quinta-feira, 18 de setembro de 2014

MILAGRE DA GRAÇA NO HOMEM (13)



Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO: “...que pratiques a justiça...”
         Caro leitor creio que pude mostrar que a salvação verdadeira é a justiça perfeita de Cristo cobrindo o pecador, tornando-o plenamente aceitável perante Deus. Tenho intensificado isso porque a vida do crente começa a partir da cruz. Vejo que em nossos dias tudo está sendo feito para retirar essa verdade dos púlpitos e percebo que satanás avançou bem com suas mentiras. Vemos que outro evangelho ocupou o lugar do verdadeiro evangelho, para o prejuízo das igrejas e das almas.
         Quero prosseguir na exposição do verso em Miquéias 6:8, mostrando que o homem transformado é o que pratica a justiça. Vemos em toda Escritura que é essa verdade que transparece no viver do genuíno crente. Mentes obscurecidas pelo pecado sempre correm contra os princípios do evangelho. No pecado os homens simpatizam com um evangelho diferente, que não fala da cruz porque é uma mensagem louca e escandalosa (1 Coríntios 1:18). Retire a mensagem da cruz; retire a glória de Cristo; retire aquilo que humilha o homem descobrindo sua vergonha e culpa, e as multidões correrão para praticar o que eles acham que podem fazer. O programa do mundo é na realidade uma guerra contra o evangelho verdadeiro. Eles querem publicar que os homens são capazes, são religiosos, são bondosos, são humanos, etc.
         Mas, chamo agora sua atenção, caro leitor, a fim de que aprofundemos um pouco mais examinando esse requerimento da lei: “...que pratiques a justiça...”, porque é exatamente isso o que ocorre num coração santificado. Todo modo de vida do crente tem como base a justiça de Cristo Nele. Creio que é um assunto tão dinâmico e maravilhoso que devo gastar tempo e envidar esforços a fim de publicar essa verdade.
         Primeiramente digo e afirmo que Deus tem prazer apenas nos justos, porque foram plenamente aceitos na justiça perfeita de Cristo. Cristo realmente viu o penoso do trabalho de Sua alma na cruz e ficou satisfeito, porque homens e mulheres foram e estão sendo justificados na salvação (Isaías 53:11). O que faz a diferença entre os que são de Deus e os que não são é a justiça de Cristo nos salvos. O mundo está sempre tentando mostrar o que pode produzir de melhor. Nos dias de Noé havia homens aparentemente melhores, trabalhadores, honestos, que pareciam brilhar mais do que Noé, mas qual era a diferença? “Noé era um homem justo entre os seus contemporâneos; Noé andou com Deus” Gn. 6:9. A vida justa de Noé realçava pelo fato de que “...Noé andou com Deus”. A justiça de Noé era a perfeita justiça de Cristo nele, por isso Ele andava com Deus.
         Posso citar também o obscuro crente Ló. Tão fraco e incapaz de tomar decisão de ficar perto de Abraão, ao invés de descer e morar com os perversos habitantes de Sodoma. Mesmo assim era Ló o “...justo Ló...” (2 Pedro 2:7) que odiava as práticas perversas daquele povo. Certamente tinha boas pessoas ali; certamente tinha homens honestos e trabalhadores, mas isso em nada faz diferença. Só tinha um justo ali – Ló, e ele foi retirado para que a cidade fosse entregue à justa punição de Deus (Gênesis 19).
         O verdadeiro crente, mesmo sendo fraco, tentado, simples, desprezado, aparentemente derrotado, é infinitamente mais importante do que as melhores relíquias religiosas exibidas pelo mundo. Saulo parecia tão belo e útil em seu ambiente religioso; parecia apto e capaz de ter um lugar no reino de Deus, mas era um verme desprezível aos olhos do Senhor. O velho Saulo morreu com toda sua pompa e justiça, a fim de nascer um novo homem – Paulo.
         Prezado amigo, não há um ensino que tanto humilha o homem do que esse, porque Deus proclama a todos que se arrependam! Que todos, homens e mulheres encarem o glorioso Salvador, o Justo que na cruz foi entregue para arrancar perdidos da escravidão do pecado! Perante essa tão gloriosa salvação conquistada na cruz é que os pecadores são aceitos e salvos para sempre!

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