quarta-feira, 28 de novembro de 2018

ATITUDES PERIGOSAS ANTE A VERDADE (8)



“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:8,10).
        O PERIGO DE ENCOBRIR SEUS ATOS “Se dissermos que não temos cometido pecado...”
        Quero agora tratar do último assunto que envolve nosso tema acima. O leitor atento perceberá que João, depois de tratar da necessidade de confissão, ele volta a usar o verbo dizer, usado no verso 8: “Se dissermos...”. De novo vemos que quando o homem não confessa, eis que ele sempre tomará o caminho da fuga, porque não quer no íntimo admitir sua culpa. No verso 8 ele assevera que não é tão pecador; ele encobre sua natureza e sua procedência, e já vimos que ele faz usando diversas desculpas. Mas agora o perigo aparece no fato que ele não confessa suas iniquidades: “Se dissermos que não temos cometido pecado...”. Se usarmos o texto do Salmo 32:1e 2, entenderemos ali que na obra da salvação de uma alma confessa acontece duas coisas: “Perdão e cobertura”. Deus encobre com sangue a culpa do pecado e perdoa as iniquidades. Noutras palavras temos o perdão e purificação.
        O que mais vemos entre os homens é essa atitude de encobrir suas culpas. No caso de Davi (com Bate-Seba e Urias) ele tentou encobrir suas maldades e o fez por um ano (pelo menos). Mas no Salmo 32 ele afirma que enquanto fez isso seu ser por dentro ficou esmagado. Notemos bem que um verdadeiro crente não consegue segurar o mal, escondendo-o por muito tempo. O não crente faz da casa da sua vida um recipiente da iniquidade, seu corpo é um copo do mal, um depósito ocupado por transgressões. A principal atividade do pecado no íntimo é criar tremendo orgulho. O pecado leva o homem a sentir que seus direitos devem permanecer consigo no íntimo; seus pecados lá dentro são seus amigos e ninguém tem o direito de mexer com eles. Assim que a mensagem chega, significa que Deus há de entrar lá pela verdade, e somente Deus pode fazer isso, mediante a pregação do evangelho.
        Pessoas tendem a encobrir seus pecados de estimação; alguns não soltam seus vícios para se entregar a Cristo, porque não quer deixa-los. Milhares não querem confessar suas maldades, por causa do orgulho próprio, porque nada viram de qualquer maldade, nada sentem de que ofenderam a Deus e nem mesmo admitem acerca dos perigos que envolvem sua vida e o ambiente onde vive. Judas segurou seu amor ao dinheiro por toda vida e quando chegou a ver sua trágica atitude por ter negado o Senhor, a fim de obter seus lucros, eis que o orgulho prevaleceu, levando ao suicídio.
        Notamos a mesma atitude em Balaão, porque aquele homem foi tomado pela ambição de encher-se de riquezas. Foi Deus mesmo quem impediu que sua boca fosse aberta, a fim de amaldiçoar o povo de Israel (Números 22). Quando pensou que Deus havia saído, eis que logo premeditou outro meio mais cruel, levando os homens de Israel a cair nas mãos das midianitas (Números 25). Os homens que não confessam suas maldades, às vezes dão impressão que deixaram, mas logo o pecado ordena que ele volte e retome seus atos. Não há como escapar do mal, a não ser que haja humilhação e santa confissão, e isso só acontece quando Deus chama homens ao arrependimento.



Nenhum comentário: