“Se
porém, andarmos na luz como Ele está na luz temos comunhão uns com os outros e
o sangue de Jesus, Seu Filho nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7)
GLORIOSA
PRESENÇA: “...temos comunhão uns com os outros...”.
Avancemos um pouco mais descobrindo as
maravilhas que envolvem este texto, porque os pecadores são chamados não
somente para conhecer a verdade revelada, como também para conhecer a comunhão
com o próprio Deus. Não há algo mais precioso do que essa verdade conhecida,
porque não há qualquer possibilidade para qualquer pessoa andar, falar e
comungar com o Deus santo, a não ser que o próprio Deus convoque os homens para
isso. A comunhão na divindade é algo que nem mesmo os anjos podem usufruir; a
comunhão está voltada ali para o Pai o Filho. Não é algo inacreditável?
Por essa razão creio que devo explicar a
frase “uns com os outros”. Essa frase é a tradução do vocábulo grego “alêlus”.
Quando lemos “uns com os outros” imediatamente pensamos que está tratando de
nosso relacionamento na comunhão cristã. É claro que dependendo do contexto
realmente pode referir-se a esse ambiente de edificação mútua dentro da igreja:
“Exortai-vos uns aos outros; edificai, consolai-vos”. Esses mandamentos
recíprocos são de grande bênção para o convívio cristão. Mas se olharmos bem o
contexto em 1 João percebemos que não está tratando de relacionamentos entre
crentes, mas sim com Deus. Enfatizo isso porque a palavra “alêlus” refere-se também
a relacionamento entre duas pessoas, como eu e minha esposa, entre dois amigos,
etc. Assim pode ser traduzido “um com o outro”.
Creio que esta deveria ser a tradução em
1 João 1:7 “Temos comunhão um com o outro”. Por quê? Porque faz referência ao
chamado de Deus aos pecadores arrependidos, para que conheçam o Deus que se
revelou aos homens, trazendo salvação aos perdidos e que assim podem andar com
Deus num relacionamento familiar aqui e para sempre. Que incrível salvação!
Deus não está chamando os homens para entregar-lhes um mero folheto, garantindo-lhes
direito de entrar no céu, mas sim para que conheçam o novo nascimento e se
tornem partícipes da família celestial. Podemos lembrar agora mesmo de João
1:12: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos
de Deus, a saber, aos que creem no Seu nome”.
Minha esperança é que os leitores
percebam o quanto estou envolvido com o texto e seu contexto; que não estou
querendo ultrapassar o que está escrito. Em 1 João 1 João não está tratando dos
crentes e do envolvimento uns com os outros, mas sim da condição de qualquer
ser humano em relação ao Deus de toda verdade. Homens e mulheres são convocados
pelo evangelho a ser participantes da comunhão íntima que envolvem o Pai e o
Filho. Nosso Senhor trata disso em João 17, quando Ele fala da glória Dele com
o Pai e do amor existente entre Ele e Seu Pai e que agora envolve aqueles por
quem Ele veio ao mundo para salvá-los.
Oh! Que tão gloriosa redenção! Que amor
glorioso, preço tão grandioso! Tudo isso ocorreu na história da cruz, quando o
Filho provou Seu eterno amor pelo povo eleito, por homens e mulheres chamados
agora para pertencerem a Deus para sempre, numa comunhão que seguirá pela
eternidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário