“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o
que há em mim bendiga o seu santo nome” (Salmo 103:1)
O PERFIL DA FÉ TRIUNFANTE:
Prezado
leitor, prossigamos em conhecer a graça triunfante no Salmo 103. A situação
deste mundo está ficando cada vez mais agonizante. Cada vez mais aumenta a
força do pecado, e satanás manifesta sua fúria contra tudo aquilo que vier a
opor-se aos seus planos. Mesmo em face de toda essa manifesta agonia, o mundo
aparece para propor uma felicidade às multidões, especialmente na área
religiosa, mediante o pensamento sempre positivo de que o amanhã vai melhorar.
Milhares caíram nesse conceito errôneo e anti-bíblico da fé natural. Que
caminho perigoso! Milhares têm desafiado a Deus dizendo: “Eu não aceito isso!”;
ou “está ordenado, em nome de Jesus!”.
Prezado
leitor, a fé bíblica trilha por um caminho completamente diferente, contrário
aos padrões daquilo que a religião moderna tem proposto ao povo. Agora nosso
trabalho consiste em aprofundar um pouco no exame desse Salmo. Não passemos por
cima do texto, ignorando a profundidade de seus ensinos, porque a Palavra de
Deus não funciona com magia. Ela requer da parte do homem submissão e respeito
ao Deus que fala. Não façamos do Livro de Deus nosso “trevo da sorte”, tentando
achar aqui e ali um pedacinho de “retalho” bíblico que venha favorecer minha
sorte.
Cuidemos
em observar a fé triunfante, porquanto ela aparece em plena ação no verso 1:
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo
nome”. Impressionante! Mas você pergunta: “Cadê a fé? Não a vejo nesse verso”.
Pois é amigo leitor, ela aparece no texto dando ordens à sua própria alma:
“Bendize, ó minha alma!”. Eis aí o perfil do genuíno crente. A fé para ele não
um tipo de balão inflado que o leva às alturas de uma vã confiança, achando que
agora tem um Deus maravilhoso para sua vida. A fé tem o Senhor como Soberano,
digno de adoração, respeito, amor, reverência e temor. Paulo ensina isso em
Filipenses 2:12: “...efetuai a vossa
salvação com temor e tremor...”. Paulo não está incentivando a arrogância
espiritual mostrada nas atitudes de muitos hoje. O crente é chamado para um
viver obediente em temor e tremor. Foi exatamente isso o que ocorreu no dia do
Pentecoste em Jerusalém. Três mil almas foram se converteram ao Senhor. É dito
que: “...Em cada alma havia temor...” (Atos 2:43). A fé caminha pela vereda da
humilhação e dependência de Deus.
Voltemos
ao texto: “Bendize, ó minha alma ao Senhor...”. Notemos bem que a fé é um
milagre, ela vem de Deus ao coração do pecador arrependido. Do contrário é
impossível para qualquer individuo fazer o que a fazer o que a fé ordena à alma
a fazer. O homem no pecado é orgulhoso, altivo, arrogante, prepotente e
desobediente a Deus. Não há qualquer interesse num homem não regenerado para
cada dia, cada instante da vida submeter sua alma à tremenda disciplina de dar
a Deus a honra, a glória e o louvor que somente a Ele são devidos. Toda
tentativa é inútil, pois isso não algo de um momento emocional, de um louvor
frenético. A fé não vive de fogo estranho, porquanto a fé genuína habita
continuamente no coração do salvo. É a chama que não se apaga; é aquilo que faz
o crente andar em pleno triunfo: “Bendize, ó minha alma!...”. Veja
amigo, não é algo do homem! É a fé que vem do grande Autor e consumador da
nossa fé (Hebreus 12:2). Notemos o que diz o autor de um belo hino:
Amavas-me
Senhor, no fundo de meu peito
Brilhou
a doce luz do meu Consolador
E
com promessas mil do teu amor perfeito
Nasceu
em mim a fé em que hoje me deleito
Meu
Deus, que amor! Meu imenso amor!
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