quarta-feira, 11 de junho de 2014

DEUS E O HOMEM (27)




“A tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, até as nuvens, a tua fidelidade. A tua justiça é como as montanhas de Deus; os teus juízos, como um abismo profundo” (Salmo 36:5,6)
CONHECENDO O GRANDE DEUS (continuação):
         Prezado leitor, estamos vendo nesses dois versos do salmo 36 como o Deus da revelação bíblica se manifesta aos homens. Sua verdade que chega até as nuvens mostra que Ele está atuando neste mundo em misericórdia, justiça e juízo. Veremos que o restante deste salmo é uma exposição da misericórdia, mas não esqueçamos que sua justiça e seu juízo estão em plena atividade. Já pudemos ver o que significa a sua justiça e o que a Palavra de Deus quer dizer a expressão montanhas de Deus. Querido leitor, se você já foi salvo, Deus está expondo a justiça Dele por meio de sua vida e devemos lembrar bem desse fato. Fomos salvos para servir a justiça: “E uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Romanos 6:18).
         O verso 6 termina dizendo: “...os teus juízos, como um abismo profundo”. Estou convicto que este é o detalhe mais posto de lado pela pregação moderna, mas jamais podemos ignorar que o Deus de amor é também o Deus de terror; ora, os homens precisam saber disso. Enquanto a misericórdia aponta para cima, o juízo aponta para baixo. Esse é o evangelho da glória de Cristo que aponta o céu, mas mostra o inferno; mostra a salvação, mas também revela igualmente a condenação. A linguagem bíblica é Deus mostrando aos homens que a atuação da Sua misericórdia é para livrar pecadores desse abismo profundo, de terror eterno. Veja a linguagem da misericórdia: “...para que todo o que Nele crê não pereça...” (João 3:16); “...não querendo que ninguém se perca...” (2 Pedro 3:9). As palavras usadas a respeito de um Deus que odeia o pecado mostram a seriedade desse abismo profundo: “O Senhor é tardio em irar-se...” (Naum 1:3); “O Senhor é um Deus zeloso e vingador...” (Naum 1:2). Estas e muitas outras palavras semelhantes avisam seriamente os homens que o terror os espera caso não se arrependam e se convertam a Cristo.
         Amigo leitor odiar a doutrina do juízo eterno é simplesmente ignorar o Deus da bíblia; é não conhecê-Lo, porque a nossa triste condição no pecado assinala que a condenação é certa; que merecemos o castigo e que nossos atos provam isso. Veja o salmo 136 em toda sua extensão. O que vemos ali senão juízo e misericórdia! Vemos um Deus que neste mundo extermina nações inteiras, destrói reis e reinos, porque está exibindo a Sua misericórdia que dura para sempre. Não vemos na bíblia esse positivismo tão febril e excitante como estão mostrando às multidões em nossos dias; estão passando por cima das advertências solenes e terríveis; forjaram o deus prosperidade e proclamam com ruidosa alegria que esse é o deus que eles tanto almejam ter; nada sabem das flechas mortíferas que são atiradas em plena luz do dia (Salmo 90); milhares partem para o juízo na ilusão que estão subindo, quando realmente descem para os horrores desse abismo profundo.
         Amigo leitor, você pode entender essa verdade? Em Hebreus 2:6 é dito que ninguém pode escapar se negligenciar a tão grande salvação conquistada pelo Filho de Deus na cruz. Percebeu o que significa os juízos de Deus como um abismo profundo? Compreendeu quão sério é isso? Eis a razão porque a misericórdia é tão realçada, tão gloriosamente difundida em toda extensão das Escrituras. O que nós os pecadores merecemos, senão o castigo pelos nossos atos malignos? Olhe agora para esse glorioso Senhor que se manifestou para buscar e salvar perdidos; que veio ao mundo para arrancá-los da eterna perdição e levá-los salvos para o reino eterno e glorioso no céu. Eis aí a mensagem do salmo 36!

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