quarta-feira, 7 de novembro de 2012

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (35)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor procurei esclarecer biblicamente o real significado da queda em Adão, mas eu sei que minhas palavras são tão débeis para expor a profundeza do poço da perdição, onde homens e mulheres foram atirados (Salmo 40). Que o Senhor em Sua misericórdia venha tomar essas verdades reveladas, a fim de levar pecadores e mais pecadores ao arrependimento; que almas ouçam o chamado da graça; que a mão poderosa do Senhor venha arrancar milhares desse lamaçal e colocá-los sobre a Rocha dos séculos e firmar seus passos.
         Mas as preciosas verdade do texto de Jeremias 2:13 não param aqui, porque temos duas provas da rebelião do homem. Já mostrei a primeira – a causa: “...a mim me deixaram...”. Agora é o momento de para que chequemos a segunda lição - O efeito: “...e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retém as águas”. Que linguagem tão clara e ilustrativa do Senhor! A nação de Israel podia receber essas palavras com profundo discernimento bíblico, porque aquele povo estava bem informado do significado de cisternas. Eles poderiam lembrar bem de Abraão e as cisternas que cavou em pleno território dos filisteus. Eles poderiam lembrar bem de Isaque e de Jacó, porque aqueles homens com suas famílias bebiam dessas fontes.
         A linguagem de Deus para Israel é mostrando que Ele é a fonte da água viva; é o próprio Senhor Jesus antes da Sua encarnação, mostrando ser Ele o Deus de compaixão que se manifestou ao Seu povo. É Deus mostrando que aquelas almas não teriam paz, alegria, prazer, sossego e felicidade fora Dele. Caro leitor, essa é a mesma mensagem que temos no Novo Testamento! É a mensagem de Cristo para a mulher Samaritana em João 4:mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna”  (João 4:14).
         Então, dá para o leitor atento perceber que estamos lidando com a mesma mensagem – a mensagem do evangelho, tanto no Velho, como no Novo Testamento. O que o povo de Israel fazia nos dias de Jeremias, desprezando o Senhor, desprezando Sua verdade, Seu amor e Sua misericórdia, acontece também com todos os homens, em todas as épocas, em todos os lugares e toda condição social. A raça é uma só na queda; a natureza pecaminosa é a mesma em todos os filhos de Adão e os efeitos do pecado são exatamente os mesmos: “Não há quem entenda, não há quem busque a Deus” (Romanos 3:11). Os mesmos efeitos do pecado que atingiram a nação de Israel nos dias de Jeremias são presenciados em todos os homens em pleno século 21, aqui no Brasil e em qualquer parte deste mundo.
         Tomemos agora a Palavra de Deus e vejamos esse efeito tão dramático e maligno do pecado nos corações de homens, mulheres, jovens, meninos e meninas! O que significa realmente a ausência da água viva no coração e quais são as reações! Sabemos bem da importância da água em nossos corpos; sabemos bem que a ausência da água pode ser fatal à nossa existência; sabemos bem que não podemos viver sem água. O que é verdade para nosso corpo, Deus quer transmitir às almas de homens e mulheres.
         Mas, da mesma forma que o povo de Israel abandonou o Senhor, e na soberba de seus corações passaram a cavar cisternas rotas, assim também vemos homens e mulheres agitados pelos seus corações endurecidos no pecado, fugindo de Deus e lutando para saciar a sede da alma ao cavar seus próprios poços. Vou mostrar isso em duas lições principais. Na primeira veremos o que implica na alma a ausência da água viva. E na segunda mostrarei as atividades inúteis dos homens.
         Ó, que o Senhor desperte pecadores! Que o Senhor derrame do céu a benção eterna do arrependimento aos meus leitores! Que haja almas com intensa sede por conhecer a verdade da salvação em Cristo!

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