“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a
nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se dissermos que não
temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós” (1
João 1:8,10).
O
PERIGO DE ENCOBRIR SEUS ATOS “Se dissermos que não temos cometido pecado...”
Os homens encobrem seus pecados,
especialmente quando são tratados como “amigos íntimos”, parceiros no viver
diário e promovedores de felicidade aqui. O pecado tem consigo um “sabor”
especial que promove satisfação e realização na vida. Por isso eles ficam
encobertos e de certa forma protegidos. Uma reação violenta manifesta-se quando
os homens ouvem falar de alguém que veio ao mundo para arrancar e extirpar o
pecado. Alguns são amantes do dinheiro e nunca estão satisfeitos em ganhar
mais, porque a riqueza é o deus que irá promover a eles real felicidade aqui.
Outros são entregues aos prazeres vis, às paixões sexuais e vivem para inventar
novos meios para pecar mais.
Outros não praticam tantas maldades, mas
são orgulhosos no íntimo, pois não veem neles qualquer razão para o
arrependimento. Se chegar perante eles uma salvação mais fácil eles vão querer
porque, afinal não lhes custou absolutamente nada, pois o prato de comida
chegou confortavelmente aos seus ouvidos, enquanto eles descansam num colchão
favorito, desfrutando de certa calma e paz. Muitos desses são participantes de
uma igreja favorita, como os crentes mornos de Laodiceia (Apocalipse 3).
Muitos, com certas habilidades conseguem
encobrir seus pecados e utilizam desculpas, apoiando numa religião tal, ou
mesmo se enchendo de atividades. Eles acham que já estão temperados suficientes
na religião e nos serviços que fazem para Deus, por isso fogem e não querem
ouvir a verdade. Já lidei com muitos que estão tão cheios dessas obras e elas
servem como consolo no íntimo e conforto em suas consciências. Muitos até mesmo
acreditam que já estão marcados no céu, porque se acham os “astros de Deus”,
tal é o engano religioso que o pecado produz no íntimo. Além desses, têm aqueles que estão bem na vida, têm dinheiro,
amigos, casas, conforto e acham que possuem liberdade suficiente para viver
aqui. Eles acreditam que a morte está bem distante e que podem escapar das
garras dela quando bem quiserem; o conforto e a ausência de qualquer mal fazem
com que eles ajam como Faraó, o qual mediante o sossego das pragas simplesmente
recusava obediência à ordem de Deus. Falar aos ouvidos de tais pessoas é gritar
para surdos; mostrar-lhes os perigos é o mesmo que mostrar as lindas cores das
flores para um cego; forçar-lhes à conversão a Cristo é erguer seus punhos em
ódio contra a verdade.
Minha esperança é que eu possa ajudar a
muitos. Eu sei que nada posso fazer, que não tenho qualquer habilidade para
mudar corações endurecidos e rebeldes contra Deus. Os homens sempre estarão
usando de desculpas para a festa que Deus preparou, oferecendo a eles o
banquete da graça. Mas mesmo assim creio que a batalha dos profetas de Deus não
terminou, até que Deus ordene pela morte que eles parem. O Deus de toda
misericórdia está agora pronto para salvar todo aquele que ao ouvir a doce
verdade está pronto para correr e abraçar, tomando para si as boas novas de salvação.
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