“Porque o meu povo fez duas maldades: a mim
me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas
rotas, que não retêm as águas”
(Jeremias 2:13).
Caro
leitor, tendo abandonado o Senhor e obedecido a voz da serpente, eis que a raça
trocou a fonte da felicidade pela desgraça. Também trocou a fonte
de amor pelo ódio. A comunhão com Deus é uma atmosfera de perfeito
amor, onde há puro prazer; onde há satisfação no coração. O amor de Deus não é visto
meramente naquilo que Ele faz, mas sim Nele mesmo, em Seu coração terno,
afetuoso e meigo. Seu amor cobre o ambiente de aceitação e de comunicação
constante; seu amor assegura Sua constante presença e essa presença que
satisfaz. O ambiente é também de um amor eterno, isento de juízo e de ameaças.
No Éden era assim, porque o homem sendo a coroa da criação desfrutava de algo
inigualável. Era ele o sacerdote da própria criação e a adoração a Deus era
feita por meio Dele. Havia tranquilidade, conforto no ambiente; não havia
sinais de defesa entre os animais; não havia sinais de ódio contra os homens,
porque nada havia de Ira. A criação funcionava em perfeita sinfonia e em plena
aceitação da liderança do homem.
Veja
caro leitor a desgraça ocasionada pela decisão na queda. Veja como até mesmo a
criação ficou subordinada a um ambiente de ódio. Veja como a liderança do homem
se afastou de Deus e atirou a criação a um ambiente inútil e infrutífero. O
pecado lançou o veneno da vaidade (Romanos 8:20) e lançou a criação a essa
situação constrangedora de ter que lutar por uma sobrevivência vã. Foi retirada
a perfeição da criação e toda natureza ficou submetida a essa atividade
desesperadora. No ar, na terra e nas águas todo ambiente ficou entregue ao
desespero; a criação observa a loucura do homem e volta-se contra o própria
homem, visto que ele não está no lugar dele, cumprindo sua função e agindo como
inimigo de Deus há de voltar-se contra a própria criação.
Ao
buscar amor abandonando a fonte do amor eterno, eis que vemos a desenfreada
atividade dos homens cavando aqui e ali buscando conhecer o amor dentro de um
ambiente pernicioso. Como pode haver amor no pecado? Aquilo que parece ser amor
não passa de sentimentalismo natural, e como pétalas das flores, é levado pelos
impetuosos ventos da Ira de Deus, ficando apenas os espinhos da tristeza e da
dor. Ao semear no território das paixões na tentativa de obter amor, fazem isso
continuamente, mas eis que a colheita é corrupção.
Ao
afastar da glória de Deus (Romanos 3:23), como poderá desfrutar de bênçãos na
perfeita criação de Deus? A criação foi feita perfeita e adornada da divindade
e do poder do criador (Romanos 1:20). Todas as obras do Senhor continuamente O
louvam, então, como pode o homem infiel extrair algo para si seus ideais
egoístas num ambiente assim? Ao abandonar o Senhor os homens são como moscas na
criação; são intrusos e assaltantes; a própria criação volta-se contra ele; são
indesejáveis nesse ambiente onde tudo proclama a glória de Deus e onde tudo está
plenamente submetido ao governo desse reino espiritual.
Meu
caro leitor, será que essas verdades têm levado você ao desespero? Todo seu
esforço neste mundo é inútil; todas as suas atividades estão sendo ajuntadas
para o lixo, se é que você ainda não reconciliou-se com Deus, mediante o sangue
de Cristo. Com que e com quem você está contando para viver, andar e peregrinar
por este mundo? Acaso não sabe que a terra pertence ao Senhor? Acaso não sabe
que toda criação foi santificada e abençoada pelo criador e que tudo foi feito
para a glória Dele? Se o Senhor está contra você, saiba que toda criação está
contra você. Você não admirado aqui, você não é desejável aqui e nem mesmo
útil.
Toda
explicação de Jeremias 2:13 tem em vista levar você amigo até o lugar certo – a
cruz. Aquele que jamais conheceu pecado, foi imolado, sacrificado ali para
obter plena, poderosa e eterna salvação para o perdido pecador. Portanto, agora
mesmo, curve sua cabeça e peça ao Senhor Sua misericórdia e perdão e
purificação para sua pobre alma condenada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário