segunda-feira, 9 de junho de 2014

“A SINCERA PETIÇÃO DA ALMA” (13)




E acrescentou: Senhor, lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (LUCAS 23:42)
UMA PETIÇÃO CHEIA DE FÉ GENUÍNA
         Caro leitor, cheguemos perto e contemplemos o que realmente significa a fé bíblica, que parte de um coração convertido, atraído por Deus ao arrependimento. Naquele momento aquele moço declarava que estava morto para tudo aquilo pelo qual vivera. A cruz      agora foi o ponto de separação. A fé verdadeira age assim porque repousa na suficiência da tão grande salvação, a qual foi adquirida na cruz. Naquele momento ele viu Jesus como o cordeiro que veio do céu destinado a lhe salvar. Naquele momento Cristo foi contemplado como o perfeito substituto para aquela alma condenada. Isso foi suficiente para ele.
         Caro leitor, quando uma alma vai a Jesus em busca dessa tão grande salvação, o viver começa ali; tudo na vida de um crente tem início na cruz; ele é fortalecido na história da redenção. Ora, uma vez que entendeu que nada mais há da ira de Deus, não há de que temer. A linha divisória que separa o crente do mundo é a cruz; a nova vida tem seu começo ali e sua nova jornada principia rumo ao céu.
         Digo mais, que foi uma fé que superou as circunstâncias naturais. Que fato impressionante! A graça elevou aquela alma acima das limitações terrenas. Tudo isso foi ignorado ante às verdades reveladas à sua alma agora conquistada. Então, sua fé superou a dor física, que sem dúvida era intensa. O que ele contemplava no Salvador era como se ele estivesse sendo fortalecido até mesmo fisicamente; era como se fosse uma experiência antecipada da ressurreição. Ele foi elevado acima de tudo e pode superar e esquecer as agonias e desesperos da morte física que se aproximava. A presença gloriosa veio ali para ficar nele e com ele; a graça abraçou sua alma, por isso o desespero físico foi completa e eternamente superado.
         Digo mais que até mesmo a vergonha público foi vencida. O sofrimento na cruz era algo devastador, porque expunha a pessoa até mesmo à vergonha de ser vituperado perante a multidão. Sua nudez era vista e o sofrimento era tanto interno como externo. Mas ao ver Jesus cessou essa tempestade proveniente do mundo. Cristo tornou-se seu refúgio e esconderijo nessa tribulação. Não havia razão de temer e de sentir-se desesperado. Ele agora tem Deus a seu favor, então o que importa o mundo? Agora tornou-se um cidadão do céu, então tudo o que tanto ambicionara possuir de fama e riquezas morre e é sepultado naquele momento. Ao ver o Salvador foi superada toda expectativa de qualquer mudança e possibilidade de prosperidades deste mundo passageiro.
         Também superou o terror da morte do castigo eterno. O livramento chegou e lhe abraçou; o perdão de seus milhões de pecados tocou seu coração; os portões da cidade celestial estavam abertos para ele e os braços fortes e cheios de amor estavam ali para lhe abraçar e fazer-lhe subir até o lugar de glória e perfeições eternas.
         Meu caro amigo, eis aí a fé operada no coração da alma arrependida por obra do Espírito de Deus. Que diferença há entre os pecadores? Não há pecadores melhores do que outros; não há um sequer que busque a Deus. Se não houver a intervenção da misericórdia, homens e mulheres prosseguirão descendo o caminho largo e achando que este mundo é o paraíso. Mesmo perto da morte; mesmo tendo a foice dessa cruel algoz perante seus olhos, nada há que possa levar o homem à confissão, a não ser que Deus estenda Sua compaixão.
         Diante desses fatos comprovadamente bíblicos, digo e afirmo que o tempo para o arrependimento de cada pecador é agora. Não é amanhã! É agora o momento para que a alma se humilhe, a fim de achar da parte de Deus Sua ternura e compaixão. Amigo, agora mesmo curve perante o Salvador! Reconheça seus pecados e peça a Ele Seu perdão e purificação mediante seu sangue!

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