segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A GLORIOSA PROMESSA DO EVANGELHO (5)



“Se porém, andarmos na luz como Ele está na luz temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, Seu Filho nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7)
GLORIOSA PRESENÇA: “...temos comunhão uns com os outros...”.
        Avancemos um pouco mais descobrindo as maravilhas que envolvem este texto, porque os pecadores são chamados não somente para conhecer a verdade revelada, como também para conhecer a comunhão com o próprio Deus. Não há algo mais precioso do que essa verdade conhecida, porque não há qualquer possibilidade para qualquer pessoa andar, falar e comungar com o Deus santo, a não ser que o próprio Deus convoque os homens para isso. A comunhão na divindade é algo que nem mesmo os anjos podem usufruir; a comunhão está voltada ali para o Pai o Filho. Não é algo inacreditável?
        Por essa razão creio que devo explicar a frase “uns com os outros”. Essa frase é a tradução do vocábulo grego “alêlus”. Quando lemos “uns com os outros” imediatamente pensamos que está tratando de nosso relacionamento na comunhão cristã. É claro que dependendo do contexto realmente pode referir-se a esse ambiente de edificação mútua dentro da igreja: “Exortai-vos uns aos outros; edificai, consolai-vos”. Esses mandamentos recíprocos são de grande bênção para o convívio cristão. Mas se olharmos bem o contexto em 1 João percebemos que não está tratando de relacionamentos entre crentes, mas sim com Deus. Enfatizo isso porque a palavra “alêlus” refere-se também a relacionamento entre duas pessoas, como eu e minha esposa, entre dois amigos, etc. Assim pode ser traduzido “um com o outro”.
        Creio que esta deveria ser a tradução em 1 João 1:7 “Temos comunhão um com o outro”. Por quê? Porque faz referência ao chamado de Deus aos pecadores arrependidos, para que conheçam o Deus que se revelou aos homens, trazendo salvação aos perdidos e que assim podem andar com Deus num relacionamento familiar aqui e para sempre. Que incrível salvação! Deus não está chamando os homens para entregar-lhes um mero folheto, garantindo-lhes direito de entrar no céu, mas sim para que conheçam o novo nascimento e se tornem partícipes da família celestial. Podemos lembrar agora mesmo de João 1:12: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no Seu nome”.
        Minha esperança é que os leitores percebam o quanto estou envolvido com o texto e seu contexto; que não estou querendo ultrapassar o que está escrito. Em 1 João 1 João não está tratando dos crentes e do envolvimento uns com os outros, mas sim da condição de qualquer ser humano em relação ao Deus de toda verdade. Homens e mulheres são convocados pelo evangelho a ser participantes da comunhão íntima que envolvem o Pai e o Filho. Nosso Senhor trata disso em João 17, quando Ele fala da glória Dele com o Pai e do amor existente entre Ele e Seu Pai e que agora envolve aqueles por quem Ele veio ao mundo para salvá-los.
        Oh! Que tão gloriosa redenção! Que amor glorioso, preço tão grandioso! Tudo isso ocorreu na história da cruz, quando o Filho provou Seu eterno amor pelo povo eleito, por homens e mulheres chamados agora para pertencerem a Deus para sempre, numa comunhão que seguirá pela eternidade.

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