quinta-feira, 15 de novembro de 2018

ATITUDES PERIGOSAS ANTE A VERDADE (3)



“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:8,10).
        O PERIGO DE ENCOBRIR SUA CONDIÇÃO EM ADÃO: “Se dissermos que não temos pecado, a nós mesmos nos enganamos...”
        Será que os homens tentam encobrir sua clara condição adquirida na queda? Claro que sim! O pecado no íntimo é completa escuridão e é nesse engano que não percebemos nossa origem. Não fosse as Escrituras sagradas, seríamos levados por essa correnteza de mentiras que nos impulsiona implacavelmente para o destino de sofrimento eterno. O homem no pecado em nada diferencia do diabo, no que tange às mentiras do pecado. Um Adão caído é tão enganado quanto Lúcifer e seus anjos, porquanto o trabalho do pecado é o mesmo. Assim, o mais poderoso trabalho do pecado é seu efeito ludibriador no coração: “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto...” (Jeremias 17:9).
        Precisamos sondar melhor esse assunto, porque temos a luz que vem da verdade revelada a nós. Não há escola, faculdade ou qualquer poder humano que possa descobrir nossa triste origem e nossa horrível condição em Adão. A ausência dessa luz celestial tem levado milhares para a eternidade de trevas e tem mantido milhões aqui presos em sua ignorância espiritual. É exatamente isso o que João está querendo dizer no texto acima: “...e a verdade não está em nós”. Milhões são mantidos presos na dureza do coração e essa é a carruagem de ferro do pecado no íntimo. Notemos bem o quanto Faraó se postou obstinado contra as ordens de Deus através de Moisés e Arão. Noutras palavras ele estava dizendo: “Quem é esse Deus? Por que vocês vieram aqui me molestar?” Ali estava um coração trancafiado com sete chaves, por assim dizer e pronto para desafiar céu e terra, a fim de andar como queria. Quem fechou o coração daquele monarca? Foi o pecado. Depois o próprio Deus se encarregou de deixar aquele homem ainda pior disposto a encarar o próprio céu.
        Mas não há qualquer desculpa por qualquer ignorância. Os homens precisam ser despertados da sua vil condição, em achar que nasceu no berço de ouro da divindade; cada homem em Adão acha que é livre para andar como bem quiser e que não precisa de ninguém para comandar sua vida aqui. O evangelho vem rasgar o coração, vem tirar a pedra que fecha a entrada do sepulcro e mostrar as abominações resultantes da queda. Viemos da terrível queda; resolvemos propositalmente curvar perante o diabo e dar as costas para Deus. Aqui no mundo vemos as aparências; somos levados pelas lisonjas das riquezas, prazeres e posições, mas quando a palavra de Deus lança sua luz bendita no coração, eis que todos, ricos, pobres, cultos, ignorantes, etc. são todos iguais e igualmente culpados.
        Meu amigo, será que você continuará achando que sua condição não é tão ruim assim? Muitos, até mesmo dentro de uma igreja não percebem o quanto seus corações são terríveis. Foi após a queda no adultério e no assassinato de Urias que Davi entendeu sua condição desde a queda: “Eu nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5).


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