sexta-feira, 30 de novembro de 2018

ATITUDES PERIGOSAS ANTE A VERDADE (10 de 10)



“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:8,10).
        O PERIGO DE ENCOBRIR SEUS ATOS “Se dissermos que não temos cometido pecado...”
        Os homens encobrem seus atos também usando disfarces religiosos. Esse é um caminho extremamente perigoso para a alma, porque traz consigo uma paz que parece ser de Deus. Os judeus ficaram obcecados pelo pensamento de que, sendo eles descendentes naturais de Abraão, obviamente eram também herdeiros do mesmo reino celestial, onde estava o pai Abraão. Essa confiança tinha um fundamento estranho, pois confiavam no homem e não no firme fundamento da graça; eram eles cegos e altamente perigosos.
        Também, os nossos atos vão revelar quem nós somos. O sentimento de bem-estar no mundo, firmado numa falsificação religiosa é semelhante àquilo que o mundo oferece, por essa razão não haverá qualquer motivo de perseguição da parte deste mundo. Haverá uma combinação mútua e uma associação com este sistema mentiroso. Além disso há o perigo de envolver-se com pensamentos enganosos de que o próprio Deus nos aceita como somos. É no engano do pecado que mais satanás ilude com os pensamentos de que Deus está satisfeito conosco. Uma ausência da verdade bíblica no íntimo é terrivelmente perigoso, porque não é a luz que vem do céu aos nossos corações e nos faz andar sem consciência dos reais perigos que nos envolvem.
        Além disso, esse engano pode ser revelado quando estivermos pensando que somos salvos somente porque fizemos uma decisão um dia, ou mesmo porque somos participantes de uma igreja, ou até mesmo filhos de pais crentes. Muitas vezes Deus utiliza pregadores que sobem no púlpito para pregar a verdade da cruz e da necessidade de conversão da parte dos pecadores. Tenho um amigo que se converteu, após alguns anos como pastor. Ele mesmo confessou à sua igreja que ele não era um crente em Cristo.
        O grave perigo aparece no final do verso: “Fazê-lo mentiroso”. Não há algo mais grave do que isso, quando estamos blasfemando de Deus, chamando-O de mentiroso, de que não é verdade que eu cometi pecado. Quanto atrevimento! Entre os homens é perigoso chamar alguém de mentiroso, quando na realidade ele não é. No trato com Deus é algo de extremo perigo, porque lidamos com o Deus da verdade, com Aquele que tudo vê, com Aquele que é luz e não há Nele treva alguma. Um filho pode mentir para o pai e o pai acreditar nele, mas o tempo dirá com justiça que ele estava mentindo. No tocante a Deus, porém a coisa é diferente. Ananias e Safira caíram mortos porque mentiram contra o Espírito Santo (Atos 5).
        Quando homens agem assim é porque eles trancam a porta do coração e gritam para que Deus não entre; que não aceitam confronto com a verdade; que preferem ficar escondidos. Não é melhor humilhar perante o Senhor? Não é melhor cair perante Aquele que chega em compaixão pelo humilde? A resposta aos pecadores está bem clara no verso 9, porque a confissão é a atitude sincera e aceitável da parte de Deus aos homens. Ele é o grande Salvador, justificador e reconciliador daquele que se aproxima Dele de todo coração.
        

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