segunda-feira, 2 de junho de 2014

“A SINCERA PETIÇÃO DA ALMA” (8)




E acrescentou: Senhor, lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (LUCAS 23:42)
UMA PETIÇÃO DE UMA ALMA HUMILHADA E AQUIETADA:
         Caro leitor, que preciosa lição temos da obra de Deus na vida daquele moço que ali na cruz foi socorrido pela graça visitadora de Deus! Apesar de estar crucificado, ele sabia bem que estava perante o Rei da Glória. Naquele momento mesclado de dor e de incrível manifestação de gozo na alma aquele moço foi introduzido no recinto da graça; entrou para estar perante a face do Deus de compaixão e ali obteve a porta do paraíso aberta, para escapar da justa condenação que pairava sobre sua cabeça.
         Caro leitor, meditemos um pouco mais no viver pecaminoso daquele moço. No pecado ele sempre quis ser rei, mas agora se vê como um rebelde         merecedor da morte. Não é assim que vivem os homens no pecado? A essência do pecado é o orgulho, o desejo infindo do coração de querer ser igual a Deus. Cada homem e mulher no pecado agem como o próprio Lúcifer, no desejo intenso de querer subir à posição de divindade; de viver soberanamente neste mundo; de querer fazer o que quiser; de ter tudo e todos aos seus pés e de desafiar o próprio Todo Poderoso. Nem mesmo as maiores dificuldades, as flechadas de tribulações podem aquietar os corações e prostrá-los perante a face soberana do Senhor.
         Caro leitor, nada neste mundo, nem mesmo as circunstâncias mais adversas podem levar os homens à convicção de pecado e à humilhação perante Deus. Somente e tão somente Deus pode atrair pecadores à Sua presença de misericórdia. O trono de Deus, armado no céu para o acesso do pecador à Sua presença é o trono de misericórdia. Foi perante esse Santo Salvador e Senhor que aquele moço pode chegar e obter compaixão, e assim escapasse de uma vez para sempre da amarga situação que aguardava sua alma. Houve um rei que quando assumiu o trono ordenou que todos os seus inimigos fosse marcados na testa. Quando o desespero tomou conta de todos eles, eis que aquele rei estava proclamando o perdão para cada um deles. Foi isso o que ocorreu ali na cruz, quando a face de amor encarou de perto aquela alma atribulada e confessa.
         Também, sua petição foi digna da compaixão de Deus. Caro leitor, meditemos naquilo que merece um homem no pecado. Vivemos num período onde circula livremente esse espírito de arrogância e de independência. Por falta da pregação bíblica as multidões estão vivendo encharcadas da soberba religiosa dos últimos dias. Os homens modernos são tão atrevidos que mesmo atirados na lama do pecado, ainda ousam proferir o nome de Deus e buscar Seu favor. Amigo, o que é o homem no pecado? Que valor ele tem? Que importância tem o homem para Deus? Os homens modernos curtem grandeza em seus corações, enquanto Deus afirma que eles não passam de minhocas, vermes que rastejam nesta vida passageira e que afinal vão cair no local onde esses vermes não morrem. Eles acreditam que são fortes como uma árvore e que nada há possa detê-los. Mas eis que a Palavra de Deus afirma que não eles não passam de frágeis ervas, as quais são inesperadamente pisadas e esmagadas.
         Ó caro leitor, que dignidade tinha aquele homem ali na cruz! Ao lado dele estava ali o Filho de Deus, o qual se humilhou e desceu do céu para salvar perdidos. Mas ele não passava de um errante, caído, filho da perdição, merecedor da eterna ira de Deus. Caro amigo, os homens estão assim, aprisionados nessa zona de engano e de falsa paz. Estão assim porque foram rebeldes contra Deus e contra Sua Palavra. Ora, toda essa verdade veio a lume quando o Espírito de Deus abriu seus olhos. Aquele que estava cego, passou a ver; aquele que estava morto, naquele momento reviveu; estava perdido, mas foi achado.
         Foi assim que a graça operou uma tão grande salvação! Tão grande que venceu toda tirania inimiga! Tão grande que venceu o tempo e arrancou aquela alma da profunda escravidão, a fim de levá-la para morar eternamente no paraíso eterno com Deus!

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