“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a
nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se dissermos que não
temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós” (1
João 1:8,10).
O
PERIGO DE ENCOBRIR SEUS ATOS “Se dissermos que não temos cometido pecado...”
Os homens encobrem seus atos também
usando disfarces religiosos. Esse é um caminho extremamente perigoso para a
alma, porque traz consigo uma paz que parece ser de Deus. Os judeus ficaram obcecados
pelo pensamento de que, sendo eles descendentes naturais de Abraão, obviamente
eram também herdeiros do mesmo reino celestial, onde estava o pai Abraão. Essa
confiança tinha um fundamento estranho, pois confiavam no homem e não no firme
fundamento da graça; eram eles cegos e altamente perigosos.
Também, os nossos atos vão revelar quem
nós somos. O sentimento de bem-estar no mundo, firmado numa falsificação
religiosa é semelhante àquilo que o mundo oferece, por essa razão não haverá
qualquer motivo de perseguição da parte deste mundo. Haverá uma combinação
mútua e uma associação com este sistema mentiroso. Além disso há o perigo de
envolver-se com pensamentos enganosos de que o próprio Deus nos aceita como
somos. É no engano do pecado que mais satanás ilude com os pensamentos de que
Deus está satisfeito conosco. Uma ausência da verdade bíblica no íntimo é
terrivelmente perigoso, porque não é a luz que vem do céu aos nossos corações e
nos faz andar sem consciência dos reais perigos que nos envolvem.
Além disso, esse engano pode ser
revelado quando estivermos pensando que somos salvos somente porque fizemos uma
decisão um dia, ou mesmo porque somos participantes de uma igreja, ou até mesmo
filhos de pais crentes. Muitas vezes Deus utiliza pregadores que sobem no
púlpito para pregar a verdade da cruz e da necessidade de conversão da parte
dos pecadores. Tenho um amigo que se converteu, após alguns anos como pastor.
Ele mesmo confessou à sua igreja que ele não era um crente em Cristo.
O grave perigo aparece no final do
verso: “Fazê-lo mentiroso”. Não há algo mais grave do que isso, quando estamos
blasfemando de Deus, chamando-O de mentiroso, de que não é verdade que eu
cometi pecado. Quanto atrevimento! Entre os homens é perigoso chamar alguém de
mentiroso, quando na realidade ele não é. No trato com Deus é algo de extremo perigo,
porque lidamos com o Deus da verdade, com Aquele que tudo vê, com Aquele que é
luz e não há Nele treva alguma. Um filho pode mentir para o pai e o pai
acreditar nele, mas o tempo dirá com justiça que ele estava mentindo. No
tocante a Deus, porém a coisa é diferente. Ananias e Safira caíram mortos
porque mentiram contra o Espírito Santo (Atos 5).
Quando homens agem assim é porque eles
trancam a porta do coração e gritam para que Deus não entre; que não aceitam confronto
com a verdade; que preferem ficar escondidos. Não é melhor humilhar perante o
Senhor? Não é melhor cair perante Aquele que chega em compaixão pelo humilde? A
resposta aos pecadores está bem clara no verso 9, porque a confissão é a
atitude sincera e aceitável da parte de Deus aos homens. Ele é o grande
Salvador, justificador e reconciliador daquele que se aproxima Dele de todo
coração.
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