sexta-feira, 9 de novembro de 2012

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (37)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Ó caro leitor, com grande prazer retorno à pregação nesse texto, a fim de mostrar aos meus leitores o triste e aterrorizante efeito do pecado. O que homens e mulheres estão fazendo? “...cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas”. O que significa isso? Significa que estão buscando achar longe de Deus aquilo que só pode ser achado em Deus. A linguagem do Senhor no texto é incrivelmente compreensiva, porque está tratando de água. Não podemos viver sem água, ela é mais importante do que a nossa comida. O que a água que bebemos diariamente é para nosso corpo, assim também o Senhor Deus é para nossas almas. Notemos o quanto Jesus intensificou a respeito disso em suas mensagens dirigidas ao povo judeu: “...Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 8:37). Notemos que é na simplicidade e utilidade da água que vemos o quanto o evangelho da glória de Cristo é simples e atende às necessidades eternas da alma.
         Caro leitor, onde está o problema do homem? Não é exatamente em sua alma? A mensagem de salvação vai diretamente ao íntimo do homem, porque todo seu problema está lá dentro – em seu coração. É satanás que ludibria; é o pai da mentira que distorce tudo e utiliza falsos mestres para ampliar ainda mais sua rede de engano e dolo, como vemos ocorrendo em nossos dias. Mas, a mensagem do evangelho chega para mostrar que de nada vai adiantar o esforço dos homens em cavar cisternas, porque elas serão sempre “cisternas rotas”. Sendo assim homens e mulheres estão trabalhando inutilmente neste mundo; querem arrumar um mundo sem Deus; querem estruturar felicidade distante da glória de Deus; querem ser felizes e acham que serão felizes longe do Senhor; querem organizar uma fraternidade com as ferramentas do mal em suas mãos; querem um reino de justiça aqui, quando estão se afundando na tortuosidade do pecado; querem tapar o poço da perdição e acham que conseguirão escapar da condenação eterna, simplesmente ignorando o juízo de Deus já assegurado; querem acender a chama da glória humana, quando realmente não veem que satanás é quem está por detrás de tudo e atraindo essa multidão para adorá-lo.
         Caro leitor, como não pregar aos pecadores? Farei tudo para que homens e mulheres saibam pela verdade revelada que eles estão enganados, iludidos, cegos e escravizados. Ah! Como eles estão inspirados nesse trabalho de cavar cisternas rotas! Que nossas orações cheguem ao céu e mobilizem o Trono de misericórdia! Quem sabe, o Senhor estenda Sua compaixão e derrame lá do Alto as maravilhas do arrependimento! Ele sabe como frustrar os desígnios dos homens! Ele, somente Ele é capaz de desarmar os homens, atirar para longe todo arsenal de guerra deles e fazê-los prostrados perante a força de Sua paz (Isaías 27:4,5).
         Então, enquanto eles lutam para cavar suas cisternas rotas, conseguem achar um pouco de água e bebem, mas essas águas mundanas não são puras e quem beber dessas águas tornará a ter sede (João 4:13). A ausência da água viva no íntimo traz tanto sofrimento para a alma, porque todo esforço dos homens resulta em tragédia no íntimo e mais endurecimento contra Deus. Quanto mais alimentam a carne, mas ficam robustos contra o Senhor e Suas ternas compaixões, mas por dentro estarão alimentando mais sofrimento às suas pobres almas, sozinhas e desamparadas em seus corpos mortais.
         Ó meu caro leitor, por que continuar assim, arrogante? Por que continuar tão disposto para trabalhar nos projetos de um mundo melhor? Eu sei o quanto somos lisonjeados e como nosso ego fica envaidecido com nossas habilidades! Será que agora, neste momento você simplesmente parou para cair no pó, no desespero e reconhecer que não passa de um verme? Será que agora pode entender que essas luzes mundanas estão sendo apagadas à medida que os dias vão passando e que logo há de cair no desespero eterno?

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