segunda-feira, 5 de novembro de 2012

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (33)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor, tendo mostrado como a raça na queda trocou a glória de Deus pela miséria, creio que devo prosseguir nesse tema tão dinamicamente abordado pelas Escrituras. Eles também trocaram a fonte de luz pelas trevas. O Deus da bíblia é o Deus da verdade. É dito a respeito Dele: “...Deus é luz e não há Nele treva nenhuma” (1 João 1:5). Andar com Deus é andar na luz (João 8:12); é estar consciente de tudo; é andar em santidade, pureza, amor, retidão, discernimento, sabedoria e plena convicção. O Deus da revelação bíblica é o Deus do sim, sim e não, não! Andar com Deus é andar em liberdade, porque a verdadeira liberdade requer plena verdade.
         Mas ao abandonar o Senhor, homens e mulheres foram atirados nas trevas; imediatamente passaram a habitar em densa escuridão, porque foram envolvidos pelo poder da mentira resultante do pecado; foram envolvidos também pela poderosa morte que amordaçou-lhes para que fossem atirados no inferno; ficaram agora subordinados ao império das trevas, montado pelo diabo para que, iludidos, enganados e fascinados pelo pecado pudessem servir neste mundo como escravos  (João 8:34).
         Na escuridão não conseguem perceber os perigos que lhes cercam, porque seus inimigos sutilmente os ludibriam; não percebem que estão sendo usados nas trevas para os planos malignos de satanás e que depois disso serão atirados fora, como trapos. Como escravos neste mundo homens e mulheres não desconhecem o fato que serão descartados. Não sendo filhos de Deus, nada têm de direitos aqui: “O escravo não fica para sempre na casa...” (João 8:35). Nesse reino de densas trevas homens e mulheres vivem em completa incerta, porque o cenário para eles é diferente, é natural e não espiritual. A luz que eles têm no ambiente natural é luz que facilmente apaga, como a luz de uma vela. Enquanto essa tênue esperança ainda brilha perante seus olhos, eles são mantidos em pé, firmados naquilo que lhes serve de fortaleza ao derredor. Não percebem que estão do lado de fora e que a verdadeira e eterna luz está dentro da casa de Deus, no reino de Deus onde habita o povo de Deus.
         Enquanto vivia no pecado Saulo era cercado por um facho de esperança que brilhava e incendiava seu coração de engano e perversidades praticados em nome de uma religião. Para ele essa luz era a verdadeira, não havia nada semelhante; estava pronto a morrer por um ideal sem base e sem qualquer documentação e aprovação de Deus. Ó quantos milhares vivem assim! Estão sendo levados como animais para o matadouro e não percebem, até que chegue o dia da matança. Mas mesmo assim para milhares a morte significa que a luz natural apagou e que ficará apagada para sempre. No pecado não pode haver realidades eternas, e mesmo que os homens ouçam acerca do juízo vindouro e da punição eterna, tudo isso é visto à luz do cenário onde eles vivem. Para o homem natural após a morte vem o descanso; seguirão seus atos de justiça e que Deus há de prover um lugar de descanso merecido. Ora, todos esses fragmentos do engano são retirados do império das trevas e eles pensam que são pensamentos de ouro, quando não passam de ilusões.
          Para as multidões no pecado não existe uma luz mais pavorosa do que a luz do evangelho. Por isso milhares fogem daquilo que revela o estado depravado de seus corações (João 3:20). Eles fazem suas festas com suas luzes, mas elas brilham tão pouco e logo estão envolvidos em suas dúvidas e aprisionados na falsa esperança de que haverá nova luz amanhã para encher seus corações dessa suposta felicidade.
         Não há qualquer possibilidade de homens e mulheres corram para a luz da glória de Cristo. Os mortos vivem na região da morte e ali desfrutam de um repouso tão perigoso, até que a ordem venha e eles são sacados desta vida para as trevas eternais. É o Deus de compaixão que chama os pecadores! É o Salvador bendito que se apresenta em compaixão, bondade e ternura para arrancar homens e mulheres das trevas. Ele está fazendo isso agora, a misericórdia Dele está plenamente acesa e Sua voz ecoa nesse cenário convidando homens e mulheres cansados e oprimidos pelo pecado para o doce e eternal descanso.

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