terça-feira, 2 de setembro de 2014

A FÉ VERDADEIRA (4)



“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome” (Salmo 103:1)
O PERFIL DA FÉ TRIUNFANTE:
         Conheçamos amigo leitor, a verdadeira fé, a fé triunfante, em contraste com aquilo que é tão divulgado em nossos dias. A falsa fé criou seu próprio avivamento, acendeu seu fogo estranho e promoveu seu sistema teológico fundamentado na vaidade do coração humano. No salmo 103 a fé firme que tem como fundamento a cruz aparece saudando os santos de Deus e convidando a todos os fiéis servos do Senhor para que sigam a mesma trilha que os santos do passado seguiram.
         Na meditação anterior vimos que a fé bíblica é espiritual, dada pela força da graça no coração do homem salvo. Isso significa que não vem do homem natural, mas sim daquele que foi o perfeito homem, o Autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12:2). O homem mundano e carnal considera a fé cristã loucura, e a fé cristã, por seu lado considera a mentalidade religiosa do homem natural puramente superstição. O homem natural é cego e surdo para as realidades eternais, por isso transita sobre as Escrituras insensatamente, buscando passagens que realcem seus anseios carnais.
         Notemos bem no Salmo 103 que não existe qualquer insanidade na genuína fé, porquanto ela transita, por assim dizer, com pé no chão; ela rege a alma fazendo-a subordinada à liderança de um Deus misericordioso. A fé tira a alma da inclinação natural à desgraça, de viver na lamúria, chafurdada na desconfiança, na amargura e no prazer pela miséria. Percebamos, entretanto, que não há qualquer indício desse positivismo que passa por cima das realidades da vida. A fé dispensa o curso deste mundo conforme a mentalidade pagã e conforme as mentiras tão impregnadas na forma de pensar dos homens. A fé vê Deus à frente em Sua glória e majestade, tendo a força da graça como fundamento. Ela inspira-se no triunfo da cruz, num Senhor que pela misericórdia conquistou uma tão grande salvação para os perdidos, e que abriu o caminho rumo à glória eterna. A fé viaja para a Nova Jerusalém e convoca a alma a seguir o rumo certo do seu dever perante Deus nas emoções, no pensamento e na determinação.
         Outro detalhe que deve nos impressionar com respeito àquilo que vemos no exercício da fé, conforme o Salmo 103, é que ela está acima de toda e qualquer tempestade terrena. Ela vislumbra a vida aqui não com sonhos, conforme a proposta da fé tão promulgada em nossos dias. A fé cristã não visa uma melhora aqui, não tem projeto para essa vida passageira. Seu objetivo é manter-se inclinada e subordinada ao Deus que lhe salvou, por isso tudo deve funcionar assim: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor...!”. Não foi assim com Jó? As procelas do inferno passaram, varrendo tudo aquilo que parecia paraíso aqui. Aquele que era príncipe no meio dos homens tornou-se um pobre e miserável, aparentemente digno de dó. Por fora toda sua vida estava em pedaços, como caco de barro, mas a fé estava firme e resolutamente de pé: “O Senhor deu, o Senhor tomou; bendito seja o Nome do Senhor”. Que choque para a famosa fé natural! Brilhou o ouro puro celestial! Era tudo escuridão ao derredor, mas a luz brilhava para cima. Glórias ao Senhor! Quem pode entender a fé cristã? Quem pode perscrutar e avaliar a obra que a graça faz no coração do pecador?
         Prezado leitor, você conhece o caminho da genuína fé? Observe bem o Salmo 103, a voz desse Salmo fala em seu coração? Houve um dia o encontro entre você e o Deus de toda misericórdia? Você um dia foi humilhado para reconhecer que todo seu merecimento era o inferno? Pode você agora, mediante a abundante força da graça andar conforme manda esse Salmo? Ou você tem descido às profundidades da depressão e do desespero por não está conquistando nesta vida tudo aquilo que tanto ambicionava possuir?

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