonar a preguiça e deixar de lado as
suas desculpas? Não se vanglorie do dia de amanhã, pois não sabe onde vai
passar esta noite.
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