segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A FÉ VERDADEIRA (3)



“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome” (Salmo 103:1)
O PERFIL DA FÉ TRIUNFANTE:
         Prezado leitor, prossigamos em conhecer a graça triunfante no Salmo 103. A situação deste mundo está ficando cada vez mais agonizante. Cada vez mais aumenta a força do pecado, e satanás manifesta sua fúria contra tudo aquilo que vier a opor-se aos seus planos. Mesmo em face de toda essa manifesta agonia, o mundo aparece para propor uma felicidade às multidões, especialmente na área religiosa, mediante o pensamento sempre positivo de que o amanhã vai melhorar. Milhares caíram nesse conceito errôneo e anti-bíblico da fé natural. Que caminho perigoso! Milhares têm desafiado a Deus dizendo: “Eu não aceito isso!”; ou “está ordenado, em nome de Jesus!”.
         Prezado leitor, a fé bíblica trilha por um caminho completamente diferente, contrário aos padrões daquilo que a religião moderna tem proposto ao povo. Agora nosso trabalho consiste em aprofundar um pouco no exame desse Salmo. Não passemos por cima do texto, ignorando a profundidade de seus ensinos, porque a Palavra de Deus não funciona com magia. Ela requer da parte do homem submissão e respeito ao Deus que fala. Não façamos do Livro de Deus nosso “trevo da sorte”, tentando achar aqui e ali um pedacinho de “retalho” bíblico que venha favorecer minha sorte.
         Cuidemos em observar a fé triunfante, porquanto ela aparece em plena ação no verso 1: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome”. Impressionante! Mas você pergunta: “Cadê a fé? Não a vejo nesse verso”. Pois é amigo leitor, ela aparece no texto dando ordens à sua própria alma: “Bendize, ó minha alma!”. Eis aí o perfil do genuíno crente. A fé para ele não um tipo de balão inflado que o leva às alturas de uma vã confiança, achando que agora tem um Deus maravilhoso para sua vida. A fé tem o Senhor como Soberano, digno de adoração, respeito, amor, reverência e temor. Paulo ensina isso em Filipenses 2:12: “...efetuai a vossa salvação com temor e tremor...”. Paulo não está incentivando a arrogância espiritual mostrada nas atitudes de muitos hoje. O crente é chamado para um viver obediente em temor e tremor. Foi exatamente isso o que ocorreu no dia do Pentecoste em Jerusalém. Três mil almas foram se converteram ao Senhor. É dito que: “...Em cada alma havia temor...” (Atos 2:43). A fé caminha pela vereda da humilhação e dependência de Deus.
         Voltemos ao texto: “Bendize, ó minha alma ao Senhor...”. Notemos bem que a fé é um milagre, ela vem de Deus ao coração do pecador arrependido. Do contrário é impossível para qualquer individuo fazer o que a fazer o que a fé ordena à alma a fazer. O homem no pecado é orgulhoso, altivo, arrogante, prepotente e desobediente a Deus. Não há qualquer interesse num homem não regenerado para cada dia, cada instante da vida submeter sua alma à tremenda disciplina de dar a Deus a honra, a glória e o louvor que somente a Ele são devidos. Toda tentativa é inútil, pois isso não algo de um momento emocional, de um louvor frenético. A fé não vive de fogo estranho, porquanto a fé genuína habita continuamente no coração do salvo. É a chama que não se apaga; é aquilo que faz o crente andar em pleno triunfo: “Bendize, ó minha alma!...”. Veja amigo, não é algo do homem! É a fé que vem do grande Autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12:2). Notemos o que diz o autor de um belo hino:
                            Amavas-me Senhor, no fundo de meu peito
                            Brilhou a doce luz do meu Consolador
                            E com promessas mil do teu amor perfeito
                            Nasceu em mim a fé em que hoje me deleito
                            Meu Deus, que amor! Meu imenso amor!

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