quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DESCOBRINDO A FALSA PAZ DO ÍMPIO (12)




         Mas os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus” (Isaías 57:20,21)
         Caro leitor, o grande Senhor, o Soberano, aquele que conhece todas as coisas e que revela as coisas que estão ocultas, ele mesmo afirma que não há paz para os ímpios. O que vemos por fora é somente aparência; o que vemos por fora é enganoso, mas o Senhor aponta o que realmente está ocorrendo no íntimo do homem que vive ainda em seus pecados e que por fora trama meios que o torna bem disfarçado, mas por dentro eis que o velho homem continua com seu nariz empinado e com a sua espada sendo brandida continuamente contra Deus e contra a santidade do Senhor. Ora, o evangelho da glória de Cristo chega para revelar a verdade e apontar o esconderijo certo, a fim de levar o pecador a render aos pés do Príncipe da Paz.
         Uma vez descoberta, a falsa paz demonstra que não está satisfeita; que não suporta a presença da luz da verdade, porquanto está de mãos dadas com inimigos, com os agentes perniciosos das trevas. A falsa paz está constantemente declarando que sua alma é vazia, que há tormentas no seu interior, por isso corre de um lugar para outro sem achar satisfação em absolutamente nada. O evangelho vem para retirar todo falso conforto; o evangelho chega para descobrir as reais aflições e mostrar toda desculpa esfarrapada. O evangelho chega e publica as evasivas do ímpio por meio de desculpas, como sempre à semelhança de Adão, lançando suas responsabilidades para outros.
         Mas o evangelho não para em meros argumentos, porquanto o evangelho brilha intensamente acima de toda luz acesa neste mundo. O evangelho chega e ultrapassa toda barreira, chegando aos locais no íntimo do ímpio, lugares onde nenhum homem, nem o mais capaz em aconselhamento pode chegar. O homem no pecado é terrivelmente enganador e consegue manter-se disfarçado por muito tempo. Um Simão pode ter sido batizado, mas logo suas reais intenções de torpe ganância aparecem logo em suas palavras (Atos 8). A falsa paz perante o evangelho faz com que o homem seja posto no banco dos réus, então reúnem ao seu derredor todas as maldições da lei para incriminá-lo e mostrar que ele está na mesmíssima situação que todos os perdidos, que é tão culpado e condenado como qualquer outro pecador.
         O objetivo do evangelho é fazer cair por terra toda pretensão do ímpio, em sua tentativa de escapar, porquanto o homem no pecado está buscando atalhos nesta vida, quer passar ileso e declarar a todos que não é tão culpado assim. A verdade chega para o ímpio e declara que não há paz para ele fora da cruz e que por isso seus pés já sentem o calor infernal por baixo e que é a misericórdia de Deus que o mantém ainda livre da queda fatal no abismo. Que não há lugar de esconderijo; que aquilo que parece ser tão seguro aqui é feito de papelão e não suporta as pressões que vem do inferno, solicitando que ele seja jogado lá imediatamente, nem os vendavais que chegam de todos os lados, pressionando-o a cair, porque não está firmado na Rocha, nem as águas que vêm de cima (Salmo 32:6).
         Ó meu caro leitor, se o perdido não estiver firmado na Rocha da salvação conquistada na cruz, sua alma está manquejando, não pode parar de pé, porque ora está aqui, ora está ali, levando pelos tufões infernais que assopram contra sua pobre alma. Não há conforto no íntimo e tudo o que parece ser alegria, não passa de ser um esforço da aparência. Sem a paz que vem pelo sangue sua alma está atordoada como um bêbado; sua alma precisa sempre usar muletas religiosas a fim de sustentar-se. Não há nada que possa lhe ajudar, porque constantemente vem a opressão e a depressão. O Senhor continua afirmando que não há paz para o ímpio, mesmo que vozes humanistas chegam afirmar que está tudo bem, mas a verdade é que não está. A mensagem chega para declarar que não há segurança fora da cruz e que a paz com Deus acontece com a rendição do pecador perante Cristo, o Salvador Bendito.
          

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